10/30/2019

MP: áudio contradiz porteiro e mostra que Ronnie Lessa liberou entrada de Élcio Queiroz no condomínio de Bolsonaro


Segundo promotora, porteiro pode ser processado por falso testemunho se for comprovado que mentiu em depoimento
RIO — O Ministério Público do Rio (MP-RJ) informou nesta quarta-feira que o depoimento do porteiro do condomínio do presidente Jair Bolsonaro sobre a liberação da entrada do ex-PM Élcio Queiroz não é compatível com a gravação da chamada feita pelo interfone da portaria.
Em coletiva de imprensa, o MP afirmou que o áudio confirma que quem autorizou a entrada de Élcio no condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, foi o sargento aposentado da Polícia Militar Ronnie Lessa. A gravação confirma que os dois acusados do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes se encontraram horas antes do crime no dia 14 de março de 2018.
Cronologia : Relembre os principais fatos da investigação
Segundo o MP-RJ, embora a planilha de controle de entradas e saídas no condomínio indique que Élcio teria informado que iria à casa 58, a gravação mostra que houve contato da portaria com a casa 65. A voz do homem que atendeu o porteiro foi identificada pelos peritos do MP como sendo de Lessa, a partir de uma comparação com a voz dele registrada em depoimentos à Polícia Civil do Rio.
A promotora Simone Sibilio, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Autorizado (GAECO), ainda não é possível dizer o motivo pelo qual o porteiro do condomínio disse à polícia, em dois depoimentos diferentes, que a voz responsável por autorizar a entrada de Élcio era a de “Seu Jair”, em referência ao presidente Jair Bolsonaro.
As informações relativas aos dois depoimentos do porteiro, que ocorreram sem a presença do MP-RJ, ainda serão apuradas. O processo ao qual ele pertence está sob sigilo e foi levado pela promotoria ao Supremo Tribunal Federal (STF), dada as menções à casa de Bolsonaro na planilha e ao nome dele no depoimento. As condições das afirmações do porteiro estão sob apuração, de acordo com a promotora Sibilio.
— O porteiro pode ter lançado o número 58 (na planilha) por vários motivos. Esses motivos serão apurados — explicou a promotora.
Caso seja comprovado que o profissional mentiu nos depoimentos prestados em 7 e 9 de outubro, ele pode ser processado por falso testemunho. Em um primeiro momento, a hipótese de que isso tenha acontecido foi confirmada pela promotora Sibilio. Questionada se o porteiro havia mentido, ela chegou a confirmar:
—  (O porteiro) Mentiu. Isso está provado por uma prova técnica. As testemunhas prestam depoimento, todos os elementos precisam ser checados. Todos os elementos o GAECO checa. Nada passa sem ser checado — disse Sibilio.
Quando questionada novamente se poderia dizer categoricamente que o porteiro mentiu, Sibilio evitou retomar a afirmação.
— A prova técnica juntada aos autos mostra que no dia 14 de março de 2018 às 17h07, quem autoriza a entrada de Élcio Queiroz no condomínio é Ronnie Lessa.
Ao ser questionada se o porteiro pode ser processado, ela responde:
— Qualquer testemunha que mente, seja o porteiro ou qualquer outro, podem ser processados. Ele e todos os demais que mentem — afirmou Sibilio.
Em depoimento à Polícia Civil, encaminhado ao Ministério Público do Rio (MP-RJ), o porteiro disse que a entrada de Élcio foi autorizada por uma pessoa cuja voz ele identificou como a de "seu Jair". Após constatar, através das câmeras de segurança, que o visitante se dirigia para outra casa, o porteiro informou ter ligado novamente para a residência 58 , e que "seu Jair" informou pelo inteforne que "sabia para onde Élcio estava indo". Registros de presença na Câmara dos Deputados mostram, no entanto, que Bolsonaro estava em Brasília no dia 14 de março do ano passado.
Sibilio também explicou que, devido ao registro relativo à casa do presidente Jair Bolsonaro e a menção a ele no depoimento do porteiro, o presidente do Supremo Tribubal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, foi procurado, conforme estabelece a lei. Isso ocorreu em 10 de outubro. Ela disse ainda que essa parcela da investigação, incluindo o depoimento do porteiro, permanecem com a Corte por tratar de uma autoridade com foro por prerrogativa de função.
Tanto a planilha que registrou as visitas no condomínio entre janeiro e março de 2018, como as gravações desse mesmo período, foram entregues ao Supremo. A remessa incluiu outras informações, como o registro de presença de Bolsonaro na Câmara. Segundo a procuradora Sibilio, o Procurador-geral da República Augusto Aras também tomou ciência do caso.
O Jornal Nacional, da TV Globo, noticiou na noite de terça-feira a existência da anotação e o depoimento do porteiro, assim como a existência do registro de presença na Câmara e a possibilidade de a investigação chegar ao STF por ter passado a envolver o presidente. Bolsonaro classificou a reportagem como "patifaria" e a defesa dele chamou o depoimento do porteiro de mentiroso.
Atenção recente às planilhas
