11/16/2018

Estação Cocal

Muitas cidades ficarão sem médico', diz Merlong sobre Mais Médicos

O assunto foi repercutido durante o quadro de hoje.

Jogo do Poder
Blogueiro

Na edição do quadro Jogo do Poder dessa sexta-feira (16/11), no programa Agora, composto pelos jornalistasArimatea Carvalho, Efrém Ribeiro, Ananias Ribeiro e João Carvalho os profissionais explanaram sobre os principais pontos dos bastidores da política.
De acordo com o jornalista Ananias Ribeiro, está existindo um duelo entre o deputado estadual reeleito Nerinho e o deputado federal Paes Landim, ambos do PTB, sendo que Landim é o presidente do partido.  
Ananias Ribeiro: “Depois que passa eleição chega o momento da crítica interna partidária, principalmente quando o desempenho não é o esperando e o PTB encolheu sua representação, o partido tinha um senador da república Elmano Férrer, eleito no último pleito que deixou a sigla, o partido tinha um deputado federal, o próprio Paes Landim que não conseguiu a reeleição, tinha cinco deputados estaduais, nessa eleição só conseguiu dois, portanto perdeu muito espaço, o próprio Nerinho durante a apuração do processo eleitoral teve momentos que esteve fora entre os eleitos na chapa governista, conseguiu reagir na etapa final da apuração e conseguiu se eleger junto com Janainna Marques, são os dois parlamentes do PTB no chapão do governo. Agora Nerinho acendeu um alerta dentro da sigla que é exatamente uma necessidade de reestruturação do PTB de uma participação efetiva do ex-senador João Vicente Claudino, Nerinho quer que ele entre para valer para reestruturar o PTB e culpa o baixo desempenho da sigla ao atual presidente Paes Landim, na visão de Nerinho se a sigla permanecer sob o comando de Paes Landim, se a sigla não for assumida pelo ex-senador João Vicente Claudino a sua permanência é insustentável no PTB”.
Arimatea Carvalho: “Inclusive a deputada Janainna Marques já cobrou uma presença do ex-senador João Vicente Claudino no comando da sigla”.
Efrem Ribeiro: “Eu acho que ele não vai retomar o comando do PTB porque ele tem interesse de ficar com Podemos”.
Ananias Ribeiro: “Há dois caminhos para o senador João Vicente, manter-se no PTB e agir para reestruturar esse partido ou ir para o Podemos em uma nova conjuntura, não só com senador Elmano Férrer mas também com o grupo de Evaldo Gomes, na verdade lá tem muito dono, mas estão se entendendo, há um trabalho para fortalecer”
João Carvalho: “O João Vicente depois que foi senador já mostrou que não tem outra pretensão que não seja o executivo estadual, a questão do Landim é muito simples, é respeitado nacionalmente, tem muita força no poder judiciário mas perdeu a eleição e quem perde tem que abrir espaço para quem ganhou, nenhum político vai ser comandado por um deputado sem mandato, não tem o que se discutir, o João Vicente também não tem mandato mas tem poderio político e econômico, ele ja foi senador da república”.
Saída dos médicos cubanos do programa Mais Médicos
Jornalista Efrém Ribeiro entrevistou o secretário de governo Merlong Solano que falou sobre o assunto e sobre seu nome como indicação para uma secretaria.
“A presença dos médicos cubanos ajudou a trazer uma maior preocupação com a humanização dos atendimentos, com esse programa cidades e áreas periféricas que não tinham acesso a um profissional de saúde para coordenar as ações passaram a ter, milhões de brasileiros tiveram acesso a esse serviço e agora de repente teve esse fim sem que o governo federal aponte qual a solução. No Piauí de 314 médicos, 203 são cubanos , eles irão embora no final do ano e até agora o governo federal não indicou qualquer solução para o problema, mais de 60% do atendimento do Mais Médicos no Piauí é feito por médicos cubanos, muitas cidades ficarão sem nenhum médico, a tendência é ter uma super lotação dos hospitais regionais e uma maior procura por Teresina”.
Ao ser questionado sobre querer ficar em Teresina ou em Brasília, Merlong falou: “Eu quero ir para Brasília, acredito que meu nome não seja indicado para a Secretaria de Educação, tem um trabalho que está em andamento penso que esse trabalho deverá continuar, o governador nas conversas não abre o jogo, não diz onde ele está pensando em enquadrar seu candidato para o próximo governo”.
Arimatea Carvalho: “O governador está escondendo o jogo mesmo, quando ele reuniu cinco deputados estaduais do PT  e três federais junto com a Regina Sousa no sítio dele, ele ouviu todo mundo, disse o que queria na próxima gestão mas não deixou transparecer quem indicaria e pelo visto o Merlong quer ficar em Brasília”
Ananias Ribeiro: “Tem chance de ele ficar em Brasília, principalmente porque nessa eleição ele melhorou a posição entre os suplentes, é o primeiro suplente da coligação, então basta abrir uma vaga que seria a de Rejane Dias voltando para a educação e ele conseguiria ir para Brasília e nesse momento em um Congresso Nacional para um petista formado como Merlong Solano é um momento bom para o exercício do mandato parlamentar porque certamente os petistas terão fortes enfrentamentos com os líderes do governo Jair Bolsonaro”.


