6/24/2019

Ministro do STF suspende MP de Bolsonaro que transferiu demarcação de terras indígenas para Agricultura


O ministro Luís Roberto Barroso, durante sesão do STF Foto: Ailton de Freitas/Agência O Globo/23-08-2018
BRASÍLIA – O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar para suspender a validade do trecho da medida provisória do presidente Jair Bolsonaro que transferiu para o Ministério daAgricultura a demarcação de terras indígenas . Agora, essa tarefa voltará para a Fundação Nacional do Índio ( Funai ), órgão vinculado ao Ministério da Justiça. Barroso pediu para o caso ser pautado com urgência no plenário da Corte, que decidirá se mantém ou não a liminar. A MP modifica também outras estruturas do governo, que não foram suspensas pela liminar.
Em janeiro, uma medida provisória anterior já previa, entre outros pontos, que a demarcação de terras indígenas ficaria com a Agricultura, e que a Funai seria ligada ao Mulher, Família e Direitos Humanos. Mas, ao analisar a medida, o Congresso devolveu essa função à Funai, e fez com que o órgão também voltasse para o Ministério da Justiça.
Essa medida foi vetada pelo Congresso Nacional. Mesmo assim, o presidente editou uma nova medida com o mesmo conteúdo e outras modificações na estrutura do governo. A decisão foi tomada em ações apresentadas à Corte pela Rede, pelo PT e pelo PDT. Para os partidos, Bolsonaro foi autoritário ao insistir na transferência e desrespeitar os parlamentares.
Os partidos argumentaram que a legislação proíbe que uma MP seja reeditada na mesma sessão legislativa, ou seja, no mesmo ano. A nova medida provisória tem pontos diferentes - não leva a Funai, por exemplo, para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos -, mas tem outros que são idênticos, como o que diz respeito à demarcação de terras indígenas.
Barroso concordou com os partidos. “No caso em exame, a MP 870/2019 vigorou na atual sessão legislativa. A transferência da competência para a demarcação das terras indígenas foi igualmente rejeitada na atual sessão legislativa. Por conseguinte, o debate, quanto ao ponto, não pode ser reaberto por nova medida provisória”, apontou o ministro.
Em janeiro, uma medida provisória anterior já previa, entre outros pontos, que a demarcação de terras indígenas ficaria com a Agricultura, e que a Funai seria ligada ao Mulher, Família e Direitos Humanos. Mas, ao analisar a medida, o Congresso devolveu essa função à Funai, e fez com que o órgão também voltasse para o Ministério da Justiça.
Essa medida foi vetada pelo Congresso Nacional. Mesmo assim, o presidente editou uma nova medida com o mesmo conteúdo e outras modificações na estrutura do governo. A decisão foi tomada em ações apresentadas à Corte pela Rede, pelo PT e pelo PDT. Para os partidos, Bolsonaro foi autoritário ao insistir na transferência e desrespeitar os parlamentares.
Os partidos argumentaram que a legislação proíbe que uma MP seja reeditada na mesma sessão legislativa, ou seja, no mesmo ano. A nova medida provisória tem pontos diferentes - não leva a Funai, por exemplo, para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos -, mas tem outros que são idênticos, como o que diz respeito à demarcação de terras indígenas.
Barroso concordou com os partidos. “No caso em exame, a MP 870/2019 vigorou na atual sessão legislativa. A transferência da competência para a demarcação das terras indígenas foi igualmente rejeitada na atual sessão legislativa. Por conseguinte, o debate, quanto ao ponto, não pode ser reaberto por nova medida provisória”, apontou o ministro.
“A se admitir tal situação, não se chegaria jamais a uma decisão definitiva e haveria clara situação de violação ao princípio da separação dos poderes. A palavra final sobre o conteúdo da lei de conversão compete ao Congresso Nacional, que atua, no caso, em sua função típica e precípua de legislador”, concluiu Barroso.
Ainda segundo os partidos, a transferência da demarcação para o Ministério da Agricultura levaria a um conflito de interesses na pasta, uma vez que submeteria os interesses dos índios aos interesses agrícolas. O ministro não abordou esse aspecto para tomar a decisão.


Amoêdo visita o Piauí para falar sobre a Reforma da Previdência



Adicionar legenda

O presidente do Partido NOVO,  João Amoêdo estará em Teresina (PI) na próxima quarta-feira (26) para participar de eventos  do partido com filiados e apoiadores. No primeiro momento, Amoêdo vai falar sobre a Reforma da Previdência, a Reforma Política e outras reformas, além rumos do partido, eleições 2020 e sobre o desempenho do NOVO até o momento. Às 21 horas, ele se reunirá com filiados para um jantar de comemoração à meta atingida de 150 filiados ativos na capital piauiense. 
Ambos os eventos acontecerão no Uchôa Teresina Hotel, que fica localizado na Rua Barão de Uruçuí, 340, bairro Noivos, zona leste da capital. 
No dia seguinte (27), Amoêdo irá se reunir com os coordenadores do Núcleo Estadual e do Núcleo de Teresina para discutir os próximos passos do partido em solo piauiense. 
Esta é a segunda visita do ex-presidenciável a capital piauiense. Ano passado, já no fim da campanha eleitoral, Amoêdo cumpriu uma série de agenda em Teresina. 
Sobre o Partido NOVO
O partido tem como princípios ser autofinanciado por seus apoiadores, não utilizar os Fundos Eleitoral e Partidário, manter separadas a gestão partidária das campanhas e dos mandatos dos eleitos. Além disso, a definição de candidatos é feita de forma democrática por meio de processo seletivo entre filiados. 
Atualmente o NOVO é mantido por seus mais de 45 mil filiados e é o partido com maior número de seguidores nas redes sociais. A legenda é representada no legislativo por 4 vereadores, eleitos em 2016 e em 2018, superou com facilidade a clausula de barreira, elegendo 8 Deputados Federais, 11 Estaduais e um Distrital. Para o poder Executivo o partido elegeu o Governador do Estado de Minas Gerais, Romeu Zema. Todos eleitos sem nenhum centavo de dinheiro público, nem coligações partidárias.
Partido NOVO no Piauí 
No mês passado, o Partido Novo atingiu no Piauí mais de 300 filiações, o que torna o estado um dos primeiros colocado na região nordeste em número de filiados pelo o partido. 
Ainda em maio, o Núcleo Municipal de Teresina do Partido Novo comemorou 150 filiações ativas, o que possibilita a capital entrar no Processo Seletivo para candidatos, organizado pela Executiva Nacional. 
Como candidato a presidente nas eleições de 2018, Amoêdo teve 2.679.745, conquistando 2,5% dos votos válidos e terminando o primeiro turno como o quinto candidato mais votado, superando nomes tradicionais da política brasileira, como o da ex-senadora Marina Silva da Rede Sustentabilidade e do senador Álvaro Dias, do Podemos.
No Piauí, João Amoêdo conseguiu mais de 15 mil votos para seu que finalizou sua campanha no estado. O partido não lançou candidatos no ano passado para o pleito no Piauí.
Itinerário de João Amoêdo em Teresina
•26/06 (Quarta-feira) 
14:30 – Chegada em Teresina
15:30 – Almoço e repouso 
18:30 – Entrevista coletiva
19:00 – Palestra: As reformas que o Brasil precisa |Local: auditório – Uchôa Teresina Hotel 
21:00 – Coquetel com filiados e apoiadores. | Local:restaurante – Uchôa Teresina Hotel
•27/06 (Quinta-feira)
09:00 – Reunião com membros do Núcleo Estadual e do Núcleo Municipal de Teresina do Partido NOVO.
12:30 – Embarque para São Paulo/SP  
* Com informações da Assessoria de Comunicação - NOVO/PI



