11/25/2019

Governo reage e reforça a política de combate à pobreza




O presidente Jair Bolsonaro que vai lançar pacote social

Ueslei Marcelino/Reuters - 13.11.2019


Sob pressão, o presidente Jair Bolsonaro tenta reforçar a política de combate à pobreza e reduzir as críticas à área social, considerada um gargalo na gestão. Mesmo em um cenário de restrição fiscal, o Palácio do Planalto mobilizou a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, para ampliar benefícios às famílias de baixa renda. Na ofensiva em busca da conquista do eleitorado do Bolsa Família, o governo apelou ainda ao economista Ricardo Paes de Barros, um dos criadores do programa no mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A preocupação com a agenda social aumentou diante do temor do "efeito Chile", o primeiro de uma onda de protestos que se espalharam pela América Latina. O governo também busca um plano de ação após o lançamento da agenda de combate à pobreza do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a libertação de Lula.
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Entre as propostas em análise pelo governo está a concessão de um adicional de R$ 6,81 por mês para cada uma das 13,8 milhões de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família, principal programa de transferência de renda do governo - o benefício para uma família em extrema pobreza é de R$ 89 por mês. O aumento seria possível com uma folga no orçamento, que viria a partir do fim da desoneração de produtos da cesta básica.
O programa, que garantiu a força do lulismo, especialmente no Nordeste, tem impacto na renda de cerca de 43 milhões de pessoas nas estimativas oficiais. De olho em sua base de apoio, o ex-presidente deixou a prisão com um discurso focado nas contradições da agenda liberal de Guedes e no resgate da questão social. Integrantes do núcleo político avaliam, agora, que o governo perdeu tempo na "corrida" pelo "voto social".
Em reação à soltura do petista, a equipe econômica foi orientada a buscar espaço no orçamento para aumentar os recursos destinados aos programas sociais. O grupo de Guedes avalia ainda que Maia, ao lançar uma agenda social, avançou numa área do Executivo. Nas conversas sobre o Bolsa Família, integrantes da equipe de Bolsonaro chegaram a defender até a troca do nome do programa para Bolsa Brasil. Mas setores do governo resistem à mudança.
Além do reajuste do benefício, a população de baixa renda que está nos municípios com até 50 mil habitantes será o foco de um programa habitacional, a ser lançado no lugar do Minha Casa, Minha Vida. O modelo funcionará com um sistema de voucher (vale que assegura um crédito), em que as famílias receberão recursos para comprar, construir ou reformar a casa própria. O público potencial do programa são famílias com renda de até R$ 1.200 mensais em média, mas o valor exato será definido de acordo com a região.
Estudantes
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Entre as propostas avaliadas está ainda um novo incentivo patrocinado pelo BNDES, que poderá se chamar Bolsa Atleta Escolar. Cinco mil estudantes devem receber R$ 300 por mês para se dedicar à atividade desportiva e se preparar para os Jogos Escolares brasileiros. Com a proposta, serão gastos R$ 18 milhões por ano.
O pacote de medidas inclui também um reforço no Programa Criança Feliz, que tem como madrinha a primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Nesta semana, o governo recebeu o Prêmio Wise Awards pelo trabalho com os menores de até três anos. O programa atende 820 mil crianças e gestantes do Bolsa Família, que recebem visitas de 25 mil agentes semanalmente. A previsão é ultrapassar 1 milhão de atendimentos no ano que vem e, até 2022, atingir 3,2 milhões.
'Efeito Lula'
A agenda liberal de Guedes é o alvo principal dos ataques dos críticos - para quem o ajuste e as reformas propostas pela equipe econômica punem mais a população de baixa renda. O anúncio da taxação do benefício do seguro-desemprego para bancar a desoneração da folha de pagamento das empresas, no pacote de estímulo do emprego, alimentou essa percepção negativa. No embalo da libertação de Lula, no início deste mês, as críticas se intensificaram nas últimas semanas.
Em pleno feriado da Proclamação da República, no dia 15, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, convocou uma reunião com o ministro da Cidadania, Osmar Terra, para discutir um plano de ações com foco na primeira infância. Também participaram do encontro os ministros da Educação, Abraham Weintraub, e da pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. Na ocasião, o grupo fez uma primeira radiografia geral das políticas públicas já existentes. 
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Fonte: R7