Ainda de acordo com o MP-RJ, as planilhas que registram as presenças do condomínio foram apreendidas em 5 de outubro deste ano. Quando recolhido, o material mostrou a existência de uma anotação referente às 17h10 do dia 14 de março de 2018, com o campo referente à autorização em branco.
Somente a partir da apreensão e da menção à casa 58 foi que a investigação passou a envolver o nome do presidente da República. Naquele momento, estava sob apuração o encontro de Lessa e Élcio na data do crime, o que ambos negavam desde março, quando foram presos na Operação Lume.
O interesse pelos registros de entrada e saída surgiu porque em outubro, após a perícia dos celulares apreendidos com Lessa, foi encontrada uma imagem da planilha enviada a ele por sua mulher, Elaine Lessa, em 22 de janeiro deste ano. O envio ocorreu quando ambos ainda estavam em liberdade.
Elaine enviou o conteúdo a Lessa dois dias antes do depoimento dele à Polícia. Junto com a imagem que mostrava o pedido de Élcio para acessar o condomínio, Elaine escreveu: “Liga para o Élcio” e Lessa respondeu: “Ok”.
Na manhã do dia em que as mensagens foram tocadas por Elaine e Lessa, o MP-RJ e a Polícia Civil prenderam cinco suspeitos de integrar uma milícia em Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio. Entre os alvos da operação batizada de "Os Intocáveis" estava o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado como chefe do Escritório do Crime, do qual Lessa faria parte.
A perícia no celular de Lessa demorou quase oito meses porque, segundo o MP-RJ, os aparelhos dele foram encontrados bloqueados com senha e em modo avião. Como Lessa se recusou a conceder o código de acesso, a promotoria precisou acessar os dados com autorização judicial. A perícia só foi concluída em outubro.
Quando o MP recebeu o resultado da perícia, em outubro, foi pedida apreensão da planilha, a partir do conteúdo das mensagens de Elaine. Só então foi constatado que havia anotação referente à casa 58, onde vivia Bolsonaro.
Cerca de dois dias depois, segundo o MP-RJ, os áudios que registraram os contatos entre a portaria e a casa foram entregues à polícia voluntariamente pelo síndico do condomínio. As gravações foram periciadas pelo MP-RJ, que atestou a autenticidade de seu conteúdo.
— A questão da autenticidade do equipamento ou das gravações, isso tem que ter feito por perito técnico. Foi confirmada a ausência de adulterações naquelas gravações — garantiu a promotora Letícia Emily, uma das responsáveis pelo caso.
'Erro de análise'
Questionada se as planilhas deveriam ter sido recolhidas ainda em março deste ano, quando Lessa e Élcio foram presos, a promotora a apreensão poderia ter ocorrido antes, em março, quando Lessa e Élcio foi preso. Naquela ocasião, no entanto, as diligiências no condomínio contemplaram apenas a casa 65, onde vivia o sargento aposentado da PM.
—  Foi um erro de análise — classificou Letícia Emily, quando questionada sobre a demora para a apreensão.
Durante a coletiva, a coordenadora do GAECO, Simone Sibilio, afirmou que o MP-RJ não compactua com o vazamento de informações sobre a investigação. Ela também disse que não sabe se o governador Wilson Witzel (PSC-RJ) soube do caso com antecedência, conforme afirmou Bolsonaro na terça-feira, após a divulgação das informações pela TV Globo. 
Cronologia da apreensão
22 de janeiro de 2019: O MP-RJ e a Polícia Civil do Rio prenderam integrantes de uma milícia em Rio das Pedras. Naquele dia, Ronnie Lessa recebeu de Elaine, sua mulher, uma foto da planilha de registro de visitantes do condomínio Vivendas da Barra com a frase "Liga para o Élcio".
24 de janeiro de 2019: Lessa e Élcio de Queiroz depõem e negam que estavam juntos no dia do assassinato de Marielle Franco.
12 de março de 2019: Lessa e Élcio são presos na Operação Lume, do MP-RJ e da Polícia Civil. Junto a outros itens, celulares de Lessa são apreendidos. Eles estavam em modo avião e tinham bloqueio de segurança. O sargento aposentado da PM não entregou os códigos de desbloqueio.
4 de outubro de 2019: Em posse do resultado da perícia nos celulares de Lessa e da mensagem enviada por Elaine em janeiro, o MP-RJ requer à Justiça a busca e apreensão das planilhas de registro de entrada e saída do condomínio.
5 de outubro de 2019: A busca e apreensão coloca a Polícia Civil e o MP-RJ em posse dos registros referentes a janeiro, fevereiro e março de 2018.
7 de outubro de 2019: O porteiro do condomínio responsável pela anotação do dia 14 de março de 2018, quando Marielle foi morta, é ouvido pela primeira vez pela Polícia Civil, sem a presença do MP-RJ. Ele afirma que Élcio informou na portaria que iria para a casa 58, onde "seu Jair" teria atendido o interfone e autorizado a entrada. Segundo o MP-RJ, houve menção específica ao nome do presidente Jair Bolsonaro.
9 de outubro de 2019: A Polícia Civil ouve o porteiro pela segunda vez. Ele reafirma o que já havia dito.
10 de outubro de 2019: O MP-RJ leva o caso ao STF diante da menção ao nome de Bolsonaro, que possui foro por prerrogativa de função. O ministro Dias Toffoli, presidente da Corte, é informado. O MP-RJ diz que Augusto Aras, chefe da PGR, também tomou ciência. O caso Marielle Franco em imagens Bolsonaro Marielle.