6/19/2019

Gleisi Hoffmann: não pode ter outra solução que não a liberdade de Lula

 Foto: Reprodução Brasil 247

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), visitou o ex-presidente Lula na prisão em Curitiba nesta quarta-feira 19, junto com Guilherme Boulos, e voltou a defender que sua liberdade tem que ser imediata diante dos vazamentos do site The Intercept sobre o ex-juiz Sérgio Moro e a Lava Jato.
"Lula dorme o sono dos justos, de quem é inocente", comentou Gleisi na Vigília Lula Livre. "Temos cada vez mais certeza do conluio montado para prendê-lo e tirá-lo do processo eleitoral", acrescentou. "Ele está preocupado com a situação do País, e nos falou várias vezes sobre isso", completou.
Ao criticar o governo Bolsonaro, Gleisi lembrou que "esse governo [ainda] tem sua base, sua força e pretende permanecer onde está". "E tende a endurecer o processo, principalmente agora que está acuado, pelas denúncias que já teve no início de governo, mas sobretudo pelo questionamento que se tem agora sobre a Lava Jato e o Moro, que foi a principal sustentação desse governo", analisou.
"Vivemos uma instabilidade política, e precisamos mais do que nunca ter forças para resistir", declarou a deputada, falando em seguida sobre o julgamento do Supremo Tribunal Federal de um habeas corpus apresentado pela defesa de Lula denunciando a parcialidade de Moro.
"Dia 25 temos um julgamento importante. Não pode ter outra solução que não a liberdade do Lula, por tudo o que tá acontecendo e que foi evidenciado. Lula tem que ser libertado e esse processo, anulado. É isso que temos que dizer aos quatro ventos", ressaltou Gleisi.
Sobre o depoimento do ministro Sérgio Moro nesta quarta na CCJ do Senado, disse que o ex-juiz foi "defender o indefensável". E indagou: "Que moral tem Sérgio Moro para criticar vazamentos?".
* Com informações do Portal Brasil 247


Oito senadores que sabatinam Sérgio Moro estão envolvidos na Lava Jato


Oito senadores que sabatinam o Ministro Sérgio Moro, nesta quarta-feira (19), na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal, estão envolvidos em denúncias na Operação Lava Jato: Humberto Costa, Otto Alencar, Cid Gomes, Eduardo Braga, Antonio Anastasia, Esperidião Amin, Ciro Nogueira e Jader Barbalho.

Moro fala ao Senado, desde o início da manhã de hoje, sobre as reportagens publicadas pelo The Intercept Brasil, que mostravam supostas mensagens trocadas entre ele e o procurador Deltan Dallagnol, enquanto era juiz responsável pela Operação Lava Jato.
É a democracia...


Fonte: Carta Piauí

6/12/2019

Confirmado: Luciano Nunes é pré-candidato a prefeito pelo PSDB


O ex-deputado estadual Luciano Nunes, advogado por formação, está decidido a colocar seu nome como pré-candidato a prefeito de Teresina pelo PSDB, mesmo sem figurar na lista dos preferidos do prefeito Firmino Filho para a sua sucessão.
Nunes foi candidato a governador no ano passado, obtendo 85 mil votos na Capital com um "apoio amarelo" de Firmino, segundo definição utilizada pelos tucanos mais engajados na campanha do candidato. Luciano é presidente do PSDB estadual.
A decisão do ex-deputado de ir para a disputa do ano que vem foi confirmada para a coluna por um líder do PSDB de alta credibilidade, segundo o qual, o ex-prefeito Sílvio Mendes "estará empenhado de corpo e alma na candidatura".
Nos bastidores da política de Teresina o que se comenta é que os nomes preferidos de Firmino Filho seriam Charles da Silveira, atual presidente da Fundação Municipal de Saúde; Kleber Montezuma, secretário de Educação do município; Evandro Hidd, superintendente da SDU Sudeste; e Samuel Silveira, secretário de Ação Social do município.
EXCLUSIVAS
Sílvio apoiou
No ano passado, Sílvio Mendes estava filiado ao Progressistas, que defendia a candidatura de Wellington Dias, mas apoiou Luciano Nunes, candidato do PSDB ao Governo.
Vai à convenção
Luciano Nunes, segundo o informante desta coluna, está decidido a ir até a convenção do PSDB para se tornar candidato, se não houver consenso em torno de seu nome.
Resultado de Teresina
Em outubro do ano passado, o candidato mais votado de Teresina para o Governo foi Wellington Dias, com 148 mil votos; o segundo foi Dr. Pessoa, com 125 mil votos; o terceiro, Luciano Nunes, com 86 mil votos e o quarto, Fábio Sérvio, com 31 mil votos.
Wellington x Oposição
Wellington Dias foi o mais votado em Teresina com 148 mil votos, mas os três mais votados, Pessoa, Luciano e Fábio, juntos, obtiveram pouco mais de 240 votos.
Precisa descolar
Com base nesses números, apoiadores de Luciano Nunes, concluíram que Teresina é oposição. Por isso, nessa linha de raciocínio, o jovem ex-deputado Luciano Nunes precisa se manter numa linha firme de oposição ao Governo do Estado e, é "fundamental", descolar a sua imagem da de Firmino Filho.
Oposição em Cocal
Com apoio do deputado Gessivaldo Isaías, líder maior do PRB no Piauí, um empresário do ramo de reciclagem deve ser candidato da oposição em Cocal da Estação.
Hamilton não é unanimidade
O ex-deputado José Hamilton Castelo Branco, cuja filha ocupa uma secretaria no Governo, não é unanimidade como candidato da oposição em Parnaíba.
Hélio quer
Embora saiba que Wellington Dias espera unificar a oposição em Parnaíba em torno de José Hamilton, o médico Hélio Oliveira, o Dr. Hélio que está no segundo mandato de deputado estadual, sonha em ocupar o lugar de Francisco de Assis Moraes Souza, o Mão Santa.
"Zé Hamilton é melhor"
Oposicionistas de Parnaíba, especialmente os petistas, espalham na cidade que o ex-prefeito José Hamilton Castelo Branco "é dez vezes mais forte para derrotar Mão Santa" do que Dr. Hélio
A pergunta é:
Depois do tiroteio verbal travado entre Gracinha Moraes Souza, a superfilha de Mão Santa, e Francisco Juriti, superamigo do prefeito, por um grupo de WhatsApp, a pergunta em Parnaíba é: quando será o próximo barraco entre os dois?
Quem tem razão?
Em Parnaíba muita gente admite que Gracinha Moraes Souza "é destemperada", mas na briga com Francisco Juriti, a filha do prefeito teve mais apoio da população do que o ex-presidente da Agespisa.
Robert está pensando
Robert Rios me disse que está pensando se será candidato a prefeito de Teresina. Só no momento certo, se for o caso, escolherá o partido pelo qual disputará.
Nos Estados Unidos
A coluna foi informada de que Raimundo Neto Nogueira, ex-presidente da Agespisa no Governo de Wilson Martins e irmão do senador Ciro Nogueira, decidiu morar nos Estados Unidos.