Índices da construção comprovam tendência de crescimento, diz CNI


Inflação controlada e juros baixos explicam retomada

Willian Moreira/ Futura Press/ Estadão Conteúdo - 21.09.2019


Os índices de atividade e de emprego da indústria da construção apresentaram melhora significativa em outubro em relação ao mês anterior, consolidando a tendência de crescimento do setor. É o que mostra a mais recente Sondagem Indústria da Construção divulgada nesta segunda-feira (25), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador de atividade registrou 49,9 pontos, com acréscimo de 0,4 ponto ante setembro, e o indicador de número de empregados aumentou 1 ponto na comparação mensal, alcançando 48,5 pontos. Nos dois casos, é o maior nível dos últimos sete anos, segundo o estudo.
Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Dados abaixo dos 50 pontos mostram queda. No entanto, os dois índices estão muito próximos da linha divisória dos 50 pontos e superam os valores verificados no mesmo mês do ano passado.
Além disso, o nível de atividade é 2,2 pontos maior e o de emprego está 3,6 pontos acima do de outubro de 2018. "Os resultados consolidam a tendência de crescimento do setor", reforça a CNI.
A ociosidade no setor também tem sido decrescente, de acordo com o estudo. A Utilização da Capacidade Operacional em outubro ficou em 62%, três pontos porcentuais maior do que o registrado há um ano e igual à média histórica do setor. "A ociosidade na construção tem diminuído desde maio deste ano", afirma a pesquisa.
Além disso, o nível de atividade é 2,2 pontos maior e o de emprego está 3,6 pontos acima do de outubro de 2018. "Os resultados consolidam a tendência de crescimento do setor", reforça a CNI.
A ociosidade no setor também tem sido decrescente, de acordo com o estudo. A Utilização da Capacidade Operacional em outubro ficou em 62%, três pontos porcentuais maior do que o registrado há um ano e igual à média histórica do setor. "A ociosidade na construção tem diminuído desde maio deste ano", afirma a pesquisa.
Para a economista da CNI Dea Fioravante, "a previsibilidade do setor aumenta em um contexto de inflação controlada e juros baixos, contribuindo para que os empresários fiquem mais propensos a investir e assumir riscos".
O estudo da CNI ainda aponta que a confiança do empresariado da construção cresceu 3,2 pontos em relação à edição anterior, chegando a 62 pontos. Segundo a CNI, o indicador está 8,4 pontos acima da média histórica, que é de 53,6 pontos.
De acordo com a Sondagem, o aumento do otimismo se deve, sobretudo, à melhora da percepção dos empresários sobre as condições atuais da economia. Mas eles também estão otimistas para os próximos seis meses.
Todos os indicadores de expectativas ficaram acima da linha divisória dos 50 pontos, mostrando que os empresários esperam o crescimento da atividade, do emprego, da compra de matérias-primas e de novos empreendimento e serviços nos próximos seis meses.
Esta edição da Sondagem Indústria da Construção foi feita de 1º a 12 de novembro com 483 indústrias da construção. Dessas, 167 são pequenas, 208 são médias e 108 são de grande porte.


Fonte: R7


11/24/2019

Capitais puxam contratações com carteira assinada em 2019


Por Alexandre Garcia



São Paulo lidera a criação de vagas formais em 2019

Arquivo/Agência Brasil - 12.1.2004


Das 10 cidades que mais criaram vagas de trabalho com carteira assinada até outubro de 2019, sete são capitais que representam, juntas, 21,5% das 841.589 contratações realizadas no período.
A cidade de São Paulo (SP) encabeça a lista de contratações formais entre janeiro e outubro. De acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o saldo de empregos com carteira assinada na capital paulista é de 88.440 no período. Na sequência, aparecem as capitais Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Brasília (DF) e Manaus (AM), que geraram, respectivamente, 26.152, 22.256, 18.149 e 12.034 novos postos de trabalho nos primeiros dez meses do ano.
Joinville (SC), com 8.123 novas vagas, Barueri (SP), com 6.765, e Dourados (MS), com 6.577, figuram como as únicas cidades que não são capitais entre as 10 que mais contrataram em 2019. Completam o topo do ranking as capitais São Luís (MA) e Goiânia (GO), cujos saldos de novas vagas com carteira assinada no ano são de, respectivamente, 7.491 e 7.031.
Na outra ponta do indicador do Ministério da Economia, o Rio de Janeiro amarga o corte d 8.457 postos de trabalho com carteira assinada entre janeiro e outubro. Também demitiram mais do que contrataram as capitais João Pessoa (PB), Fortaleza (CE), Natal (RN), Belém (PA), Maceió (AL), Porto Alegre (RS) e Teresina (PI).



11/21/2019

Bolsonaro: ''Quem estiver portando arma de forma ostensiva vai levar tiro''