Caixa lança aplicativo com funcionalidades para clientes de baixa renda



(foto: Ed Alves/CB/D.A Press )

A Caixa Econômica Federal lançou o aplicativo financeiro “Caixa Tem”, voltado para clientes de baixa renda e beneficiários de programas sociais. Nele, será possível realizar pagamentos de contas, transferências e consultas relacionadas ao FGTS e ao Bolsa Família, entre outros serviços. O app foi desenvolvido para possibilitar a inclusão financeira e ampliar o acesso aos serviços do banco por pessoas que têm celulares mais simples.  
 Valter Nunes, vice-presidente de Distribuição do banco, afirmou que o objetivo nos próximos três anos é alcançar 35 milhões de clientes com essa nova ferramenta. "Para utilizar o aplicativo, basta que o usuário insira CPF e senha, que é a mesma para realizar transações", disse Nunes. 
Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, o novo aplicativo considera o perfil de acesso do público de baixa renda, que geralmente não utiliza todos os produtos oferecidos pelo app tradicional do banco. "Boa parte desses clientes utiliza serviços específicos da Caixa, como os de consulta e pagamento de benefícios sociais. O aplicativo foi pensado para facilitar ainda mais o acesso a esses serviços, com operações mais simples e alinhadas às reais necessidades da população mais humilde", explicou. 

*Estagiário sob supervisão de Roberto Fonseca 

Diretor do Ibama não descarta que óleo no Nordeste seja do pré-sal


(foto: Leandro de Santana/Esp. DP)
Após a declaração, o Ibama afirmou que Olivaldi Oliveira se enganou e que o óleo, como mostraram as análises da Petrobras e Marinha, tem origem em três poços da Venezuela
O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Olivaldi Alves Borges Oliveira, afirmou na manhã desta quarta-feira (30/10), em audiência na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, que não descarta a possibilidade de que o vazamento de óleo no Nordeste seja proveniente do pré-sal.

Ele respondeu ao deputado Daniel Coelho (Cidadania), que perguntou objetivamente se o óleo poderia ser do pré-sal. Coelho afirmou que vem recebendo informações de "que há uma possibilidade de que o vazamento teria ocorrido em decorrência de perfuração de área de pré-sal". Ele perguntou: "Há fundamento técnico para isso? É uma possibilidade a ser considerada ou do ponto de vista técnico a gente deve afastar isso?"

Olivaldi, que representou o Ministério do Meio Ambiente na comissão, após convocação feita pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, respondeu: "Uma das maiores autoridades nesse assunto, que é a Petrobras, diz que há muito que se analisar ainda em relação a petróleo de pré-sal. Então, a gente não pode descartar isso. Não há como descartar isso."
Na sequência, a deputada Joênia Wapichana (Rede) reforçou o comentário sobre o pré-sal, ao que Olivaldi comentou. "Veja bem, os laudos dizem que tem característica de óleo venezuelano. Quando eu digo que possa ser do pré-sal é que tecnicamente eu não posso descartar isso. Tecnicamente. Mas dificilmente um óleo seja (sic) de pré-sal se tem característica venezuelana. Como técnico não posso descartar, é o que quero dizer."
É a primeira vez que alguém do governo abre essa possibilidade. Até então as declarações oficiais são de que o óleo é proveniente de três poços localizados na Venezuela. A principal suspeita é que poderiam ter vazado após uma transferência de um navio fantasma para outro. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chegou a afirmar que o governo vai pedir que OEA exija esclarecimentos da Venezuela sobre origem de petróleo.
O presidente Jair Bolsonaro, por outro lado, insinuou que o derrame de óleo poderia ser ação criminosa para prejudicar leilão de petróleo.
Após a declaração, o Ibama afirmou que Oliveira se enganou e que o óleo, como mostraram as análises da Petrobras e Marinha, tem origem em três poços da Venezuela.
Estudo da Coppe/UFRJ havia indicado que a origem do derramamento seria em algum lugar entre 600 km e 700 km da costa, na altura de Sergipe e Alagoas.
Nesta terça-feira (27/10), pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) anunciaram que detectaram uma gigantesca mancha de óleo no mar junto ao litoral sul da Bahia. A observação foi feita na última segunda-feira (28/10), por um satélite da Agência Espacial Europeia. Pela primeira vez desde o acidente, cientistas conseguem observar o óleo no mar. De acordo com os especialistas, de acordo com o padrão da mancha, o óleo poderia estar vindo do fundo
do mar.(Colaborou André Borges).

Medicamento para tratar AME começa a ser distribuído em novembro




Atrofia muscular espinhal (AME) é uma doença degenerativa e não tem cura, mas o medicamento Spinraza é o único no mundo com resultados positivos na interrupção da evolução da atrofia
Começa a ser distribuído na semana que vem para as secretarias estaduais de Saúde o fármaco Nusinersen (Spinraza) para o tratamento destinado a pacientes com atrofia muscular espinhal (AME). O medicamento chega nesta quarta-feira (30) ao Brasil, vindo da Alemanha.
O anúncio foi feito hoje (30) pelo secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Denizar Vianna, em audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados.
Segundo a pasta, para ter acesso ao Spinraza, os pais ou responsáveis pelo paciente com diagnóstico de AME tipo 1 devem ir até uma farmácia de alto custo, que encaminhará o paciente para atendimento em um Serviço de Referência apto a realizar o procedimento. Atualmente, existem 57 serviços de referência no país, como institutos e centros de excelência para doenças raras e hospitais universitários federais.
“O paciente será alocado em um serviço de referência em que terá todos os cuidados, não apenas para receber o medicamento, ele terá apoio de fisioterapia, fonoaudiologia, profissionais de diferentes especialidades médicas, suporte de diagnóstico. Isso tudo para que a gente possa maximizar o uso desse tratamento”, explicou o secretário.
De acordo com o ministério, no caso do medicamento para os tipos 2 e 3 da doença, o paciente ou os responsáveis devem entrar em contato com a Ouvidoria do SUS, pelo telefone 136, a partir de segunda-feira (4) e informar dados pessoais, cidade em que mora e prescrição médica para uso do Spinraza.
Após esse contato, o Ministério da Saúde vai mapear onde estão os pacientes com os dois tipos da doença para cadastramento. Posteriormente, o paciente será orientado pela pasta, por telefone, sobre qual Serviço de Referência deve procurar para o tratamento.
Doença
A AME é uma doença genética que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína considerada essencial para a sobrevivência dos neurônios motores. Sem ela, os neurônios morrem e as pessoas vão perdendo controle e força musculares, ficando incapacitados de se moverem, engolirem ou mesmo respirarem. O quadro é degenerativo e não há cura.