Wellington Dias destaca avanços na pauta da reforma da previdência no Fórum de Governadores


O governador Wellington Dias participou nesta terça-feira (11), em Brasília, do V Fórum de Governadores. No evento foi discutida a inclusão de estados e municípios na Reforma da Previdência, proposta pelo Governo Federal.
Além da pauta principal, os gestores colocaram em discussão o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb),Plano Mansueto, securitização, Lei Kandir, cessão onerosa/bônus de assinatura, PEC nº 51/2019 (Fundo de Participação dos Estados (FPE)) e MP nº 868/2018 (Saneamento Básico).
 “Avançamos hoje aqui, temos o compromisso do relator de não prejudicar o BPC e os rurais, temos ainda a garantia da parte do relator e presidente de dialogar com os líderes, parlamentares para a retirada do texto que fala da capitalização, ou seja, da obrigação daquilo que lá na frente será a aposentadoria. Ao mesmo garantir na Constituição aquilo que são os eixos principais da reforma, diante dessa posição, alcançando esse objetivo, os governadores, todos aqui, nos comprometemos dialogar com as nossas bancadas e a trabalhar junto com os parlamentares um texto que possa alcançar a maioria”, afirma o governador.
Dias defende um modelo de reforma com garantia de direitos e manutenção de um equilíbrio respeitando diferenças que envolvem mulheres e categorias especiais como professores e policiais.


"A calibragem é feita a partir de uma alíquota complementar para os mais elevados salários. Aí sim, se faz justiça. Em cima da maior renda, faz a receita necessária para dar equilíbrio a esses pontos. Agora vamos trabalhar junto com os parlamentares um texto que possa alcançar a maioria, eu tenho que me comprometer com o texto, mas eu não voto na Câmara e nem no Senado, então tenho que dialogar com os parlamentares do meu Estado e assim também dos outros Estados para que a gente possa ter como resultado um número maior de votos necessários para a aprovação e é claro mantendo União, Estado e Município unidos nas mudanças que possam acontecer”, declara Wellington Dias. 
Em reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, em abril deste ano, o governador havia proposto um olhar especial do Congresso para matérias que podem gerar receitas para os estados, como a securitização da dívida ativa; a cessão onerosa, proveniente dos novos campos de gás e petróleo no mar; além dos bônus de assinatura, uma espécie de luva que se paga quando se tem o contrato de leilões de gás e petróleo.
Wellington Dias comemorou ainda a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que garantiu novas regras para os leilões de cessão onerosa de gás e petróleo. “Nossa bancada no Senado tem feito um bom trabalho e isso é bom para o Piauí”, disse o governador. 
Recentemente, oito líderes do nordeste assinaram uma carta a respeito do projeto da Reforma da Previdência. No documento, os governadores reconhecem a necessidade da realização de algumas outras, entre elas, a tributária e a política. A carta foi intitulada de “Há um só Brasil que é de todos os brasileiros”. 
*Com informações da Ascom


6/10/2019

Em nota, PT diz que Moro e Dallagnol 'agiram de forma combinada para criar uma farsa judicial'


O PT afirmou nesta segunda-feira (10) em nota que o ministro Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol "agiram de forma combinada para criar uma farsa judicial, forjando acusações com o objetivo político de impedir a vitória de Lula e do PT nas eleições presidenciais" de 2018.
Foi uma referência ao vazamento de mensagens extraídas do aplicativo Telegram atribuídas a procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, entre eles Dallagnol, e ao então juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública. As mensagens foram reveladas pelo site The Intercept na noite de domingo (9).
A defesa do ex-presidente Lula havia divulgado nota no domingo em que dizia que: "A atuação ajustada dos procuradores e do ex-juiz da causa, com objetivos políticos, sujeitou Lula e sua família às mais diversas arbitrariedades" (leia mais abaixo).
'Restabelecimento da liberdade plena é urgente', declara defesa de Lula
Jornal Nacional

A seguir, a íntegra da nota:

"A divulgação das mensagens trocadas entre o ex-juiz Sergio Moro e os procuradores da força-tarefa da Lava Jato confirmam, a toda prova, o que o PT e a defesa de Lula sempre denunciaram: Moro, Dallagnol e seus parceiros agiram de forma combinada para criar uma farsa judicial, forjando acusações com o objetivo político de impedir a vitória de Lula e do PT nas eleições presidenciais.
Ao contrário do que afirmam hoje para tentar abafar suas ações ilegais, Moro e os procuradores da Lava Jato ultrapassaram todas as fronteiras da legalidade e do estado democrático de direito. Cometeram crimes contra a liberdade de Lula, contra o direito de defesa e o devido processo legal e, principalmente, contra a soberania do povo no processo eleitoral.
Entre outras revelações, as mensagens provam que:
1) A Força-Tarefa da Lava Jato mentiu sobre o tríplex do Guarujá, pois Deltan Dallagnol reconhece que nunca teve provas de que pertenceria a Lula;
2) A Força-Tarefa mentiu deliberadamente ao estabelecer uma falsa ligação entre o tríplex e os contratos da OAS com a Petrobrás, outro crime confessado por Dallagnol;
3) Sergio Moro cometeu deliberadamente um crime ao vazar diálogos de Lula com a ex-presidenta Dilma, o que foi planejado com a Força Tarefa;
4) Sergio Moro mentiu para o STF ao pedir “escusas” pelo grampo de Lula e Dilma, do qual ele se vangloria em mensagem a Dallagnol;
5) A Lava Jato atuou para impedir a eleição candidato do PT, Fernando Haddad, como está claro nas mensagens para impedir a entrevista de Lula em setembro de 2018.
Não há máscara capaz de esconder a verdadeira face da Lava Jato, que se comprova ter sido uma operação política mal disfarçada como ação de combate à corrupção. As mensagens somam-se à série de arbitrariedades cometidas ao longo do processo e que afetaram não somente Lula e o PT, mas o estado de direito. Nem mesmo a Globo e a mídia que a segue, cúmplices ativas desse atentado contra a democracia, o direito e a justiça, podem mais esconder a realidade.
As revelações do site The Intercept Brasil expõem a real dimensão da trama criminosa, em conversas que cobrem de vergonha o sistema judicial brasileiro. Comprovam a parcialidade de Moro e sua atuação como maestro de uma denúncia manipulada desde o início. Expõem o escandaloso grau de corrompimento de agentes do estado que deveriam defender a lei e promover a justiça mas fizeram o contrário.
As mensagens comprovam, até para os que se recusavam a enxergar os fatos, que Lula é um preso político, condenado e encarcerado sem ter cometido crime nenhum, a não ser o de ameaçar, com a força do povo, o resultado eleitoral tramado pelos poderosos.
Moro e seus procuradores terão de responder por seus atos criminosos – os já conhecidos e os que ainda serão revelados – e pelo papel desempenhado na eleição de Jair Bolsonaro, que os recompensou com a nomeação para cargos elevados na República. São responsáveis pela instalação de um governo que entrega a soberania nacional, retira direitos do povo, dilapida o patrimônio público e mergulha o país na barbárie.
O PT conclama todos as forças democráticas, os movimentos sociais, a comunidade jurídica nacional e internacional a se levantar em repúdio às arbitrariedades agora confirmadas e em defesa do estado direito. O que está em causa é o País, a liberdade e o direito. As arbitrariedades cometidas, caso fiquem impunes, podem continuar atingindo todo e qualquer cidadão e a própria democracia.
Lutaremos pela justiça em todas as frentes: no Judiciário, no Parlamento, nas instâncias de controle da Magistratura e do Ministério Público, nos organismos internacionais e principalmente nas ruas e nos meios independentes de comunicação, para que a vergonhosa verdade seja conhecida dentro e fora do país.
Não descansaremos enquanto não houver a nulidade dos atos de exceção promovidos por Moro e a devida punição para os criminosos da Lava Jato; enquanto não for feita justiça para Lula e restabelecida a plenitude do estado de direito democrático em nosso país."