(foto: Facebook/ reprodução )
O presidente Jair Bolsonaro defendeu, em live no Facebook, na noite desta quinta-feira (21/11), a aprovação do projeto de lei que muda o conceito de excludente de ilicitude, previsto no Código Penal, para agentes de segurança em operações. O projeto foi encaminhado nesta quinta-feira (21/11) ao Congresso. 
 De acordo com o presidente, esta era uma promessa de campanha e uma antiga demanda dos agentes de segurança. "É uma maneira de prestigiar os integrantes das Forças Armadas", afirmou. 
 O presidente defendeu que, com a aprovação do projeto, será possível uma redução da criminalidade. "Quem estiver portando uma arma de forma ostensiva vai levar tiro", enfatizou. "Essa bandidagem só entende uma linguagem: uma resposta mais forte", completou. 
Em seguida, Bolsonaro pediu que as pessoas pressionem o Congresso para a aprovação da lei, porque "está na cara que o pessoal que não gosta muito das Forças Armadas, uma parte grande da esquerda, vai fazer um trabalho grande contra esse projeto." 
O projeto 
Da forma como está previsto, o projeto abrange todas as áreas de segurança: Forças Armadas e polícias Federal, Rodoviária Federal (PRF), civis e militares. 
Hoje, o Código Penal estabelece a exclusão de ilicitude em três casos. Ou seja, não são considerados crimes praticados por agentes de segurança, quando ocorre no estrito cumprimento de dever legal, em legítima defesa e em estado de necessidade. A lei atual também prevê que quem pratica esses atos pode ser punido se cometer excessos. 
De acordo com a explicação de Bolsonaro, com a aprovação do projeto, os agentes de segurança poderiam atirar para matar quando as vítimas estivessem privadas de liberdade e quando alguém estivesse portando uma arma de forma ostensiva, por exemplo. 
A proposta da excludente de ilicitude estava prevista no pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro, mas foi retirado do projeto pelo Congresso, em setembro, depois da aprovação de um substitutivo apresentado pelo deputado federal Marcelo Freixo (PSol-RJ). 


Fonte :Correio Brasiliense

Assessoria de Gugu Liberato nega morte de apresentador


Familiares de Gugu já estão em Orlando, nos EUA

Antonio Chahestian/Record TV


A assessoria de imprensa de Gugu Liberato enviou um comunicado na noite desta quinta-feira (21) para esclarecer as informações que circulam a respeito do estado de saúde do apresentador, que sofreu um acidente em casa. 
"Gugu está na Unidade de Terapia Intensiva e vivo, sendo acompanhado pela equipe médica local. As informações que circulam sobre uma suposta morte do apresentador são inverídicas", diz parte da nota oficial.
Ainda segundo a porta-voz de Gugu, os familiares do artista chegaram em Orlando, nos Estados Unidos, às 19h30 desta quinta e vão conversar com a equipe médica responsável. Nesta sexta-feira (22), um novo boletim sobre o estado de saúde de Gugu será divulgado "primeiramente à família".
Leia o comunicado na íntegra
Nesta quinta-feira, 20, o apresentador Gugu Liberato sofreu um acidente (uma queda) em sua casa em Orlando e encontra-se internado em observação.
Gugu está na Unidade de Terapia Intensiva e vivo, sendo acompanhado pela equipe médica local. As informações que circulam sobre uma suposta morte do apresentador são inverídicas.
Os familiares de Gugu chegaram a Orlando por volta das 19h30  desta quinta-feira e irão conversar pessoalmente com a equipe médica.
De acordo com os procedimentos do hospital, somente amanhã, sexta-feira, um boletim médico será divulgado primeiramente à família.
Assim como todos os familiares, amigos, fãs e profissionais de imprensa, estamos confiantes em sua recuperação e agradecemos as manifestação de apoio.
Voltaremos a informa-los. Contamos com a compreensão de todos.



Fonte R7

'É um inferno', diz Bolsonaro sobre investigação do filho no caso Marielle



Segundo testemunha, acusado de matar a vereadora teria se reunido com outro suspeito no condomínio onde morava presidente dizendo, na portaria, que iria até a casa de Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro comentou, nesta quinta-feira (21/11), a revelação de que a polícia trabalha com a hipótese de participação do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) no assassinato da vereadora Marielle Franco. A afirmação é do jornalista Kennedy Alencar. 
 Durante live, transmitida no Facebook, o presidente disse que "é um inferno estar vivendo uma situação como essa". Bolsonaro lembrou que a primeira suspeita era de que ele próprio estaria envolvido no crime. "A polícia do Rio de Janeiro vem colhendo depoimentos, eu lamento, mas, no mínimo, equivocadas. Obedecem ordens do governador. Resolveram mirar em mim como possível mandante do crime, mas foi comprovado que no dia do crime eu estava em Brasília", explicou. 
 Bolsonaro, então, classificou como desvio de atenção a investigação sobre o filho dele. "São pessoas inescrupulosas que tentam de qualquer maneira desviar a atenção de fatos mais graves e tentar colocar no meu calo essa questão da Marielle. Está de bom tamanho esse caso já", concluiu. 
 De  acordo com o jornalista, a hipótese de envolvimento de Carlos Bolsonaro é tratada com cautela. Mas a linha de investigação é de que o vereador teria uma relação próxima com Ronnie Lessa, apontado como a pessoa que disparou em Marielle. A polícia ainda teria resgatado uma discussão forte que os dois vereadores teriam tido na Câmara Municipal. 


Fonte: Correio Brasiliense

Gugu sofre acidente em casa e está internado nos Estados Unidos



Gugu Liberato está internado nos EUA


Antonio Chahestian/Record TV


O apresentador Gugu Liberato sofreu um acidente em casa, em Orlando, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (20). 
Por conta disso, a estrela do Canta Comigo, da Record TV, está internado e deve ficar em observação pelas próximas 48 horas


Equipe do Bairro Ulisses de Cocal trabalhando em prol da melhoria da Saúde.