10/28/2019

Após postar vídeo que chama PSL e STF de inimigos, Bolsonaro apaga conteúdo




(foto: Reprodução/Twitter)

O perfil oficial do presidente Jair Bolsonaro exibiu durante cerca de duas horas, na tarde desta segunda-feira (28/10), um vídeo que retrata o chefe do Executivo como um leão sendo atacado por hienas na savana.
Cada hiena que cerca o leão ganha o logotipo de alguma empresa, movimento social ou instituição que, segundo os autores do vídeo (não identificados), estão contra Bolsonaro.
Entre esses inimigos, aparecem partidos políticos como o PT, o PCdoB e o próprio PSL, do qual Bolsonaro faz parte. Também aparecem sobre as hienas os logotipos do STF, da OAB e da ONU; de movimentos de espectro político bem variados, como MST e MBL; veículos de comunicação; e causas sociais, como o feminismo.
O vídeo, então, mostra um segundo leão, identificado como "conservador patriota", chegando para ajudar o leão alvo das hienas, que, nesse momento fogem. Surge, então a mensagem: "Vamos apoiar o presidente até o fim! E não atacá-lo. Já tem a oposição para fazer isso!"

O vídeo foi deletado por volta das 17h. Abaixo você vê um printscreen da postagem:
(foto: Reprodução/Twitter)


América do Sul
O vídeo foi postado com a seguinte mensagem:
"- Chile, Argentina, Bolívia, Peru, Equador..... 
- Mais que a vida, a nossa LIBERDADE. 
- Brasil acima de tudo! 
- Deus acima de todos!"

Nos países mencionados, ou a esquerda tem assumido ou se mantido no poder, ou governos à direita enfrentam sérias crises.



Fonte: Correeio brasiliense


Brasil e Catar assinam acordo de isenção de visto



(foto: Valdênio Vieira/Agência Brasil)
O Brasil e o Catar assinaram hoje (28/10) acordo para a isenção de visto de entrada nos países de turistas, pessoas em trânsito ou em viagens de negócios. A medida é recíproca. Esse é um dos seis acordos firmados durante a vista do presidente Jair Bolsonaro ao país. Ele foi recepcionado em Doha pelo emir do Catar, Xeique Tamin Bin Hamad Al Thani, no Palácio Real, onde firmaram acordos de cooperação em áreas como defesa, saúde e serviços aéreos.
Os dois países também pretendem concluir um acordo para exploração de serviços aéreos entre seus territórios. Além disso, com base na experiência brasileira em sediar a Copa do Mundo de 2014, o Brasil vai cooperar com o Catar para a realização de grandes eventos esportivos. O país do Oriente Médio vai sediar a competição em 2022.
Já na área de defesa, os dois países assinaram acordo para pesquisa e desenvolvimento, apoio logístico, medicina militar e fornecimento de produtos e serviços de defesa, além de intensificar a troca de conhecimentos e experiências sobre organização e operações das Forças Armadas, incluindo operações de manutenção da paz. O Brasil já participou de mais de 50 operações de paz e missões de paz das Nações Unidas.


O Catar é penúltimo país a ser visitado pelo presidente Bolsonaro, que já esteve no Japão, China e Emirados Árabes Unidos para divulgar as reformas que o governo está empreendendo no campo econômico e as oportunidades de negócios no Brasil. Além de encontro com autoridades, o presidente participou de um seminário empresarial.

Ainda nesta segunda-feira, a comitiva presidencial segue para Riade, na Arábia Saudita, onde será recepcionado pelo príncipe herdeiro do país, Mohammed bin Salman. No Oriente Médio, o objetivo de Bolsonaro e seus ministros é atrair investidores, em especial para os projetos de concessões e privatizações do Programa de Parcerias de Investimentos. Os países dessa região são donos de grandes fundos soberanos em busca de oportunidades em países emergentes.



Fonte: Correio Brasiliense

10/23/2019

Relator diz que nome do Coaf será mantido e haverá indicação apenas de servidores