Estação Cocal

Ônibus da banda Edson Lima se envolve em acidente no Piauí

As primeiras informações dão conta que por volta das 17h

Karol Gomes












O ônibus da banda de forró Edson Lima e Gatinha Manhosa se envolveu em um acidente na tarde desta sexta-feira, 16, no município de Simplício Mendes no estado do Piaui.
De acordo com informações, o acidente ocorreu por volta das 17h, o ônibus da banda tombou ao tentar desviar de um motociclista que trafegava na contramão.


Os integrantes da banda sofreram ferimentos leves e foram socorridos por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU e encaminhadas para hospitais da região.
O cantor Edson Lima divulgou um comunicado em seu instagram: "Aos familiares, amigos e fãns, venho por meio desta informar que acabamos de sofrer um acidente com o ônibus da banda na estrada, mas graças a aDeus estamos todos bem. Breve darei mais informações."
Em seus storys o cantor agradeceu pelo livramento e tranquilizou os fãs e familiares:
“Tenho que agradecer a Deus por tudo que aconteceu, não lamentar por nada, porque estamos todos bem. Olha a situação que ficou o ônibus gente, estamos na estrada, estamos sujeito a tudo, fiquem tranquilos que o pior já passou, alguns arranhões com algumas pessoas da banda mas nada de tão grave que nos preocupe mais, desde já muito obrigada a todos que está dando apoio para gente aqui próximo a Simplício Mendes a 130 km de Picos no Piauí, está tudo bem, fiquem tranquilos.” desabafou o cantor.
Confira as fotos do acidente
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Por Meio Norte

Estação Cocal

Colégio da Polícia Militar abre 175 vagas para Ensino Médio

As inscrições para o teste seletivo começam dia 19 de novembro

Karol Gomes



O Colégio da Polícia Militar do Piauí divulgou edital que oferta 175 vagas para alunos do 1º ano do Ensino Médio em Tempo Integral para o ano letivo de 2019. Conforme o edital, as vagas serão preenchidas pelos candidatos classificados que obtiverem a maior pontuação no teste seletivo que está previsto para acontecer no dia 2 de dezembro deste ano.

O concurso terá quatro fases: 1ª Fase –Inscrição on-line 2ª Fase – Teste Classificatório 3ª Fase – Divulgação da Classificação dos Candidatos 4ª Fase – Matrícula.
As inscrições para participar do teste serão feitas no período de 19 a 23 de novembro no Centro Estadual de Tempo Integral Governador Mendes Arcoverde, mais conhecido como Colégio da Polícia Militar, que fica localizado na Rua Waldemar Martins; nº3360; Morada do Sol.
 (Crédito: Divulgação)
(Crédito: Divulgação)

O horário de atendimento é das 8h às 11h30 e das 13h30 às 16h. Vale ressaltar que a inscrição on-line não assegura a matrícula e é necessário a presença do pai ou responsável no ato da inscrição on-line presencial.
O local de prova do teste seletivo será divulgado no dia 28 de novembro a partir das 12:00h na própria Escola e nos sites: ( www.pm.pi.gov.br ) ( www.seduc.pi.gov.br) , onde os interessados deverão tomar conhecimento. A prova será composta por 10 questões de Matemática e 20 de Língua Portuguesa.