Atividades de hoje, visita domiciliar aos acamados ( Foto Fabricio Noleto)

A Equipe da UBS Bairro dos Ulisses vem desempenhando um bom trabalho para a melhoria da Saúde daquela Área,fazendo atendimento tanto domiciliar como no posto, prestando os mais diversos atendimentos como;
 Temos atendimento com Psicólogas:
Vacinação:
Atendimento com nutricionistas;
Realização do Pré-natal;
Prevenção:
Doação a aqueles que estão com necessidades de cadeira de rodas, andadores, muletas entre outras;
Encaminhamento de Paciente para o multirão da catarata;
Encaminhamento de pacientes com necessidade de fazer laqueadura.
E uma Medica de plantão de 07h00minhs às 13h00minhs. Todos os dias, basta ir a UBS agendar sua consulta, onde se não resolvido o problema é encaminhado a um especialista da Área.
Tudo isso é um pouco que vem acontecendo na UBS do bairro dos Ulisses na cidade  de Cocal região Norte do Piauí

Foto do Grupo da UBS

Foto do grupo da UBS

Palestra na Escola Posidônio com o tema cuidados  Saúde pessoal na Família e na Escola.


Fonte Blog Estação Cocal


11/20/2019

Toffoli vota por restrições no compartilhamento de dados financeiros



(foto: AFP / Sergio LIMA)
Em um julgamento que durou mais de oito horas, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, votou pela restrição no compartilhamento de dados financeiros. Ele entendeu que órgãos de fiscalização, como a Unidade de Inteligência Financeira (UIF), antigo Coaf, e Receita Federal, podem enviar dados para entidades como o Ministério Público e a Polícia Federal.
 No entanto, o ministro entende que em relação a UIF, esses dados nunca podem ser repassados sobre requisição. Ou seja, o órgão investigador não pode solicitar a informação para um pessoa específica, mas apenas investigar quando recebe uma comunicação de movimentação suspeita. A visão do ministro sobre o caso deixou lacunas sobre como a decisão pode afetar a troca de informações entre os órgãos públicos.
Até mesmo colegas de plenário ficaram confusos. Nos bastidores, os demais ministros avaliam que até o final do julgamento, se o voto do ministro Toffoli prevalecer, diversos marcos devem ser criados para evitar confusão nas instâncias inferiores. O julgamento do assunto continua nesta quinta-feira (21). Ainda faltam os votos de dez ministros.  De acordo com informações obtidas pela reportagem,  Toffoli deve abrir a sessão explicando seu voto.
 De acordo com a manifestação do ministro, em plenário, a UIF pode repassar apenas dados globais, ou seja, de movimentações mensais, por exemplo, e não de transações detalhadas. Além disso, os dados podem embasar a abertura de investigações, mas não podem ser utilizados como prova em um processo. “O Coaf pode sim compartilhar informações. Mas ele é uma unidade de inteligência, o que ele compartilha não pode ser usado como prova. É um meio de obtenção de prova, assim como a colaboração premiada. A colaboração premiada por si só não prova nada", declarou.
Receita Federal
No caso da Receita Federal, o ministro entende que não se pode repassar documentos completos sem decisão judicial. Ficam vetados, por exemplo, o repasse da declaração do imposto de renda e extratos bancários. No entanto, dados cadastrais, como nome, CPF e renda podem ser compartilhados sem a necessidade de aval da Justiça.
 O entendimento dele vai em desacordo com a manifestação do Ministério Público. O procurador-geral da República, Augusto Aras, avalia que restrições no intercâmbio das informações pode gerar graves danos a investigação criminal pelo país. 



Fonte: Correio brasiliense

Porteiro que mencionou ''seu Jair'' dá nova versão à PF, segundo jornal

Entrada do condomínio onde Bolsonaro tem casa, na Barra da Tijuca(foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)


O porteiro do condomínio Vivendas da Barra, onde tem casa o presidente Jair Bolsonaro, recuou da versão dada em outubro passado, na qual ligava o nome do presidente Jair Bolsonaro ao assassinato da vereadora Marielle Franco. A informação é do colunista do jornal O Globo Lauro Jardim.
O porteiro foi ouvido novamente pela Polícia Federal nessa terça-feira (19/11), no inquérito aberto por ordem do ministro da Justiça, Sergio Moro, com o objetivo de apurar a "tentativa de envolvimento indevido" do nome de Bolsonaro nas investigações sobre o crime.
A investigação teve início após reportagem da TV Globo mostrar que um homem chamado Elcio (que seria Elcio Queiroz, um dos acusados pela execução de Marielle) deu entrada no condomínio Vivendas da Barra em 14 de março de 2018 (dia do crime) dirigindo um Renault Logan prata.
Segundo os documentos obtidos pela Rede Globo, o porteiro teria informado que Elcio pediu para ir à casa 58, de Bolsonaro. O porteiro afirmou, ainda, ter confirmado a entrada por interfone com o "seu Jair".
O novo depoimento do porteiro está sob sigilo e não foi comentado pela Polícia Federal. Segundo o jornal O Globo, no entanto, ele teria afirmado agora que anotou errado o número da casa à qual Elcio ia. Ele também não teria reafirmado que foi Bolsonaro quem deu a autorização para que o suspeito entrasse no condomínio.
Inquérito da PF
A repercussão do caso levou Moro a solicitar, via Procuradoria-Geral da República, a abertura de um inquérito na Polícia Federal para apurar o depoimento do porteiro.
Segundo o ministro, há "inconsistências" no depoimento do funcionário, o que poderia classificar o ato como "crimes de obstrução à Justiça, falso testemunho ou denunciação caluniosa".
                      