O deputado Reinhold Stephanes Junior (PSD-PR) iniciou na tarde desta quarta-feira, 223, a leitura de seu relatório sobre a Medida Provisória nº 893, que trata do “novo Coaf”. Antes do início da leitura, na comissão mista que trata da MP, Stephanes Junior lembrou que seu relatório prevê a manutenção do nome Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) para o órgão, que passará a fazer parte da estrutura do Banco Central – e não do Ministério da Justiça ou do Ministério da Economia. Além disso, os integrantes do Coaf serão apenas pessoas ligadas a órgãos especificados na proposta.
“Todas as mudanças foram conversadas com o BC, com os parlamentares, para chegar a um consenso”, afirmou o deputado, pouco antes de iniciar a leitura do relatório.
O texto do deputado sobre a MP 893 traz mudanças em relação ao texto original, enviado pelo governo ao Congresso. As alterações foram feitas por meio de emendas apresentadas por parlamentares
Uma das mudanças é que o nome Coaf será mantido. Na proposta original, o Coaf passaria a se chamar Unidade de Inteligência Financeira (UIF).
Além disso, pelo relatório do deputado a estrutura organizacional do Coaf vai compreender três instâncias: Presidência, Plenário e Quadro Técnico. Na MP original, a estrutura contava apenas com Conselho Deliberativo e Quadro Técnico-Administrativo.
O Plenário do Coaf será composto pelo presidente do conselho e por 11 servidores ocupantes de cargos efetivos, “de reputação ilibada e reconhecidos conhecimentos em matéria de prevenção e combate à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo ou ao financiamento da proliferação de armas de destruição em massa”. Estes servidores serão escolhidos entre integrantes dos seguintes órgãos: Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de Seguros Privados, Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, Agência Brasileira de Inteligência, Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Justiça e Segurança Pública, Polícia Federal, Superintendência Nacional de Previdência Complementar e Controladoria-Geral da União.
A especificação de quais órgãos públicos cederão integrantes para o plenário do Coaf marca uma diferença em relação à proposta original do governo – e defendida em um primeiro momento pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto. Na proposta, poderiam ser nomeados quaisquer pessoas, desde que com reputação ilibada e reconhecidos conhecimentos. Além disso, o conselho da proposta original seria formado por no mínimo oito pessoas e no máximo 14.
Com a mudança, especificando quais órgãos poderão indicar componentes para o Coaf, o deputado acatou os argumentos de que a versão original da proposta deixava brechas para nomeações políticas no conselho. Em audiência no Congresso, o próprio Campos Neto havia sinalizado que o texto poderia mudar neste sentido, para definir exatamente quem poderia fazer parte do conselho.
Após a leitura do relatório de Stephanes Junior, a tendência é que seja pedida vista na comissão. Assim, a votação do relatório deve ocorrer na próxima semana. A expectativa do BC é de que não haja dificuldades para aprovação, já que se formou um consenso entre parlamentares e a autarquia quanto à versão final da proposta. Depois de aprovada na comissão mista, a proposta será encaminhada à Câmara dos Deputados.

Estadão Conteúdo



Na presidência, Alcolumbre visitará praias no Nordeste afetadas pelo óleo

(foto: Clemente Coelho J?nior / Institu)

Por: Ingrid Soares
Momentos antes de embarcar ao Peru na tarde desta quarta-feira (23/10), o presidente interino Hamilton Mourão transmitiu o cargo para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Ele assumiu a Presidência da República e ficará no cargo até sexta-feira à noite (25/10), quando retorna Mourão.
Alcolumbre embarcará nesta quinta-feira (24/10) para a região Nordeste para acompanhar a situação das praias atingidas pelo vazamento de óleo. A agenda se inicia, às 10h30, no município de Barra de São Miguel, em Alagoas. Posteriomente, a comitiva segue viagem para Sergipe, onde está programada, às 15h, uma verificação das condições da praia de Aruana, em Aracaju. Além de Alcolumbre, a comitiva é composta pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e autoridades estaduais e municipais. Os senadores da bancada do Nordeste também acompanharão a agenda.

No período em que estará no exercício da Presidência da República, o Senado será conduzido pelo vice-presidente da Casa, senador Anastasia (PSDB-MG).

Governo pede na OEA que Venezuela se manifeste sobre óleo, diz Salles

Manchas de óleo ainda estão surgindo em praias do litoral brasileiro (foto: Marco Santos Ag. Para)

O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, fez um pronunciamento na noite de hoje (23) em rede de televisão e rádio no qual afirmou que o governo vem monitorando o litoral desde que as primeiras manchas de óleo surgiram da costa. Segundo o ministro o óleo coletado foi analisado e a conclusão é que não foi extraído do território nacional; a origem é venezuelana. E o presidente determinou que fosse encaminhada solicitação formal à Organização dos Estados Americanos (OEA) para que a Venezuela se manifeste sobre o material coletado.
“Esse processo investigativo tem como principal objetivo determinar as causas e origens desse óleo e, com isso, não apenas fazer cessar o seu aparecimento no litoral brasileiro, mas também obter informações que nos permitam responsabilizar aqueles que tenham contribuído para esse desastre ambiental”, disse o ministro no pronunciamento.
Salles afirmou ainda que o Grupo de Acompanhamento e Avaliação, composto pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustívei (ANP) e Marinha está com ações para a retirada do óleo encontrado nas praias em 2 mil quilômetros de costa entre Maranhão e da Bahia. Há salas de controle de comando e controle, nas cidades de Salvador e Recife, que contam com a participação dos órgãos federais e de órgãos estaduais e municipais.
Foram criadas ainda barreiras físicas e utilizados produtos bioquímicos, mas que segundo o governo não obtiveram os resultados pretendidos. Por isso, o efetivo utilizado nas ações foi ampliado em 1.500 pessoas, num total de 5 mil profissionais. As causas e origens do incidente estão sendo investigadas pela Marinha, Guardas Costeiras estrangeiras e Polícia Federal.”
Identificação
Segundo o ministro, só é possível identificar as manchas de óleo quando chegam na costa brasileira. “Por tratarem-se de um material pesado, que se movimenta a cerca de 1 metro e meio abaixo do nível da superfície, impossibilitando a sua identificação e rastreamento, seja pelos sistemas de satélite e radar, ou mesmo na tentativa visual por barcos, aviões e helicópteros”.
O Ministro falou ainda da liberação do seguro defeso para pescadores que tenham sido prejudicados pela contaminação do óleo. A estimativa é que o governo federal desembolse R$ 59 milhões com a ação. O Ministro fala ainda da ação dos voluntários e da necessidade de uso de equipamentos de segurança adequados. “Com a ajuda de todos, as nossas praias vêm sendo limpas praticamente no mesmo dia, sendo restabelecidas as condições para o turismo e a segurança dos visitantes e moradores, além da correta destinação do óleo coletado”, diz Salles.