Íntegra da nota da defesa do ex-presidente Lula

Nota de Cristiano Zanin Martins, advogado de Lula:
"Em diversos recursos e em comunicado formalizado perante o Comitê de Direitos Humanos da ONU em julho de 2016 demonstramos, com inúmeras provas, que na Operação Lava Jato houve uma atuação combinada entre os procuradores e o ex-juiz Sérgio Moro com o objetivo pré-estabelecido e com clara motivação política, de processar, condenar e retirar a liberdade do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reportagem publicada hoje (09/06/2019) pelo portal “The Intercept” revela detalhes dessa trama que foi afirmada em todas as peças que subscrevemos na condição de advogados de Lula a partir dos elementos que coletamos nos inquéritos, nos processos e na conduta extraprocessual dos procuradores da Lava Jato e do ex-juiz Sergio Moro.
A atuação ajustada dos procuradores e do ex-juiz da causa, com objetivos políticos, sujeitou Lula e sua família às mais diversas arbitrariedades. A esse cenário devem ser somadas diversas outras grosseiras ilegalidades, como a interceptação do principal ramal do nosso escritório de advocacia para que fosse acompanhada em tempo real a estratégia da defesa de Lula, além da prática de outros atos de intimidação e com o claro objetivo de inviabilizar a defesa do ex-Presidente.
Ninguém pode ter dúvida de que os processos contra o ex-Presidente Lula estão corrompidos pelo que há de mais grave em termos de violações a garantias fundamentais e à negativa de direitos. O restabelecimento da liberdade plena de Lula é urgente, assim como o reconhecimento mais pleno e cabal de que ele não praticou qualquer crime e que é vítima de “lawfare”, que é a manipulação das leis e dos procedimentos jurídicos para fins de perseguição política."


Fonte: G1


Gilmar Mendes libera pedido de liberdade de Lula para julgamento

O ex-presidente Lula — Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou nesta segunda-feira (10) para julgamento pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que questiona a atuação de Sérgio Moro como juiz da Lava Jato. A expectativa é de que o habeas corpus seja analisado nesta terça-feira (11) ou próximo dia 25 de junho pela Segunda Turma.
Condenado em janeiro do ano passado em um processo da Lava Jato, Lula está preso desde abril de 2018 na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR).
No caso, Gilmar Mendes pediu vista (mais tempo para analisar o caso), depois que os ministros Luiz Edson Fachin e Cármen Lúcia votaram contra a liberdade de Lula por conta de Moro, que havia acabado de virar ministro da Justiça do governo Bolsonaro.
A divulgação de conversas de Moro pelo site "Intercept", nas quais ele supostamente orienta investigações da Lava Jato, pesou para que o processo fosse liberado neste momento, segundo interlocutores do STF.
Um outro pedido de liberdade de Lula, que questiona a atuação do relator da Lava Jato no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Felix Fischer, em relação ao processo do triplex do Guarujá, também entrou na pauta de julgamentos do Supremo desta terça (11). Esse processo começou a ser julgado no plenário virtual, mas o ministro Gilmar Mendes pediu julgamento no plenário presencial.
No ano passado, o ministro Felix Fischer rejeitou absolver o ex-presidente em decisão individual. A defesa de Lula, então, recorreu por entender que o ministro não deveria ter decidido sobre o caso sozinho, mas, sim, deixado a decisão para a Quinta Turma do STJ. Depois, a turma acabou julgando o caso e reduziu a pena de Lula de 12 anos e um mês para oito anos e 10 meses de prisão.


Fonte: G1

'Nós confiamos irrestritamente no ministro Moro', diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro Sérgio Moro, em maio deste ano, durante visita ao Centro Integrado de Inteligência e Segurança Pública da Região Sul, em Curitiba — Foto: Marcos Corrêa/PR

O Secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, disse nesta segunda-feira (10) que o presidente Jair Bolsonaro manifestou confiança em seu ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, após o vazamento de mensagens relacionadas à operação Lava Jato.
Wajngarten disse que informou Bolsonaro sobre o vazamento no domingo (9) e voltou a conversar sobre o caso com o presidente por volta das 6h30 desta segunda. Nos dois momentos, segundo Wajngarten, Bolsonaro repetiu a afirmação: "Nós confiamos irrestritamente no ministro Moro".
Neste domingo (9), o site The Intercept publicou reportagem com mensagens atribuídas a Moro e a procuradores. Segundo o site, o então juiz responsável pela Lava Jato no Paraná orientou ações e cobrou novas operações dos procuradores que atuam na operação. As conversas aconteceram no Telegram – aplicativo de mensagens.