Aras aceitou o pedido de Moro e enviou o ofício ao Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, que solicitou a abertura das investigações no dia 06. No mesmo dia, a Polícia Federal abriu o inquérito.
Perícia questionada
No dia seguinte à citação do nome de Bolsonaro no caso, o Ministério Público do Rio de Janeiro solicitou perícia nos áudios, feita em menos de duas horas e meia.
Foi a partir desta análise que promotoras do caso sustentaram a tese de que o porteiro mentiu em depoimento, o que motivou a abertura do inquérito contra o funcionário do Vivendas.
O Ministério Público afirma que os áudios não foram editados, nem adulterados, mas perícia é questionada por especialistas. Segundo eles, não houve tempo suficiente para uma análise aprofundada das provas e ressaltam que, como os computadores do condomínio não foram avaliados, não é possível saber se algum áudio foi suprimido ou renomeado de forma a enganar os investigadores.
O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, exibiu nas redes sociais gravações alegadamente obtidas com o síndico do Vivendas da Barra. O próprio presidente chegou a declarar que havia pego os áudios antes que fossem "adulterados". A declaração provocou questionamentos sobre suposta obstrução de justiça.
Federalização
Em setembro, a então a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu que o caso fosse conduzido em âmbito federal, o que será analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) até o fim deste ano. Foi um dos últimos atos de Raquel no cargo.
A defesa de Lessa e Queiroz, inclusive, utilizam a manifestação de Raquel para pedir a suspensão do processo, alegando falhas na investigação e obstrução por parte da Polícia Civil.
A federalização do caso, no entanto, enfrenta resistências do Ministério Público do Rio, que comanda as investigações. Se aprovada, o caso deixará as mãos da promotoria estadual.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ex-ministro da Defesa e Segurança Pública na gestão Michel Temer, Raul Jungmann, classificou como "injustificável" a ação do Ministério Público do Rio em barrar a federalização.
O Ministério Público repudiou as declarações do ex-ministro e afirmou que o acionou formalmente para dar explicações à Justiça.

Com informações da Agência Estad
o


Filho de ex-presidente alemão é esfaqueado até a morte


Filho de ex-presidente alemão é esfaqueado em hospital

Reprodução/ Twitter @Berliner_Fw

O filho do ex-presidente da Alemanha Richard von Weizäcker foi esfaqueado até a morte depois de palestrar em um hospital de Berlim na terça-feira (19) à noite.
Fritz von Weizäcker era médico e tinha sido convidado para dar uma palestra no hospital de Scholosspark, em que trabalhava, para cerca de 20 pessoas. Por volta das 19h, em horário local, um homem se aproximou do médico e o esfaqueou.
Apesar dos esforços, von Weizäcker morreu no local.
O autor do crime, um homem de 57 anos, foi preso com ajuda dos outros presentes. Ele não tinha ficha criminal e nenhum motivo foi identificado até agora. O homem foi levado para a delegacia para prestar depoimentos.
Um policial que não estava trabalhando na hora ficou gravemente ferido depois de tentar afastar o assassino do médico. Ele foi levado para outro hospital para receber tratamento.
Fritz von Weizäcker era especialista em medicina interna e gastroenterologia. Ele trabalhou no Hospital Universitário de Harvard, nos Estados Unidos, e no Hospital Universitário de Zurique.
Desde 2005, ele era o chefe no departamento de medicina interna do Hospital de Schlosspark.
Fritz era um dos quatro filhos do ex-presidente Richard Von Weizsäcker, que governou a Alemanha de 1984 e 1990 e estava no posto durante a queda do muro de Berlim e a reunificação do país.
Von Weizsäcker é um dos presidents mais respeitados da história da Alemanha e seus discursos são estudados até hoje, inclusive o discurso contra sobre esquecer o passado da Alemanha no aniversário de 40 anos da Segunda Guerra Mundial.