Trabalhadores da educação notificarão Google sobre termo professora

Resultado de professora no Google


Depois que causou polêmica na internet o fato de as palavras professora e prostituta aparecerem relacionadas em definição do site de buscas Google a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) questionará o site de buscas. 
A confederação também vai notificar a editora Positivo e demais responsáveis publicação do Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, onde o termo professora também é relacionado a "prostituta com quem adolescentes se iniciam na vida sexual".
A CNTE representa 4,5 milhões de profissionais que atuam nas escolas públicas do país e publicou nota sobre o assunto. Confira na íntegra:
"A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, entidade representativa de mais de 4,5 milhões de profissionais que atuam nas escolas públicas do país, vem a público informar que notificará a empresa multinacional de serviços online Google e a editora Positivo e demais responsáveis pela publicação do Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, em razão da definição empregada ao substantivo feminino “professora” em suas respectivas publicações.
O dicionário assinado pelo escritor Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, define assim a palavra professora: “[…] 1. Mulher que ensina ou exerce o professorado; mestra. 2. Bras. N.E. Pop. Prostituta com que adolescentes se iniciam na vida sexual […]”. Por sua vez, a empresa Google reproduz essa mesma definição em seu serviço de consulta online, copiando do Novo Dicionário
Aurélio, uma vez que a mesma não possui dicionário próprio e tão somente disponibiliza informações advindas de outras fontes.
Em consulta a outros dicionários de renome da Língua Portuguesa, a CNTE não encontrou a definição pejorativa à palavra “professora”. Os verbetes até então consultados fazem referência às aptidões da profissão de educadora.
Mesmo em respeito às prostitutas brasileiras, que tentam se organizar numa categoria profissional, a CNTE considera inapropriado, machista e misógino confundir a definição gramatical (ainda que em contexto de expressão popular, como sugere o dicionário Aurélio) das palavras “professora” com “prostituta”. O mesmo não ocorre, por exemplo, no verbete sobre “professor”, onde tanto o dicionário Aurélio como o Google denominam como alguém que exerce atividades com estudantes, que ensina, leciona, detém conhecimento, saber etc. Porém, ao tratar o gênero feminino da mesma profissão, verifica-se a associação imprópria de condutas sexuais, o que, inexoravelmente, denuncia a cultura do machismo, o sexismo, a desvalorização e o preconceito contra as mulheres.
Em razão do exposto, a CNTE reitera sua repulsa aos termos machistas utilizados tanto pelo dicionário Aurélio – uma das referências de nossa literatura – quanto pelo Google, este último por não adotar filtros em suas publicações, devendo ambos os responsáveis serem notificados extrajudicialmente e judicialmente, se necessário, para que revejam suas publicações.

Brasília, 22 de outubro de 2019

Diretoria da CNTE”


10/22/2019

Senador pede decretação de emergência em estados atingidos por óleo

(foto: Clemente Coelho Júnior/Instituto Bioma Brasil)


Por:Ingrid Soares
O documento do parlamentar ainda será submetido ao plenário da Casa, mas foi adiantado ao presidente em exercício Hamilton Mourão
O presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Fabiano Contarato (Rede-ES), entregou na tarde desta terça-feira (22/10) ao presidente interino, Hamilton Mourão, um documento com a sugestão de oito medidas para auxílio no combate ao vazamento de óleo. A principal delas, pede a decretação de emergência ambiental em estados do Nordeste atingidos pelo derrame. O documento ainda será submetido ao plenário da Casa, mas foi adiantado a Mourão pelos também presentes, os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Jean Paul-Prates (PT-RN). O encontro ocorreu no Palácio do Planalto.
“A população está sofrendo e nós não podemos nos intimidar, vamos dizer assim, e nos acovardar diante dessa situação. Já chega de desmonte na área ambiental. Infelizmente, a área ambiental no Brasil está sendo violada diuturnamente”, apontou Contarato.
Na saída do Planalto, Mourão afirmou que a maior parte das medidas presentes no texto já estão em andamento pelo governo federal.
Especificamente sobre o pedido de decretação de emergência ambiental, Mourão disse que a hipótese será analisada.
“Vamos analisar aí dentro da área jurídica e uma vez que seja viável, vou conversar com o presidente Bolsonaro. Se for o caso, se toma a decisão”,concluiu.

Senado aprova reforma da Previdência em segundo turno por 60 votos a 19


(foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Após 245 dias, o Congresso Nacional terminou a tramitação em torno da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência. Nesta terça-feira (22/10), por 60 votos a 19, o plenário do Senado aprovou em 2º turno o texto-base que muda as regras de aposentadoria e pensão. A partir de agora, o parlamento já pode inserir a nova redação ao texto constitucional. Por enquanto, ainda não foi definida uma data para a sessão especial de promulgação.