Meio Norte

Estação Cocal

STF manda União abrir acesso ao sistema do FPE e FPM

União se comprometeu perante Estados a fazer mudanças importante

André Moura


O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a União, no prazo de 15 dias, libere aos Estados o acesso aos seus sistemas informatizados que tratam do controle do Fundos de Participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM), “notadamente disponibilizando acesso amplo ao SIAFI”. A decisão atende a pedido formulado pelas Procuradorias Gerais dos Estados na Ação Cível Originária (ACO) 3.150, que denuncia a falta de transparência no processo de transferência de recursos para os entes federativos.

Em 27 de agosto, em audiência de conciliação realizada no STF por determinação de Lewandowski, que é o relator da ACO 3.150, a União se comprometeu perante os Estados a realizar mudanças importantes nos procedimentos de repasse de recursos federais de transferência obrigatória. Na audiência, foi ajustada a formação de um grupo de trabalho que teria dois meses para esclarecer os questionamentos dos autores da ação, com a União se comprometendo a disponibilizar “acesso amplo” aos sistemas de registro da arrecadação federal, assegurando “todas as informações necessárias para sua compreensão e para apuração do valor das transferências obrigatórias dos últimos cinco anos”.
 (Crédito: Reprodução | Agência Brasil)
Ricardo Lewandowski deu prazo de 15 dias (Crédito: Reprodução | Agência Brasil)



Passados três meses sem que o grupo de trabalho tivesse cumprido seus objetivos de forma integral, os estados apresentaram pedido de liminar ao ministro relator, quando informaram que, além de não terem recebido os dados solicitados, os estados sofreram redução dos valores recebidos a título de FPE, o que seria inexplicável considerando o fato de a União haver noticiado aumento de suas receitas.
Lewandowski determinou que a União responda às indagações apresentadas pelos Estados dentro da ACO e solicitou a manifestação do Tribunal de Contas da União (TCU), a quem cabe efetuar o cálculo das quotas referentes aos fundos de participação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
A ACO 3.150 é articulada no âmbito do Colégio Nacional de Procuradores Gerais dos Estados e do Distrito Federal (Conpeg), na qual os Estados, com base em uma auditoria realizada pelo Estado de Minas Gerais, alegam que a União não compartilha informações suficientes para que os Estados acompanhem e controlem a regularidade dos repasses realizados. Na opinião do procurador-geral do Estado de Pernambuco, César Caúla, o simples fato de ser necessário procurar o STF para obter essas informações é indicativo de que o federalismo nacional efetivamente precisa de profundos aprimoramentos.
“A União recebe parte de alguns tributos em nome dos estados e dos municípios. Todo aquele que aufere valores em nome de outrem tem a obrigação elementar de prestar contas, apresentar explicações e viabilizar a aferição da regularidade das transferências. É no mínimo estranha a resistência do governo federal a cumprir esses deveres, sendo evidente que ele se beneficia da demora e da falta de clareza na realização dessas transferências, em prejuízo a estados e municípios. Espero que essa decisão propicie, com urgência, um diálogo interfederativo capaz de efetivamente corrigir essas distorções”.
Segundo o Advogado-Geral de MG, Onofre Batista Jr, “a suspeita é que, apenas no mês passado, cerca de 12 bilhões de reais deixaram de aportar ao FPE pelo fato da União aceitar a compensação de IR e IPI (tributos compartilhados) com contribuições (tributos não compartilhados), em flagrante ofensa à lei é à Constituição”. O Procurador-Geral do Piauí acredita que a decisão do STF " é fruto do trabalho conjunto de todos os Estados e o Distrito Federal, através do Colégio Nacional do Procuradores-Gerais, o Conpeg".
Para o governador Wellington Dias, a postura da União pode ter causado um desequilíbrio nas receitas. "A retenção de cerca de R$ 14 bilhões dos estados e dos municípios, desde 2016, causou desequilíbrio com queda artificial de receitas. Na verdade, as receitas com FPE subiram e, no repasse, a União ficou com R$ 14 bilhões pelas contas dos técnicos. A decisão do ministro Lewandowski na última quarta-feira abriu esperança que vamos ganhar esta ação, a exemplo da repatriação. O que também beneficia os municípios", conclui o chefe do executivo piauiense.