Reunião com Bolsonaro

O porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, informou nesta segunda que Bolsonaro deve se reunir na terça-feira (11) com Moro, para discutir o conteúdo das mensagens revelada pelo site.
Mais cedo, nesta segunda, Moro havia afirmou em uma entrevista coletiva em Manaus (AM) que não orientou a atuação dos procuradores, acrescentando que os trechos mencionados na reportagem, na opinião dele, não mostram prática ilegal.
Já Rêgo Barros afirmou: "Em relação às notícias referentes ao vazamento de informações sobre a Operação Lava Jato, o presidente da República não se pronunciará a respeito do conteúdo de mensagens e aguardará o retorno do ministro Moro para conversar pessoalmente, em princípio, amanhã".
De acordo com o porta-voz, o encontro é "importante" para Bolsonaro saber de Moro a percepção do ministro sobre as mensagens e, a partir da conversa, "traçar linhas de ação" e estratégias para o país avançar em direção ao "rumo certo".
Diante do conteúdo revelado, o corregedor do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Orlando Rochadel, decidiu apurar se o procurador da República no Paraná Deltan Dallagnol e outros integrantes da força-tarefa cometeram "falta funcional".
Ainda no domingo, após a divulgação das mensagens, a assessoria do Ministério Público Federal no Paraná divulgou uma nota na qual afirmou que a atuação dos procuradores é "revestida de legalidade, técnica e impessoalidade".
Afirmou também que os integrantes da força-tarefa estão à disposição para prestar esclarecimentos sobre os fatos.
Repercussão
Nesta segunda, entidades representativas de juízes, de procuradores e de advogados se manifestaram sobre as mensagens atribuídas a Moro e a integrantes da força-tarefa da Lava Jato.
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), por exemplo, disse que aguarda "serenamente" que o conteúdo noticiado e os "vazamentos" sejam "rigorosamente apurados".
"As informações divulgadas pelo site precisam ser esclarecidas com maior profundidade, razão pela qual a Ajufe aguarda serenamente que o conteúdo do que foi noticiado e os vazamentos que lhe deram origem sejam devida e rigorosamente apurados", diz a nota.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou uma nota na qual recomendou o afastamento de Moro e de procuradores.
"A íntegra dos documentos deve ser analisada para que, somente após o devido processo legal – com todo o plexo de direitos fundamentais que lhe é inerente –, seja formado juízo definitivo de valor. [...] Não se pode desconsiderar, contudo, a gravidade dos fatos, o que demanda investigação plena, imparcial e isenta, na medida em que estes envolvem membros do Ministério Público Federal, ex-membro do Poder Judiciário e a possível relação de promiscuidade na condução de ações penais no âmbito da operação lava-jato. Este quadro recomenda que os envolvidos peçam afastamento dos cargos públicos que ocupam, especialmente para que as investigações corram sem qualquer suspeita", diz trecho da nota da OAB.
Também em nota, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) reiterou "confiança" no trabalho desenvolvido pelos procuradores, assim como a importância da continuação dos "esforços que vêm sendo desenvolvidos".
"Também reafirma a importância da liberdade de imprensa para a consolidação do Estado Democrático de Direito, bem como destaca, ainda, que as matérias jornalísticas produzidas devem oportunizar a prévia ouvida dos envolvidos e ter a cautela de não reproduzir frases descontextualizadas, soltas, desconexas, que possam confundir, ao invés de esclarecer", acrescentou a entidade.

Celular de Moro

Na semana passada, o Ministério da Justiça informou que houve uma tentativa de invasão do celular de Moro. De acordo com o ministro, "não houve captação de conteúdo".
Segundo o site The Intercept, os diálogos foram obtidos antes dessa invasão, por meio de uma fonte anônima.

Por Delis Ortiz, Roniara Castilhos e Felipe Matoso, TV Globo e G1 — Brasília

Fonte: G1


6/04/2019

Mulher é presa após torturar e cortar filha com pedaço de vidro no Piauí


Um mulher foi presa após corta a própria filha com um pedação de vidro no município de Avelino Lopes, no Piauí. O ferimento aconteceu na região do queixo e pegou sete pontos. O caso aconteceu no último final de semanas. 
A guarnição da Polícia Militar de Avelino Lopes recebeu informe do senhor Denivan de que a sua companheira, Etiene Bisbo Alves, teria cortado com um pedaço de vidro a sua filha de nome Ianara.  
Após ser confirmada a denúncia pela própria vítima, que se encontrava com o homem que denunciou, diante das informações, a guarnição se deslocou até um bar conhecido como “Valtão Braga”, onde se encontrava a mulher.
Chegando lá, a mesma foi identificada e solicitada para esclarecer os fatos, negando-se, agindo com agressividade e desacatando os policiais com palavras de baixo escalão e ameaças. A susepita foi conduzida até a Delegacia de Corrente para os procedimentos cabíveis.  
* Com informações do Portal B1


Themístocles confirma que MDB terá candidato contra indicado de Firmino Filho em 2020


 Foto: Paulo Pincel/ Piauí Hoje
Em entrevista à Rádio Jornal Meio Norte, o presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, deputado Themístocles Filho (MDB) confirmou que o partido não deve se aliar ao PSDB nas eleições municipais de Teresina em 2020. De acordo com o deputado, o partido já trabalha um nome para ser candidato à prefeitura de Teresina no próximo pleito, possivelmente contra o candidato a ser indicado pelo prefeito Firmino Filho (PSDB) que não pode concorrer a reeleição. Vale ressaltar que Firmino tem hegemonia na capital e por aqui já se elegeu quatro vezes como prefeito.
Porém vale lembrar, que o deputado Themístocles já andou se estranhando com o prefeito da capital. Em 2015, por exemplo, quando Themístocles disputou pela sexta vez consecutiva a presidência da Alepi, o prefeito de Teresina – Firmino Filho (PSDB), apesar de não ter direito a voto, declarou apoio ao candidato de oposição a Themístocles, que era o deputado Fábio Novo (PT). Vale ressaltar que Fábio era candidato do PT e, mesmo assim, teve o apoio do tucano mais ‘monocromático’ do Piauí.
Desde então, a relação entre Themístocles e Firmino Filho não é das melhores. Apesar dessa divergência, o prefeito Firmino Filho teve como vice nas eleições de 2016 o ex-reitor da UFPI, Luiz Junior (PMDB), que formou chapa e foi eleito com o tucano. Mas ao que tudo indica, Luiz Junior foi indicado pelo outro comando do então PMDB que hoje se chama apenas MDB, essa duplicidade no comando do partido é ‘disputada’ entre Temístocles e Marcelo Castro, a última divergência dentro do partido foi o fato do governador Wellington Dias (PT) ter deixado de lado a então ‘dado como certa’ indicação de Themístocles (MDB) para vaga de vice na chapa petista para disputa a reeleição ao governo. Onde Wellington preferiu deixar Themístocles de lado e indicou Regina Sousa (PT) para ser sua vice e ainda apoio Marcelo Castro (MDB) para o senado, sendo todos eleitos. 
Ainda nas eleições para prefeitura de Teresina de 2012, o irmão de Temístocles, o então deputado Marlos Sampoio (MDB) foi indicado como candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo candidato a prefeito Elmano Ferrer (PTB), que era oposição a chapa formada por Firmino Filho (PSDB). O pleito foi pra segundo turno e o Firmino levou a melhor novamente. 
Nome para 2020
Sem muitos nomes disponíveis para 2020, o MDB já sondou e convidou o ex-deputado Dr. Pessoa para ingressar no partido e disputar a prefeitura de Teresina. O convite foi feito por Themístocles Sampaio Filho que vê em pessoa um forte candidato, vale lembrar, que 'Pessoa' já concorreu em 2016 e perdeu para Firmino. Já a outra ala do MDB, liderada pelo senador Marcelo Castro também teria feito o mesmo convite para o ex-tucano e ex-prefeito de Teresina, Silvio Mendes (PP), que sempre foi aliado de Firmino.  
* Com informações do Fala Piauí 