O placar ainda registrou uma abstenção, do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que acompanha o presidente Jair Bolsonaro nas viagens do chefe do Palácio do Planalto à Ásia e ao Oriente Médio.
Ainda nesta noite, os senadores votarão destaques, que são sugestões de mudanças pontuais na matéria aprovada. Foram apresentados quatro requerimentos de bancada, de autoria dos senadores Telmário Mota (Pros-RR), Humberto Costa (PT-PE), Weverton (PDT-MA) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Todos os destaques individuais foram rejeitados pelo relator da reforma na Casa, Tasso Jereissati (PSDB-CE).
O do Pros diz respeito à conversão de tempo especial em comum, ao segurado do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) que comprovar tempo de serviço por insalubridade. O do PT, é relacionado à aposentadoria especial para o trabalhador em atividades exercida com exposição a agentes nocivos químicos, físicos e biológicos. 

O destaque da Rede se refere à idade mínima para fins de aposentadoria especial decorrente de atividade com exposição a agentes danosos à saúde. Por fim, o do PDT pede a revogação dos regimes de transição atuais.

Com o fim das votações do texto-base, o governo fechou a estimativa de economia com a reforma em R$ 800 bilhões na próxima década. Quando entregou a proposta ao Congresso, a equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro previa um impacto de R$ 1,072 trilhão em 10 anos — posteriormente, o valor foi corrigido para R$ 1,237 trilhão. Mesmo com a expressiva redução de 35%, o potencial de economia estabelecido após o resultado da votação desta terça-feira é bem visto pelo Poder Executivo.

O que muda?

Assim que as novas regras forem incluídas à Constituição Federal, mulheres e homens terão de cumprir idade mínima para pedir aposentadoria: 62, para elas, e 65, para eles. Além disso, serão necessários pelo menos 15 anos de contribuição no caso das mulheres e dos homens que já estão no mercado de trabalho; e 20 anos, para homens que ainda não contribuem com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
 Para funcionários públicos da União, as idades mínimas para ter direito ao benefício serão as mesmas. O tempo de contribuição, contudo, será diferente: 25 anos para ambos os sexos.
 Quem já está na ativa também terá a opção de se aposentar de acordo com regras de transição. Para isso, mulheres precisam cumprir 30 anos de contribuição e homens, 35. Os trabalhadores poderão escolher entre as seguintes opções: sistema de pontos, pedágio de 50%, pedágio de 100% e idade mínima progressiva.

No sistema de pontos, o trabalhador deve atingir o escore mínimo obrigatório do ano em que escolher se aposentar, que será definido pela soma da idade com o tempo de contribuição. Inicialmente, a pontuação tem de ser 86/96 (mulheres/homens). A cada ano, a partir de 2020, será aumentado um ponto, até que se chegue a 100/105. Para os homens, a contagem acaba em 2028; para as mulheres, em 2033.

O pedágio de 50% servirá para quem está a dois anos ou menos de se aposentar por tempo de contribuição. Para ter o benefício garantido, será possível pagar um pedágio de 50% do tempo que falta para completar os 30/35 anos exigidos (mulheres/homens). Ou seja, um homem com 57 anos de idade e 33 de contribuição, por exemplo, poderá trabalhar mais dois anos e pedir a aposentadoria com 36 anos de contribuição. O valor do benefício será reduzido pelo fator previdenciário.

Já no pedágio de 100%, mulheres precisam de idade mínima de 57 anos e homens, de 60. Neste caso, será necessário que o trabalhador cumpra com o dobro do tempo que resta para ele se aposentar por tempo de contribuição. Uma mulher com 49 anos de idade e 26 anos de contribuição, por exemplo, poderá trabalhar mais oito anos e atingir os requisitos mínimos tanto de idade quanto de tempo de pedágio para se aposentar.

Na idade mínima progressiva, mulheres e homens precisam ter hoje, respectivamente, 56 e 61 anos de idade, além do tempo de contribuição mínimo para cada gênero, para se aposentar. A idade mínima aumentará seis meses a cada ano, a partir de 2020, até chegar às idades mínimas finais de 62/65 (mulheres/homens). Para os homens, a contagem acaba em 2027; para as mulheres, em 2031.

Trabalhadores rurais, professores e polícias

As regras para trabalhadores rurais não mudarão. Mulheres poderão se aposentar com no mínimo 55 anos de idade e 15, de contribuição. Por sua vez, a idade mínima para homens segue como 60 anos — eles também precisam comprovar pelo menos 15 anos de atividade no campo.

Professores tanto da rede privada quanto da rede pública só terão direito ao benefício quando completarem a idade mínima exigida: 57 anos para mulheres e 60, para homens. Ambos se aposentam com 25 anos de contribuição. No caso dos servidores, é preciso comprovar 10 anos no serviço público e 5, no cargo.

Policiais federais, legislativos e civis do DF, agentes penitenciários e educativos, sejam mulheres ou homens, precisam atingir pelo menos 55 anos de idade. Cada um também tem de contribuir por no mínimo 30 anos e comprovar 25 anos na função, sem distinção para de patente.

Considerando o texto aprovado, policiais militares e bombeiros não entram na reforma. As regras para essas corporações serão tratadas na mesma lei que muda as regras das Forças Armadas. Atualmente, um projeto de lei que trata da Previdência e da reestruturação de carreira dos militares está em análise por uma Comissão Especial da Câmara dos Deputados. 




