6/11/2018

FHC depõe como testemunha de defesa de Lula



FHC depõe como testemunha de defesa de Lula em processo que investiga sítio em Atibaia

Ex-presidente foi ouvido como testemunha de Lula, por vídeoconferência, no processo que investiga a propriedade do sítio de Atibaia, no interior de São Paulo.


Por G1SP e Globo news


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso depõe em fórum da Justiça Federal em São Paulo, como testemunha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo que investiga a propriedade do sítio de Atibaia. FHC foi ouvido por videoconferência pelo juiz Sérgio Moro (Foto: Henrique Barreto/Futura Press/Estadão Conteúdo)
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso depõe em fórum da Justiça Federal em São Paulo, como testemunha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo que investiga a propriedade do sítio de Atibaia. FHC foi ouvido por videoconferência pelo juiz Sérgio Moro (Foto: Henrique Barreto/Futura Press/Estadão Conteúdo)

ex-presidente Fernando Henrique Cardoso depôs nesta segunda-feira (11) em fórum da Justiça Federal em São Paulo como testemunha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo que investiga a propriedade do síto de Atibaia, no interior de São Paulo.
Fernando Henrique foi ouvido por vídeoconferência ao juiz Sérgio Moro no processo que corre no âmbito da Operação Lava Jato. A audiência estava marcada para ocorrer há duas semanas, mas foi adiada devido à greve dos caminhoneiros. O depoimento durou cerca de meia hora e na saída da sala de audiência, ele não deu detalhes do depoimento, mas afirmou que foi "prazeroso" e que sentiu confortável em responder às perguntas.
Ao citar a Casa Civil, ele afirmou que sempre considerou a necessidade de preservá-la. "A Casa Civil tem que ser pra alguém que seja capaz de levar adiante a administração porque o presidente não tem tempo suficiente para acompanhar o dia a dia dos ministérios. O chefe da Casa Civil é o chefe da administração em geral. Esse não é o título dele, mas, na prática, funciona assim", detalhou.
No depoimento, entre outras questões, o ex-presidente falou da escolha dos conselheiros e diretores da Petrobras à época. "Eu procurei trazer para o conselho da Petrobras, pessoas representativas do mundo civil. Pessoas que eram influentes", comentou. Sobre os nomes, ele afirmou que não se recorda completamente.
"Dos diretores da Petrobras, só houve uma exceção que não foi por indicação partidária, que eu me lembre", contou.
Após o fim do mandato, em 2003, FHC relatou que ele e sua equipe criaram um modelo de instituto e passou a realizar palestras. "Começou como instituto e hoje é uma fundação. É habitual que nos países mais desenvolvidos que os ex-presidentes tenham. Com a diferença de que aqui o apoio público não existe. Você tem que obter recursos para fazer a fundação funcionar", explicou.
Sobre as palestras, FHC disse que as palestras são de utilidade pessoal e profissional. Ele disse que algumas são de graça e que algumas ele cobra um certo valor. FHC argumentou que considera o fato de falar quatro línguas como uma das vantagens das palestras.
Por fim, Fernando Henrique disse que o dono do Grupo Odebrecht, Emílio Odebrecht, levava questões de cunho social a ele, mas que todas eram única e exclusivamente pensando no interesse público.
Além de FHC, foram ouvidos como testemunhas de Lula Celso de Faria e Luiz Dulci. Fernando de Morais também deve depor nesta segunda. Foram arrolados como testemunhas do empresário Fernando Bittar, sócio de filho do ex-presidente, Ricardo Azevedo, Lilian Bittar e Priscila Bittar.
O processo em questão investiga se Lula recebeu propina da Odebrecht em forma de reformas no Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, no interior de São Paulo, atribuído a ele. Conforme denúncia do Ministério Público Federal (MPF), as melhorias no imóvel totalizaram R$ 1,02 milhão
Na ação, o ex-presidente Lula foi denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em maio de 2017 e se tornou réu na ação em agosto.
Lula nega as acusações e diz não ser o dono do imóvel, que está no nome de sócios de um dos filhos do ex-presidente. O ex-presidente afirma que todos os bens que pertencem a ele estão declarados à Receita Federal.
Lula está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná, porque foi condenado em segunda instância em processo que envolve um triplex no Guarujá.
Lula conversa com FHC no Hospital Sírio-Libanês durante internação da ex-primeira-dama Marisa Letícia (Foto: Ricardo Stuckert/Reprodução)
Lula conversa com FHC no Hospital Sírio-Libanês durante internação da ex-primeira-dama Marisa Letícia (Foto: Ricardo Stuckert/Reprodução)