Ex-ministros da Educação e da Justiça se unem contra planos de Bolsonaro



Os ex-ministros da Educação José Goldemberg (1991-1992), Fernando Haddad (2005-2012), Renato Janine (2015), Murilio Hingel (1992-1995), Cristovam Buarque (2003-2004) e Aloizio Mercadante (2015-2016).  EFE

Não são poucas as vozes que pedem uma frente democrática suprapartidária para conter o que consideram ser ameaças à democracia promovidas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). Diante da inação dos partidos e lideranças políticas, ex-ministros de vários Governos e vários espectros políticos vêm se unindo para alertar sobre o desmonte institucional e de políticas públicas em suas áreas. Nesta terça-feira foi a vez de onze encarregados da pasta de Justiça e seis da pasta de Educação. Os primeiros publicaram uma carta aberta na Folha de S. Paulo defendendo o controle de armas e munições e alertando para os "retrocessos" que o decreto assinado no dia 7 de maio, que facilita a compra e o porte nas ruas para diversas categorias, representa. Já os últimos se reuniram na Universidade de São Paulo (USP) de manhã e assinaram um comunicado no qual expressam preocupações urgentes, como a renovação do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) em 2020 e a escalada retórica contra as liberdades e a autonomia universitária. Há cerca de um mês, oito ex-ministros do Meio Ambiente também se reuniram na USP para denunciar o desmonte promovido na área.
s autores da carta na Folha são Aloysio Nunes Ferreira, Eugênio Aragão, José Carlos Dias, José Eduardo Cardozo, José Gregori, Luiz Paulo Barreto, Miguel Reale Jr., Milton Seligman, Raul Jungmann, Tarso Genro e Torquato Jardim. Muitos estão vinculados a partidos adversários, como o PT e o PSDB, e formaram parte dos últimos quatro Governos: Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), Dilma Rousseff (2011-2016) e Michel Temer (2016-2018). Para que se tenha dimensão dessa união, Reale Jr. foi um dos autores do pedido de impeachment de Rousseff, que tinha Cardozo como ministro Justiça, substituído em seguida por Jungmann na gestão Temer. Apesar de suas diferenças ideológicas e atritos recentes, decidiram destacar seus pontos em comum: "Cada um de nós trabalhou para que fosse estabelecida no país uma política de regulação responsável de armas e munições", escreveram. "Independentemente dos partidos que estavam no poder e da orientação dos governos dos quais fazíamos parte, nosso compromisso sempre foi o de fortalecer avanços que consolidassem o Brasil como uma referência de regulação responsável de armas e munições para a América Latina e para o mundo", acrescentaram mais adiante.
Os ex-ministros, responsáveis pela área de Segurança Pública, explicaram que "a efetividade das políticas públicas depende de sua continuidade, monitoramento e avaliação constantes para que possamos aperfeiçoá-las e dar respostas a seus novos desafios". Eles acreditam que "o controle de armas e munições no Brasil é uma agenda central para o enfrentamento do crime organizado e para a redução dos homicídios", cujos índices continuam altíssimos mesmo com as políticas públicas vigentes —foram cerca de 64.000 em 2017. Por isso, demandam o "fortalecimento" dessas políticas postas em prática ao longo das últimas duas décadas, impedindo o que consideram ser "retrocessos".
Ao longo da campanha eleitoral de 2018, o então candidato Bolsonaro prometeu reiteradas vezes que seu Governo acabaria com o Estatuto do Desarmamento, aprovado pelo Congresso Nacional em 2003. A legislação proíbe que civis circulem com armas e munições pelas ruas e estabelece normas e restrições para a posse em casa, além de estabelecer mecanismos de controle de produção, circulação e comercialização. "De acordo com o Mapa da Violência, na década seguinte à sua aprovação, o Estatuto do Desarmamento ajudou a salvar a vida de cerca de 133.000 brasileiros", escreveram. "Apesar desses avanços, agora se articula o desmantelamento de uma lei largamente discutida, democraticamente votada e universalmente executada por diferentes governos", alertaram.
Eles terminam a carta fazendo um apelo. "Como ex-ministros e cidadãos, estamos convencidos de que ampliar o acesso às armas e o número de cidadãos armados nas ruas, propostas centrais dos decretos publicados pelo Executivo federal, não é a solução para a garantia de nossa segurança, de nosso desenvolvimento e de nossa democracia", argumentaram. "Ao invés de flexibilizar os principais pilares do controle de armas e munições de nosso país, precisamos proteger o legado das conquistas que protagonizamos e concentrar nossos esforços na função primordial do Estado: garantir o direito à vida e a segurança para todos", finalizaram.
Unidos pela Educação
Diante dos duros contingenciamentos — que podem se tornar cortes irreversíveis — na Educação e a escalada retórica contra professores e universidades, tida como uma ameaça a autonomia pedagógica e universitária, seis ex-ministros se reuniram também nesta terça para lançar um comunicado em conjunto. "O Brasil perdeu todo o século XX na educação, que o Constituinte colocou no alto das prioridades.  E os indicadores começaram a mudar para melhor. O que exige da nossa parte um compromisso com as políticas de Estado construidas nos últimos 30 anos", afirmou Fernando Haddad (PT), que dirigiu a pasta de Educação entre 2005 e 2012 durante os Governos Lula e Dilma Rousseff.