Fonte: R7


11/17/2019

Wellington vai a Europa em busca de investimentos e Regina Sousa assume o Governo

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O governador Wellington Dias fez a transmissão do cargo de Chefe do Poder Executivo à vice Regina Sousa, no aeroporto de Teresina, no final da manhã deste sábado (16) e embarcou para Europa para cumprir agenda na França, Itália e Alemanha, junto com os nove governadores que fazem o Consórcio Nordeste.
Ao assumir o governo, Regina Sousa que vai aliar as duas agendas e disse que a pauta dos Direitos Humanos será destaque. “Temos a Semana de Ativismo das Mulheres, a Semana da Consciência Negra”, diz.
O governador Wellington Dias fez a transmissão do cargo de Chefe do Poder Executivo à vice Regina Sousa, no aeroporto de Teresina, no final da manhã deste sábado (16) e embarcou para Europa para cumprir agenda na França, Itália e Alemanha, junto com os nove governadores que fazem o Consórcio Nordeste.
Ao assumir o governo, Regina Sousa que vai aliar as duas agendas e disse que a pauta dos Direitos Humanos será destaque. “Temos a Semana de Ativismo das Mulheres, a Semana da Consciência Negra”, diz.
Antes do embarque, o governador disse estar otimista com a agenda na Europa. “Vamos apresentar as oportunidades de investimentos do Nordeste, que é pouco conhecido. No mundo, o Brasil é lembrado por São Paulo, Rio de Janeiro, então há necessidade de um conhecimento maior das outras regiões”, declara.
Na Europa, os governadores do Nordeste, com o apoio do Governo Federal, por meio do Itamaraty e as embaixadas, terão agenda com representantes oficiais de governos dos países agendados e também com setor empresarial.

Fonte: Fala Cidadao

11/14/2019

Após Previdência, parlamentares aguardam liberação de recursos de emendas



(foto: Vinicius Cardoso Vieira/Esp. CB/D.A Press)

O anúncio de que o governo vai descontingenciar R$ 14 bilhões do orçamento foi comemorado no Congresso. A medida do Ministério da Economia, que zera o bloqueio de verbas, vai permitir que o Palácio do Planalto honre uma série de compromissos, incluindo a liberação de recursos de emendas parlamentares em troca aprovação da reforma da Previdência. A demora no cumprimento da promessa causou mal estar entre muitos deputados e senadores que votaram pelas mudanças nas aposentadorias.    
Na Câmara, a expectativa é pela liberação dos R$ 3 bilhões prometidos pelo governo a um grupo de deputados ainda antes da votação da reforma em primeiro turno, concluída em julho. O Executivo chegou a enviar ao Congresso, em agosto, um projeto de crédito suplementar nesse valor, mas o desbloqueio só agora foi autorizado pela equipe econômica.
Com o Senado, o Planalto se comprometeu a liberar, em troca da aprovação da reforma, R$ 5 bilhões em emendas parlamentares. O senador Izalci Lucas, 1° vice-líder do PSDB no Senado e coordenador da bancada do DF no Congresso, disse, em entrevista ao Correio, ter recebido do Planalto a informação de que está pronto para ser enviado ao Legislativo um projeto de crédito suplementar para o pagamento das emendas.

"Existe um certo preconceito na sociedade, alimentado pela mídia, em relação à liberação de verbas para emendas parlamentares. Mas a verdade é que quem conhece as verdadeiras necessidades dos cidadãos é o senador, o deputado. É através das emendas que o parlamentar pode atender à população no que é importante", disse o senador, que tem, entre as emendas, uma de R$ 35 milhões, para obras e equipamentos em 200 escolas do DF.

O preconceito citado por Izalci se refere às críticas de muitos setores da sociedade à prática que ficou conhecida como "toma lá, dá cá", ou seja, uma troca de favores entre o governo e o Congresso. O presidente Jair Bolsonaro se elegeu prometendo aposentar a velha política, acabando, inclusive, com essa barganha com o Legislativo. No entanto, o que se viu foi um governo sem uma base de apoio que acabou recorrendo às práticas que condenava.

Segundo levantamento da ONG Contas Abertas, divulgado em julho, o Executivo empenhou, nos primeiros cinco dias daquele mês, às vésperas da votação da reforma da Previdência em primeiro turno na Câmara, R$ 2,55 bilhões em emendas a congressistas. O valor é superior ao observado no período de janeiro a junho de 2019 (R$ 1,77 bilhão). É também o mais alto empenhado para meses de julho pelo menos desde 2016,

A demora do governo em honrar os compromissos gerou um mal estar no Congresso, enquanto rumores davam conta de que algumas pautas-bomba - como são chamados os projetos que aumentam as despesas do Executivo - estavam sendo preparadas para serem detonadas a qualquer momento.

Um líder partidário que preferiu não se identificar disse ao Correio que os reflexos do não cumprimento de compromissos por parte do Executivo podem ir além das propostas de aumento de despesas. Ele afirmou que “esse é um dos motivos de a Comissão Mista Parlamentar de Inquérito das Fake News estar indo para frente”, referindo-se à decisão da comissão de convocar assessores do presidente Bolsonaro para prestarem esclarecimentos sobre o suposto uso da estrutura do Palácio do Planalto para a difusão de notícias falsas.