Servidores da Eletrobras e Chesf iniciam paralisação por 72 horas no Piauí

Servidores da Eletrobras e Chesf iniciam paralisação por 72 horas no Piauí

Paralisação ocorre nas sedes da Eletrobrás em Teresina, Parnaíba e Corrente, e em estações da Chesf em Teresina, São João do Piauí e Guadalupe.Segundo sindicato, 50% dos servidores continuam trabalhando.


Por Andrê Nascimento, G1 PI

Categoria se reuniu na sede da Eletrobrás em Teresina. (Foto: Divulgação/ Sindicato dos Urbanitários)
Categoria se reuniu na sede da Eletrobrás em Teresina. (Foto: Divulgação/ Sindicato dos Urbanitários)


Trabalhadores das empresas do setor energético do Piauí iniciaram uma paralisação programada para continuar pelas próximas 72h. Servidores da Chesf e Eletrobrás Piauí cruzaram os braços em protesto contra a possibilidade de privatização das empresas.
A paralisação no Piauí acontece alinhada ao movimento nacional dos servidores do setor energético. A Eletrobrás Distribuição Piauí disse por meio de sua assessoria que não irá se pronunciar.
No Piauí, a paralisação acontece nas sedes da Eletrobras em Teresina, Parnaíba e Corrente, e da Chesf em Teresina, São João do Piauí e Guadalupe. De acordo com Paulo Sampaio, presidente do Sindicato dos Urbanitários, os serviços essenciais das empresas serão mantidos e 50% dos funcionários estarão trabalhando.
De acordo com o Sindicato dos Urbanitários, o atendimento ao cliente, feito em postos de atendimento presencial, deve ficar mais lento por conta da paralisação. As equipes do serviço de manutenção da rede elétrica serão reduzidas em 50%. "Se houver necessidade de serem colocadas equipes extras, vamos negociar com a empresa para que a população não saia prejudicada", disse Paulo Sampaio.
“Esta é uma greve nacional de advertência. Nossas pautas são nacionais, contra a privatização do setor elétrico nacional e pedindo Fora Wilson Pinto, presidente da Eletrobras”, disse Paulo Sampaio. Os trabalhadores também reivindicam um aumento salarial maior do que o proposto pelo Governo Federal, que de acordo com o presidente do Sindicato dos Urbanitários, foi de 1,18%.
“Queremos a sociedade do nosso lado. Defendemos uma tarifa de energia elétrica justa, pois além de servidores somos consumidores. A energia é um bem público, é uma luta de toda a sociedade”, disse Paulo Sampaio.

Privatização suspensa

Uma decisão da Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro determinou a suspensão do processo de venda de cinco distribuidoras de energia elétrica da Eletrobras, entre elas da Companhia Energética do Piauí (Cepisa). A informação foi divulgada pela companhia na última terça-feira (5). Advocacia-Geral da União (AGU) e a estatal Eletrobras recorreram ao Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Regiãopara derrubar decisão.
As distribuidoras devem apresentar no prazo de 90 dias um estudo sobre os impactos da privatização nos contratos de trabalho. A decisão é da juíza Raquel de Oliveira Maciel. A decisão envolve a Amazonas Distribuidora de Energia S.A. (Amazonas Energia), as Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron), a Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), a Companhia Energética de Alagoas (Ceal) e a Companhia Energética do Piauí (Cepisa).