11/14/2018

Estação Cocal

Lula x Hardt: ex-presidente deixa a prisão pela primeira vez para depor sobre sítio de Atibaia

Juíza Gabriela Hardt, que substitui Sérgio Moro – futuro ministro de Bolsonaro -, interroga o petista em audiência em Curitiba

Ricardo Brandt, Julia Affonso e Fausto Macedo

Lula foi preso em abril, condenado a 12 anos e um mês de prisão. Foto: Alex Silva / Estadão
Luiz Inácio Lula da Silva deixou nesta quarta-feira, 14, a sede da Polícia Federal em Curitiba pela primeira vez desde que foi preso, no dia 7 de abril. O ex-presidente será ouvido como réu da ação penal do sítio de Atibaia (SP)Nessa ação penal, o petista é acusado de 10 atos de corrupção e 44 de lavagem de dinheiro, na Operação Lava Jato.
Os interrogatórios desta quarta começaram às 14h. O primeiro a ser interrogado foi o pecuarista José Carlos Bumlai, um dos réus do processo. O ex-presidente começou a ser ouvido por volta das 15h.
Esta é a terceira vez que Lula será ouvido como réu da Lava Jato, a primeira foi em 10 maio de 2017, a segunda vez, em 13 de setembro. Mas a primeira como preso e também sem o juiz federal Sérgio Moro, que se afastou dos processos para ser futuro ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro (PSL).
Lula sustenta que é inocente, que não existem provas contra ele e que é vítima de uma perseguição política nos processos da Lava Jato. Sua defesa acusa também Moro de ter perdido a imparcialidade nos processos e tenta, sem sucesso, anular os casos.
Condenado em segundo grau no caso do triplex do Guarujá (SP), a pena de 12 anos e um mês de prisão, o ex-presidente também é réu em outro processo em fase final, sobre propinas da Odebrecht na compra de um terreno de R$ 12 milhões para o Instituto Lula e de um apartamento em São Bernardo do Campo usado pela família do petista.
A juíza federal Gabriela Hardt, substituta de Moro, ouvirá o petista e o seu amigo pecuarista José Carlos Bumlai, também réu no processo. Os interrogatórios na sala de audiências da 13.ª Vara Federal, em Curitiba, marcam o final das oitivas dos réus no caso do sítio de Atibaia – um dos episódios mais emblemáticos do escândalo de corrupção, envolvendo Lula.
Na ação do sítio, Lula e outros 12 réus são acusados de ocultarem propinas de contratos da Petrobrás em reformas e compra de equipamentos para o imóvel. A Lava Jato entende que a propriedade é do ex-presidente, mas em nome de “laranjas”, mas o caso ainda está sob investigação e pode virar outra denúncia.
O ex-presidente,  segundo a força-tarefa da Lava Jato, teria sido contemplado com propina de R$ 1,02 milhão. O dinheiro seria de José Carlos Bumlai, relacionados a empréstimo fraudulento com o Grupo Schahin ao PT e negócios da empresa com a Petrobrás, e da Odebrecht e da OAS, também decorrentes de contratos com a estatal.
Nas duas audiências anteriores, Moro interrogou o petista no caso do triplex do Guarujá e no caso do terreno do Instituto Lula. Os depoimentos aconteceram sob forte esquema de segurança e mobilização por parte de petistas e apoiadores do petista.
Protestos. Desta vez, o PT mobiliza suas lideranças e movimentos sociais para o novo interrogatório. O ex-presidente nunca saiu do prédio da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde foi montada por ordem de Moro uma cela especial para cumprimento da pena do petista.
São 222 dias de prisão.
Lideranças do PT e movimentos sociais vão acompanhar o novo depoimento do ex-presidente. O partido que Lula fundou nos anos 1980 afirma que ele é um ‘preso político’, após ser condenado em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), por unanimidade.
O site do PT informou que o Comitê Nacional Lula Livre – formado também pelas frentes Brasil Popular, Povo sem Medo e outros movimentos – vai ‘acompanhar Lula em mais esse episódio de perseguição contra o ex-presidente e seu legado’.
Segundo o PT, a presidenta do partido, senadora Gleisi Hoffmann, o líder da bancada petista na Câmara, Paulo Pimenta, e lideranças de diversos grupos sociais ‘estarão em Curitiba para defender Lula e pedir um julgamento justo para o presidente’.
Segurança. A Polícia Militar do Paraná reforça o esquema de segurança nos acessos ao prédio da Justiça Federal, no bairro Ahú, em Curitiba. “Adotamos medidas preventivas para garantir que os procedimentos da Justiça e da Polícia Federal sejam cumpridos com segurança e tranquilidade. Atuaremos de maneira a não impactar a vida dos moradores e comerciantes locais, garantindo a mobilidade social, e o controle de trânsito apenas durante os procedimentos”, disse o Comandante do 1º Comando Regional da PM (1º CRPM), coronel Péricles de Matos.
Desde o início do mês, a Polícia Federal planeja a escolta do ex-presidente ao prédio da Justiça. O comboio contará com a ajuda de integrantes do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran). Haverá bloqueio na Avenida Anita Garibaldi, onde fica a Justiça, e na praça em frente ao prédio.
PM no primeiro depoimento de Lula. FOTO WERTHER SANTANA/ESTADÃO