''Nunca teve ditadura no Brasil'', diz Bolsonaro sobre questões do Enem

(foto: Facebook/ reprodução )

Na noite desta quinta-feira (14/11), o presidente Jair Bolsonaro comentou a falta de questões sobre a ditadura militar no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019. De  acordo com ele, a prova abordou os conteúdos que os alunos precisam saber. "A mídia disse que não teve questão sobre a ditadura. Mas nunca teve ditatura no Brasil. Sem querer polemizar. Tinha direito de ir e vir, tinha liberdade de expressão, podia votar", afirmou, em live trasmitida pelo Facebook. "Não teve questão polêmica, como ano passado. Não vou falar aqui para não gerar polêmica", completou. 
 O presidente, provavelmente, se refere a uma questão, cobrada em 2018, que  pedia que o estudante definisse os requisitos para que uma linguagem fosse considerada dialeto. O exemplo era o Pajubá, linguagem popular entre a comunidade LGBT. Na época, a questão foi criticada pelo presidente. "Se Deus quiser, ano que vem será melhor. Vamos estudar o que interessa", projetou.

Medida provisória dos balancetes pode voltar

Bolsonaro aproveitou a oportunidade para lamentar que a comissão mista tenha derrubado a medida provisória que liberava as empresas da obrigação de publicar balancetes e editais em jornais de grande circulação. 
 Na época da edição da MP, o chefe do Executivo foi acusado de tentativa de censura da mídia. "Não foi retaliação da minha parte, nem nada. Certas profissões vão ficando para trás e certas práticas também. A intenção era para as empresas gastarem menos dinheiro", justificou. 
 Para Bolsonaro, os empresários deveriam ter pressionado os deputados para que a MP não fosse derrubada. "Na minha opinião, os empresários tinham que ter feito uma pressão. Quem sabe ano que vem a gente reedita essa MP", sinalizou. 
América Latina em pauta 
Na live, Bolsonaro ainda falou sobre a renúncia do presidente boliviano, Evo Morales. "Não vou entrar no mérito do trabalho dele. Teve um suspeita ou uma certeza de fraude nas eleições. Não podemos ter essas suspeitas de fraude”, disse. 
 E aproveitou para comparar a situação com o Brasil. De acordo com ele, se os resultados das eleições do ano passado tivessem sido diferentes, tudo indicaria uma fraude. "Muita gente achou que a diferença tinha que ser muito maior. Imagina se o outro lado ganha? Como íamos auditar isso?", questionou.  
 Bolsonaro comentou também a invasão da Embaixada da Venezuela, em Brasília, nesta quarta-feira (13/11), por apoiadores do autoproclamado presidente venezuelano, Juan Guaidó. "Tomamos a decisão que esse grupo se retirasse de lá, tudo resolvido", disse. 
Críticas ao PT e saída do PSL 
Bolsonaro não perdeu a oportunidade de alfinetar o PT. "Acho difícil alguém falar que quem estava governando antes de mim era mais democrático. Em algum momento, alguém ouviu eu falar de regulamentação da mídia? Em regular a internet?", questionou, referindo-se ao Marco Civil da Internet, aprovado pela ex-presidente Dilma Rousseff e o projeto de regulamentação da mídia, proposto pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 
 Para concluir, o presidente fez um breve comentário sobre a saída do PSL e a fundação do partido Aliança pelo Brasil. "Uma separação amigável. Já me separei uma vez, e cada um segue sua vida. Não interessa o motivo também e graças a Deus estou muito feliz", afirmou. 


Fonte: Correio Brasiliense




11/13/2019

Fachin mantém prisão de primeiro condenado na Lava Jato pelo STF


Ex-deputado também terá que devolver à Petrobras R$5 milhões após o fim de todos os recursos(foto: Viola Junior/Câmara dos Deputados)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin negou hoje (13) pedido para soltar o ex-deputado federal Nelson Meurer (PP-PR), condenado no ano passado pela Corte a 13 anos e 9 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Meurer é o primeiro condenado pelo STF na Operação Lava Jato que vai cumprir pena.
Na decisão, Fachin negou pedido feito pela defesa do ex-parlamentar para suspender a execução da condenação, que passou a ser cumprida na semana passada, por determinação do ministro. Meurer está preso em um presídio em Francisco Beltrão (PR). 

Em maio do ano passado, o ex-parlamentar foi condenado pela Segunda Turma do STF, acusado de receber R$ 4 milhões em vantagens indevidas oriundas da Petrobras. O filho do deputado, Nelson Meurer Júnior, também foi condenado, mas a uma pena menor, de 4 anos e 9 meses de prisão em regime aberto, e também está preso. 
Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que fez a acusação, o dinheiro teve origem em contratos da Petrobras e consistia em repasses por empresas fictícias operadas pelo doleiro Alberto Youssef e por intermédio do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, dois delatores do esquema de corrupção na Lava Jato.

O colegiado também decidiu que Meurer e o filho deverão ressarcir a Petrobras em R$ 5 milhões após o fim de todos os recursos.

No julgamento, a defesa afirmou que não há provas de que o deputado tenha dado sustentação política a Paulo Roberto Costa na Petrobras e que tenha participado dos desvios na estatal. Segundo o advogado, a denúncia foi baseada em presunções da acusação. Para a defesa, o deputado não pode ser acusado somente por ter sido líder do PP em 2011, por seis meses, e ter sido amigo do ex-deputado José Janene, morto em 2010, e acusado de participar da arrecadação de propina para o partido.