Além do petista, adversário de Bolsonaro nas últimas eleições, estiveram presentes José Goldemberg (Governo Fernando Collor), Murílio Hingel (Governo Itamar Franco), Cristovam Buarque (Governo Lula), Aloizio Mercadante e Renato Janine Ribeiro (os dois últimos do Governo Dilma). O ministro Paulo Renato Souza (PSDB), que ocupou o ministério durante o Governo FHC, morreu em 2011, mas a frente de ex-ministros contou com a colaboração de auxiliares do tucano na elaboração do comunicado. José Mendonça Bezerra Filho (DEM), que foi ministro do Governo Temer, declinou o convite, enquanto que Rossieli Soares, seu sucessor na pasta ainda na gestão do emedebista, não foi chamado por ocupar a secretaria de Educação do governo paulista de João Doria —o que poderia comprometer suas relações com o Ministério da Educação (MEC). Outros ocupantes da pasta, como Tarso Genro e Henrique Paim, foram acionados e não puderam comparecer ou não responderam.
Assim como os ex-ministros da Justiça, destacaram seus pontos em comum. "Somos pessoas com divergências, mas construímos o consenso diante da importância da educação. Um consenso que abrange direita, esquerda, organizações, sindicatos, municípios e estados", destacou Janine Ribeiro. "Sentimos uma ameaça nessa marcha que foi feita nessas décadas, embora mais devagar do que gostaríamos, com o risco à autonomia universitária, ao risco financiamento da educação de base nos estados... O que esta acontecendo é muito pior do que imaginávamos", alertou Buarque. "Estamos tentando dar nossa contribuição para que essa marcha não seja interrompida, mas, sim, acelerada", concluiu.
Os seis ex-ministros anunciaram a criação de um Observatório da Educação brasileira para dialogar com organizações, secretários municipais e estaduais e reitores sobre os desafios e ameaças de desmonte promovidas pelo Governo Bolsonaro. Asseguram que também estão abertos ao debate com o MEC, hoje gerido por Abrahaim Wintraub. Entre suas preocupações mais urgentes, destacaram a expiração do Fundeb em 2020, um fundo nacional que financia a educação básica nos estados e municípios e ajuda a promover uma política de valorização dos professores. Criado por FHC 1996 e renovado por Lula em 2006, deverá ser renovado a partir do ano que vem. Mas até o momento o Governo Bolsonaro não deu sinais de como isso será feito. "O Fundeb é um sonho acalentado por décadas pelos educadores brasileiros, que sempre defenderam a criação de um fundo nacional que garantisse um investimento mínimo por aluno não importando seu local de nascimento", explicou Haddad. Já Mercadante defendeu que no "Plano Nacional de Educação estão as principais metas e estratégias, uma bússola que mesmo em tempestade econômica deve ser preservada".
Outra preocupação urgente diz respeito à autonomia de professores e universidades. Bolsonaro ganhou as eleições denunciando uma suposta doutrinação marxista em colégios e centros de ensino superior, além da promoção do que chama "ideologia de gênero". Sua incendiária retórica continua a mesma, e Wintraub chegou a anunciar que cortaria recursos das instituições que promovem "balbúrdia" em seu campus. Contra esses cortes e discursos, milhares de estudantes e professores ocuparam as ruas de centenas de cidades nos dias 15 e 30 de maio.
"Quando Bolsonaro disse que queria regredir em 50 anos nos costumes, de alguma forma ele responsabilizou a Educação por essa imoralidade, que nós chamamos de liberdade", explicou Janine Ribeiro. "Viver com diversidade é da natureza da universidade. Tenho a impressão que esses ataques que vêm sendo feitos são mal dirigidos. Temos experiências de professores de direito que foram braço do regime militar", argumentou por sua vez Goldemberg, que foi reitor da USP nos anos 80.
As ideias do Governo para a área estão voltadas para a regulamentação do homeschooling—ensino feito em casa pelos pais—, combate a "ideologia de gênero" e a implantação do projeto Escola Sem Partido, que promete eliminar uma suposta doutrinação dentro da sala de aula —seus críticos apontam para a perseguição de professores e alunos. "A qualidade no Ensino Fundamental sempre melhorou. E no Ensino Médio também, ainda que menos. Se tiramos o foco disso, da aprendizagem, vamos piorar de novo. A escola vai perder a centralidade no processo do ensino", destacou Haddad. Os seis ex-ministros ainda aproveitaram a ocasião para defender Paulo Freire, patrono da educação brasileira. Sua obra é reconhecida internacionalmente e estudada nas mais importantes do mundo. Contudo, virou alvo de Bolsonaro, que promete extirpar o educador das escolas. "Ele é inconveniente porque fazia a associação entre alfabetização e uma ideia de conscientização e descoberta de que todos são iguais e têm que ter oportunidades, enquanto outros sistemas podem limitar essa proposição", destacou Hingel.


