3/12/2020

Bolsonaro sugere adiar protestos do dia 15: "Já foi dado um tremendo recado ao Parlamento"

Presidente participou de live em rede social ao lado do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, usando máscara, após fazer exame para detectar doença
 

Foto: Reprodução / Facebook - O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, com Bolsonaro em live
O presidente Jair Bolsonaro sugeriu o adiamento dos protestos marcados para domingo (15) por causa do coronavírus. Ele participou de live nesta quinta-feira (12) ao lado do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, usando máscara.

A live foi realizada antes do pronunciamento do presidente em rede nacional de rádio e televisão, marcado para às 20h30. Na manhã desta quinta-feira, Bolsonaro, a primeira-dama Michelle e toda a equipe do governo que foi para os EUA fizeram testes para detectar ou descartar infecção pelo coronavírus. Os resultados sairiam só nesta sexta-feira.

O secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, testou positivo para coronavírus.

“Se der positivo, o presidente vai ter que despachar daqui (Palácio da Alvorada). Vamos recomendar o isolamento domiciliar. Se não der positivo ou se der outro vírus, que é mais comum, o influenza, a gente libera e vida que volta ao normal”, afirmou o ministro da Saúde.

“A gente pede a Deus que esse problema logo se dissipe em nosso país e que volte à normalidade”, disse Bolsonaro. Em seguida, o presidente comentou os efeitos econômicos do coronavírus.

“Bolsa de valores que despenca, dólar que sobe, isso está acontecendo no mundo todo. As medidas econômicas estão sendo tomadas, mas não somos uma potência com recursos abundantes como os Estados Unidos”, acrescentou.

Em seguida, ponderou sobre a manifestação marcada para ocorrer no domingo, dia 15. “Mas cautela e canja de galinha”, disse Mandetta interrompendo Bolsonaro. O presidente disse, então, “que o povo nas ruas, manifestando como sempre se manifestou, de forma ordeira, pacífica e democrática, é um direito dele, contra ou a favor quem quer que seja”.

Na visão do presidente, as manifestações são legítimas e as instituições devem ser preservadas. “Ninguém pode atacar o Parlamento, o Executivo e o Judiciário”, disse.

Fonte: R7.com

Governo prepara pacote de medidas econômicas e criação de comitê de monitoramento dos efeitos do coronavírus


Além da MP dos R$ 5 bilhões para a Saúde, o governo prepara uma série de medidas emergenciais para conter os efeitos negativos da pandemia do coronavírus na economia.

O ministro Paulo Guedes sugeriu ao presidente Jair Bolsonaro a criação de um comitê de monitoramento dos efeitos econômicos do coronavírus e um pacote de medidas de estímulo.

O comitê terá diferentes "dimensões": política monetária e financeira, fiscal, além de apoio a estados e municípios.

Essas medidas, que serão anunciadas concretamente na segunda-feira, incluem a liberação de linhas especiais de crédito de bancos públicos para incentivar pequenas e médias empresas, além de pessoas físicas.

Também haverá uma proposta de estímulo para os bancos privados, com ampliação da margem do consignado, em troca da redução dos juros.

Fonte: O Antagonista por Claudio Dantas