Fonte: Correio Brasiliense


Invasores deixam Embaixada da Venezuela depois de mais de 12 horas

(foto: Ana Rayssa/CB/D.A Press)

Mais de 12 horas após a invasão na Embaixada da Venezuela na 803 Sul e após um longo dia de negociações, o grupo de cerca de 15 pessoas (entre bolivianos, venezuelanos e brasileiros) deixou pacificamente o local pela porta dos fundos no final da tarde desta quarta-feira (13). A ação dos representantes do opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente da Venezuela pelo Brasil, tinha por objetivo que a equipe diplomática indicada por Guaidó para a representação no Brasil assumisse as funções na embaixada. Até mesmo um quadro com a foto dele foi levado para dentro do local para ser pendurada na parede. A administração da embaixada, no entanto, é feita por funcionários nomeados por Nicolás Maduro, que segue no poder.
Pela manhã, o movimento do lado de fora com apoiadores de Maduro somou-se a representantes de partidos como o PT e PSOL e contava com cerca de 250 manifestantes que pediam a saída dos invasores. Em alguns momentos, houve início de confusão, prontamente desfeita pela polícia com uso de gás de pimenta. Segundo contagem oficial da Polícia Militar, o número de integrantes chegou a 100 ao longo da tarde. Uma ambulância entrou no prédio para resgatar uma jovem de 25 anos que passou mal. Com a saída dos opositores, houve comemoração.
 Na tratativa com o encarregado de negócios do país no Brasil, Freddy Menegotti, ficou acertado que os opositores sairiam pelos fundos, escoltados pela Polícia Militar, em liberdade. Os policiais também retiraram, sob vaias, os carros dos apoiadores de Guaidó estacionados dentro da embaixada. 
 A intermediação da retomada do controle da embaixada contou com a ajuda de políticos e com o coordenador-geral de Privilégios e Imunidades do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Maurício Correia.
 Em vídeo, a embaixadora Maria Teresa Belandria Expósito afirmou que partiu dela as instruções de retirada do pessoal dentro da embaixada, pois não poderia garantir a segurança dos presentes. Expósito agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro pelo 'respaldo' e afirmou que iniciou junto à autoridade brasileira um processo de negociação para que, conforme os interesses do Brasil e os direitos legítimos venezuelanos possa retomar o mais cedo possível a sede diplomata'.
 Anteriormente, Expósito relatou que os funcionários da embaixada “começaram a abrir as portas e entregar voluntariamente a sede diplomática à representação legitimamente credenciada em Brasil".
 Com a saída dos invasores, o encarregado de negócios do país no Brasil, Freddy Menegotti, agradeceu o apoio aos presentes e caracterizou o ato como ‘inumano e terrorista’. “Revertemos os ataques de inimigos do processo bolivariano, da turma inimiga do nosso governo. Entraram arbitrariamente e violentaram o espaço venezuelano. Isso é muito grave. Buscaremos medidas jurídicas contra isso”, declarou.
 Questionado sobre a ação de Bolsonaro frente à invasão, Menegotti disse que o chefe do Executivo dificultou por ‘reconhecer um governo fictício e a presença de uma suposta embaixadora’. 
 A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), uma das parlamentares presentes, ressaltou que o governo demorou a se posicionar sobre a invasão. “Bolsonaro, depois de muitas horas, em função do Brics, se viu obrigado a dizer que não reconhecia a invasão. Mas não nos enganemos. O filho, Eduardo, foi um dos primeiros a apoiar a invasão golpista”, apontou.
 Ela ressaltou que é preciso estudar um tipo de punição aos invasores. “Tinha várias pessoas que não eram venezuelanas e que ocuparam o espaço sem autorização. Isso é crime. Também se seguiu um processo de permanência dentro da embaixada mesmo depois de Bolsonaro ter reconhecido como invasão. Cabe à gente ir ao parlamento e à Comissão de Relações Exteriores e garantir que haja algum encaminhamento. Buscar uma punição para os responsáveis”, destacou.
Desde 2016 a Venezuela não possui embaixador no Brasil, quando Nicolás Maduro chamou o representante de seu governo em Brasília de volta a Caracas em protesto contra o impeachment de Dilma Rousseff. Neste ano, o governo de Jair Bolsonaro reconheceu Guaidó como presidente da Venezuela. Ele então recebeu a carta credencial da advogada venezuelana María Teresa Belandria Expósito, nomeada representante da Venezuela no Brasil por Guaidó.
 No começo da tarde, a assessoria de Comunicação Social do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) divulgou uma nota sobre o assunto. “Como sempre, há indivíduos inescrupulosos e levianos que querem tirar proveito dos acontecimentos para gerar desordem e instabilidade. O Presidente da República jamais tomou conhecimento e, muito menos, incentivou a invasão da Embaixada da Venezuela, por partidários do Sr. Juan Guaidó”, dizia um trecho do documento.



Fonte: Correio Brasiliense