Esatação Cocal




            Eleição indefinida


Arimatéia Azevedo


Com Lula fora do páreo, mas com 30% das intenções de voto em sondagem estimulada, segundo o Instituto Datafolha, a eleição presidencial no Brasil segue indefinida, com um grande eleitor, o próprio ex-presidente. Um terço dos eleitores não tem definido um nome para presidente, mas com quase um quinto deles (19%) declarando voto em Jair Bolsonaro. Em pesquisa espontânea, o número de indecisos vai a 46%, o que indica que o cenário para outubro ainda está muito longe de ganhar contornos mais definidos sobre, por exemplo, quem são os candidatos com maiores chances de ir a um segundo turno, que numa eleição com tantos candidatos parece ser a única certeza possível até aqui. Com tudo isso, é conveniente lembrar que Bolsonaro não é um fenômeno para ser ignorado porque o candidato populista de direita representa não ele em si, mas um discurso, uma ideia de pelo menos 20% dos eleitores: o país precisa ser mais duro no combate à violência, menos tolerante com criminosos e até mesmo restringir direitos. Claramente esta é uma ideia carregada de defeitos e riscos antidemocráticos, mas é poderosa porque tem apoio de uma considerável parcela dos eleitores. Demover essas pessoas dessas convicções será uma tarefa tão dura quanto garantir no segundo turno dois candidatos menos extremistas.
 “Fica, Margarete”. Com esse apelo, Mais de 100 prefeitos almoçam hoje, em Teresina. No que vai dar? (Foto: Wilson Nanaia/ Portal AZ)
“Fica, Margarete”. Com esse apelo, Mais de 100 prefeitos almoçam hoje, em Teresina. No que vai dar? (Foto: Wilson Nanaia/ Portal AZ)


O almoço
Dois prefeitos petistas, Vilma Amorim, de Esperantina, e Gil Carlos, de São João do Piauí, estarão presentes hoje no almoço organizado por Dó Bacelar, de Porto, em torno da vice-governadora Margarete Coelho. O movimento promete ser bem barulhento.
Até ontem, 115 prefeitos tinham confirmado presença no evento.
O jantar 
Mas se depender do prefeito Aldemar de Cajazeiras, também poderia ter jantar em torno de Themistocles Filho, outro pretendente à vice. 
Ligaram para ele, para que tentasse evitar o almoço, o prefeito foi genial no 0800:
“A gente almoça com Margarete e janta com Themistocles”. 

Pressão 1
Um dos organizadores do almoço estima que possam estar presentes hoje no restaurante Casarão em torno de 150 prefeitos. 
Todos pressionando pela manutenção da vice-governadora na chapa de Wellington. 

Melhor não!
Os deputados estaduais têm ligado para os prefeitos e, sobretudo, parlamentares filiados ao MDB, têm-se esfalfado na missão. Mas parece que os prefeitos resolveram fazer ouvido de mercador e vão estar logo mais no almoço pelo “fica, Margarete!”

Pescoços
A importância que se está dando à formação da chapa proporcional com um amplo acordo que reúna todos os partidos da base governista vai terminar custando o pescoço de muita gente. O que tem de candidato a deputado que se ferrará com esse acordo não está escrito.

Olha o passado!
Recomenda-se a Wellington Dias que olhe para o passado em que o afã de deputados em salvar seus pescoços terminou custando o mais precioso dos pescoços postos na lâmina eleitoral. Deu-se em 2002, quando o atual governador comeu a boia de Hugo Napoleão, que tentava a reeleição.

Barro na parede
Há todo tipo de especulação sobre a formação da chapa governista. A de ontem dava conta de um acordo que envolve uma vaga no Tribunal de Contas para Regina Sousa, Themistocles Filho (MDB) disputando o Senado e Margarete Coelho permanecendo vice. 
Todos os envolvidos na história riem-se dela.

#Vamosjuntas
A deputada Iracema Portella, a delegada Anamelka Cadena, a defensora pública Alynne Patrício e as advogadas Sabrina Araújo e Ravenna Castro participam hoje de uma Roda de Conversa sobre violência contra a mulher, promovida pelo Núcleo de Apoio à Advocacia da OAB Piauí. 

Campanhas
Iracema vai falar sobre os seminários e campanhas realizados pelo movimento Mulheres Progressistas no Piauí e também sobre projetos de lei relacionados ao combate ao feminícidio e violência contra a mulher, atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados.

Medalha Maria da Penha
A deputada federal é autora de um Projeto de Resolução instituindo a Medalha Maria da Penha para pessoas ou instituições que atuem na defesa das mulheres. Ela também fez indicativo de projeto de lei ao Executivo Federal para a criação de um serviço nacional de atendimento especializado a mulheres vítimas de violência.

My Brother
Morreu ontem o cantor My Brother, carioca radicado há decadas em Teresina. O sambista e compositor sucumbiu a um câncer no fígado contra o qual lutava havia já alguns anos. 
Vai deixar saudades.