Fonte: Correio Brasiliense

Enem terá horários diferentes das provas em seis estados


Os portões de acesso aos locais de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) serão abertos e fechados em horários diferentes em seis estados. A diferença se dá por conta da extensão territorial do país, onde existem diferentes fusos horários. A programação do exame, entretanto, segue o horário oficial de Brasília. Com isso, os candidatos do Amazonas, Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima vão realizar as provas até duas horas antes do horário da capital do Brasil.
O Enem ocorrerá em dois domingos, 3 e 10 de novembro. A sugestão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é que o participante conheça seu local de prova com antecedência, disponível no Cartão de Confirmação da Inscrição.
Confira o horário das provas  do Enem em cada estado:
Acre e 13 municípios do Amazonas (Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna, Itamarati, Jutaí, Lábrea, Pauini, São Paulo de Olivença, Tabatinga):
Abertura dos portões – às 10 horas
Fechamento dos portões – às 11 horas
Início das provas –  às 11h30
Término das provas – às 17h
Amazonas (com exceção dos 13 municípios descritos acima), Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul:
Abertura dos portões –  às 11h
Fechamento dos portões – às 12h
Início das provas – às 12h30
Término das provas –  àsb18h
Demais estados:
Abertura dos portões – às 12h
Fechamento dos portões – às13h
Início das provas – às 13h30
Término das provas –  às 19h

O horário de término das provas é válido para o primeiro domingo do exame. Em 3 de novembro, os estudantes terão cinco horas e meia para a realização da prova. Já no segundo domingo, 10 de novembro, serão cinco horas.

O acesso à sala de provas só será permitido com a apresentação de documento oficial de identificação com foto, conforme previsto em edital. O Inep recomenda que o participante leve o Cartão de Confirmação da Inscrição impresso, que já está disponível na Página do Participante e no aplicativo do Enem.


Fonte: correio Brasiliense

GO: alunos de escola militarizada são forçados a ficar nus durante revista




Após ser procurado por um grupo de pais, o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) instaurou procedimento para apurar uma revista íntima feita em cerca de 40 alunos e alunas de um colégio militarizado na cidade de Goiás, a 130km de Goiânia. Os estudantes que, segundo a denúncia, foram obrigados a ficar nus para que policiais militares os inspecionassem têm, em média, 14 anos. 
 O MPGO confirmou a denúncia ao Correio e informou que, agora, aguarda informações do Conselho Tutelar, também procurado pelos pais, para dar prosseguimento ao caso. Após a reação das famílias, a Polícia Militar de Goiás afastou o diretor e dois PMs. 
Os relatos são de que a revista ocorreu após a suspeita de que um aluno do colégio estaria envolvido com tráfico de drogas. Estudantes do 9° ano, então, foram levados um a um ao banheiro, onde, na frente de um policial, tiveram que de despir, tirando, inclusive, as peças íntimas. No caso das meninas, cuja revista foi conduzida por uma PM, elas ainda foram orientadas a se agachar cerca de cinco vezes. 
 "Não quero mais ir à escola"
Em depoimento à TV Anhanguera, algumas das alunas que passaram pela revista relataram o caso. "Foi muito constrangedor, um momento de muito desconforto. Ficar pelada na frente de um adulto, que você não conhece", lamentou uma. "Eu não quero ir para a escola mais, pela vergonha que passei", afirmou uma outra. 
 De acordo com a vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente e Juventude da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional DF (OAB/DF), Raquel Fuzaro, jamais os adolescentes devem ser expostos a situações constrangedoras. 
 "Nessas situações, a escola deve buscar auxílio das autoridades competentes. Se for caso de tráfico de drogas, encaminhar a denúncia para a delegacia competente. Se houver suspeita de que alunos estão envolvidos com drogas, comunicar à família e ao Conselho Tutelar, para que juntos possam buscar os serviços de atendimentos", explica. 




Após ser procurado por um grupo de pais, o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) instaurou procedimento para apurar uma revista íntima feita em cerca de 40 alunos e alunas de um colégio militarizado na cidade de Goiás, a 130km de Goiânia. Os estudantes que, segundo a denúncia, foram obrigados a ficar nus para que policiais militares os inspecionassem têm, em média, 14 anos. 
 O MPGO confirmou a denúncia ao Correio e informou que, agora, aguarda informações do Conselho Tutelar, também procurado pelos pais, para dar prosseguimento ao caso. Após a reação das famílias, a Polícia Militar de Goiás afastou o diretor e dois PMs. 
Os relatos são de que a revista ocorreu após a suspeita de que um aluno do colégio estaria envolvido com tráfico de drogas. Estudantes do 9° ano, então, foram levados um a um ao banheiro, onde, na frente de um policial, tiveram que de despir, tirando, inclusive, as peças íntimas. No caso das meninas, cuja revista foi conduzida por uma PM, elas ainda foram orientadas a se agachar cerca de cinco vezes. 
 "Não quero mais ir à escola"
Em depoimento à TV Anhanguera, algumas das alunas que passaram pela revista relataram o caso. "Foi muito constrangedor, um momento de muito desconforto. Ficar pelada na frente de um adulto, que você não conhece", lamentou uma. "Eu não quero ir para a escola mais, pela vergonha que passei", afirmou uma outra. 
 De acordo com a vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente e Juventude da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional DF (OAB/DF), Raquel Fuzaro, jamais os adolescentes devem ser expostos a situações constrangedoras. 
 "Nessas situações, a escola deve buscar auxílio das autoridades competentes. Se for caso de tráfico de drogas, encaminhar a denúncia para a delegacia competente. Se houver suspeita de que alunos estão envolvidos com drogas, comunicar à família e ao Conselho Tutelar, para que juntos possam buscar os serviços de atendimentos", explica. 


Fonte: Correio Brasiliense