Ex-ministros da Educação e da Justiça se unem contra planos de Bolsonaro


Não são poucas as vozes que pedem uma frente democrática suprapartidária para conter o que consideram ser ameaças à democracia promovidas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). Diante da inação dos partidos e lideranças políticas, ex-ministros de vários Governos e vários espectros políticos vêm se unindo para alertar sobre o desmonte institucional e de políticas públicas em suas áreas. Nesta terça-feira foi a vez de onze encarregados da pasta de Justiça e seis da pasta de Educação. Os primeiros publicaram uma carta aberta na Folha de S. Paulo defendendo o controle de armas e munições e alertando para os "retrocessos" que o decreto assinado no dia 7 de maio, que facilita a compra e o porte nas ruas para diversas categorias, representa. Já os últimos se reuniram na Universidade de São Paulo (USP) de manhã e assinaram um comunicado no qual expressam preocupações urgentes, como a renovação do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) em 2020 e a escalada retórica contra as liberdades e a autonomia universitária. Há cerca de um mês, oito ex-ministros do Meio Ambiente também se reuniram na USP para denunciar o desmonte promovido na área.
s autores da carta na Folha são Aloysio Nunes Ferreira, Eugênio Aragão, José Carlos Dias, José Eduardo Cardozo, José Gregori, Luiz Paulo Barreto, Miguel Reale Jr., Milton Seligman, Raul Jungmann, Tarso Genro e Torquato Jardim. Muitos estão vinculados a partidos adversários, como o PT e o PSDB, e formaram parte dos últimos quatro Governos: Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), Dilma Rousseff (2011-2016) e Michel Temer (2016-2018). Para que se tenha dimensão dessa união, Reale Jr. foi um dos autores do pedido de impeachment de Rousseff, que tinha Cardozo como ministro Justiça, substituído em seguida por Jungmann na gestão Temer. Apesar de suas diferenças ideológicas e atritos recentes, decidiram destacar seus pontos em comum: "Cada um de nós trabalhou para que fosse estabelecida no país uma política de regulação responsável de armas e munições", escreveram. "Independentemente dos partidos que estavam no poder e da orientação dos governos dos quais fazíamos parte, nosso compromisso sempre foi o de fortalecer avanços que consolidassem o Brasil como uma referência de regulação responsável de armas e munições para a América Latina e para o mundo", acrescentaram mais adiante.
Os ex-ministros, responsáveis pela área de Segurança Pública, explicaram que "a efetividade das políticas públicas depende de sua continuidade, monitoramento e avaliação constantes para que possamos aperfeiçoá-las e dar respostas a seus novos desafios". Eles acreditam que "o controle de armas e munições no Brasil é uma agenda central para o enfrentamento do crime organizado e para a redução dos homicídios", cujos índices continuam altíssimos mesmo com as políticas públicas vigentes —foram cerca de 64.000 em 2017. Por isso, demandam o "fortalecimento" dessas políticas postas em prática ao longo das últimas duas décadas, impedindo o que consideram ser "retrocessos".
Ao longo da campanha eleitoral de 2018, o então candidato Bolsonaro prometeu reiteradas vezes que seu Governo acabaria com o Estatuto do Desarmamento, aprovado pelo Congresso Nacional em 2003. A legislação proíbe que civis circulem com armas e munições pelas ruas e estabelece normas e restrições para a posse em casa, além de estabelecer mecanismos de controle de produção, circulação e comercialização. "De acordo com o Mapa da Violência, na década seguinte à sua aprovação, o Estatuto do Desarmamento ajudou a salvar a vida de cerca de 133.000 brasileiros", escreveram. "Apesar desses avanços, agora se articula o desmantelamento de uma lei largamente discutida, democraticamente votada e universalmente executada por diferentes governos", alertaram.
Eles terminam a carta fazendo um apelo. "Como ex-ministros e cidadãos, estamos convencidos de que ampliar o acesso às armas e o número de cidadãos armados nas ruas, propostas centrais dos decretos publicados pelo Executivo federal, não é a solução para a garantia de nossa segurança, de nosso desenvolvimento e de nossa democracia", argumentaram. "Ao invés de flexibilizar os principais pilares do controle de armas e munições de nosso país, precisamos proteger o legado das conquistas que protagonizamos e concentrar nossos esforços na função primordial do Estado: garantir o direito à vida e a segurança para todos", finalizaram.
Unidos pela Educação
Diante dos duros contingenciamentos — que podem se tornar cortes irreversíveis — na Educação e a escalada retórica contra professores e universidades, tida como uma ameaça a autonomia pedagógica e universitária, seis ex-ministros se reuniram também nesta terça para lançar um comunicado em conjunto. "O Brasil perdeu todo o século XX na educação, que o Constituinte colocou no alto das prioridades.  E os indicadores começaram a mudar para melhor. O que exige da nossa parte um compromisso com as políticas de Estado construidas nos últimos 30 anos", afirmou Fernando Haddad (PT), que dirigiu a pasta de Educação entre 2005 e 2012 durante os Governos Lula e Dilma Rousseff.
Além do petista, adversário de Bolsonaro nas últimas eleições, estiveram presentes José Goldemberg (Governo Fernando Collor), Murílio Hingel (Governo Itamar Franco), Cristovam Buarque (Governo Lula), Aloizio Mercadante e Renato Janine Ribeiro (os dois últimos do Governo Dilma). O ministro Paulo Renato Souza (PSDB), que ocupou o ministério durante o Governo FHC, morreu em 2011, mas a frente de ex-ministros contou com a colaboração de auxiliares do tucano na elaboração do comunicado. José Mendonça Bezerra Filho (DEM), que foi ministro do Governo Temer, declinou o convite, enquanto que Rossieli Soares, seu sucessor na pasta ainda na gestão do emedebista, não foi chamado por ocupar a secretaria de Educação do governo paulista de João Doria —o que poderia comprometer suas relações com o Ministério da Educação (MEC). Outros ocupantes da pasta, como Tarso Genro e Henrique Paim, foram acionados e não puderam comparecer ou não responderam.
Assim como os ex-ministros da Justiça, destacaram seus pontos em comum. "Somos pessoas com divergências, mas construímos o consenso diante da importância da educação. Um consenso que abrange direita, esquerda, organizações, sindicatos, municípios e estados", destacou Janine Ribeiro. "Sentimos uma ameaça nessa marcha que foi feita nessas décadas, embora mais devagar do que gostaríamos, com o risco à autonomia universitária, ao risco financiamento da educação de base nos estados... O que esta acontecendo é muito pior do que imaginávamos", alertou Buarque. "Estamos tentando dar nossa contribuição para que essa marcha não seja interrompida, mas, sim, acelerada", concluiu.
Os seis ex-ministros anunciaram a criação de um Observatório da Educação brasileira para dialogar com organizações, secretários municipais e estaduais e reitores sobre os desafios e ameaças de desmonte promovidas pelo Governo Bolsonaro. Asseguram que também estão abertos ao debate com o MEC, hoje gerido por Abrahaim Wintraub. Entre suas preocupações mais urgentes, destacaram a expiração do Fundeb em 2020, um fundo nacional que financia a educação básica nos estados e municípios e ajuda a promover uma política de valorização dos professores. Criado por FHC 1996 e renovado por Lula em 2006, deverá ser renovado a partir do ano que vem. Mas até o momento o Governo Bolsonaro não deu sinais de como isso será feito. "O Fundeb é um sonho acalentado por décadas pelos educadores brasileiros, que sempre defenderam a criação de um fundo nacional que garantisse um investimento mínimo por aluno não importando seu local de nascimento", explicou Haddad. Já Mercadante defendeu que no "Plano Nacional de Educação estão as principais metas e estratégias, uma bússola que mesmo em tempestade econômica deve ser preservada".
Outra preocupação urgente diz respeito à autonomia de professores e universidades. Bolsonaro ganhou as eleições denunciando uma suposta doutrinação marxista em colégios e centros de ensino superior, além da promoção do que chama "ideologia de gênero". Sua incendiária retórica continua a mesma, e Wintraub chegou a anunciar que cortaria recursos das instituições que promovem "balbúrdia" em seu campus. Contra esses cortes e discursos, milhares de estudantes e professores ocuparam as ruas de centenas de cidades nos dias 15 e 30 de maio.
"Quando Bolsonaro disse que queria regredir em 50 anos nos costumes, de alguma forma ele responsabilizou a Educação por essa imoralidade, que nós chamamos de liberdade", explicou Janine Ribeiro. "Viver com diversidade é da natureza da universidade. Tenho a impressão que esses ataques que vêm sendo feitos são mal dirigidos. Temos experiências de professores de direito que foram braço do regime militar", argumentou por sua vez Goldemberg, que foi reitor da USP nos anos 80.
As ideias do Governo para a área estão voltadas para a regulamentação do homeschooling—ensino feito em casa pelos pais—, combate a "ideologia de gênero" e a implantação do projeto Escola Sem Partido, que promete eliminar uma suposta doutrinação dentro da sala de aula —seus críticos apontam para a perseguição de professores e alunos. "A qualidade no Ensino Fundamental sempre melhorou. E no Ensino Médio também, ainda que menos. Se tiramos o foco disso, da aprendizagem, vamos piorar de novo. A escola vai perder a centralidade no processo do ensino", destacou Haddad. Os seis ex-ministros ainda aproveitaram a ocasião para defender Paulo Freire, patrono da educação brasileira. Sua obra é reconhecida internacionalmente e estudada nas mais importantes do mundo. Contudo, virou alvo de Bolsonaro, que promete extirpar o educador das escolas. "Ele é inconveniente porque fazia a associação entre alfabetização e uma ideia de conscientização e descoberta de que todos são iguais e têm que ter oportunidades, enquanto outros sistemas podem limitar essa proposição", destacou Hingel.