A previsão é de manifestações pacíficas. Nos outros dois interrogatórios de Lula, cerca de 5 mil pessoas realizaram propostos na cidade, sem episódios de violência.
Os serviços na Justiça Federal ocorrerão normalmente durante o dia todo (com exceção do restaurante) e o cidadão terá seu acesso garantido com o acompanhamento de policiais militares até o local de atendimento. É necessário apresentar o documento de identidade aos policiais para a entrada ao perímetro que dará acesso ao prédio.

11/12/2018

Estação Cocal

Lula e outros 1,2 mil candidatos barrados podem ter de devolver até R$ 38,7 milhões

Dados foram organizados pela ONG Movimento 

Transparência Partidária, com base nas informações 

publicadas pelo TSE na internet





Tulio Kruse, O Estado de S.Paulo

Candidaturas impugnadas nas eleições 2018 receberam um total de R$ 38,7 milhões do fundo eleitoral e de doações oficiais. Os repasses são alvo de contestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que entende que todo o valor repassado pelo fundo a essas candidaturas deve ser devolvido. A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve sua candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi responsável por R$ 20 milhões do total.
Os valores foram arrecadados antes da confirmação de Fernando Haddad na cabeça da chapa presidencial. A campanha de Lula declarou ter gasto R$ 19,7 milhões dos valores recebidos.
Lula
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ex-presidente do Brasil Foto: André Dusek/Estadão
Outros 1,2 mil candidatos incorreram na mesma irregularidade. As prestações de conta entregues à Justiça mostram que as candidaturas impedidas gastaram R$ 36,3 milhões - ou seja, há ainda R$ 2,4 milhões que foram repassados, mas não gastos.
Os dados foram organizados pela ONG Movimento Transparência Partidária, com base nas informações publicadas pelo TSE na internet. O Ministério Público Eleitoral (MPE) estuda como reaver o valor total.
Representantes do MPE se reuniram na semana passada com a ONG para analisar o levantamento. Os procuradores ainda não haviam conseguido reunir todas as informações sobre o dinheiro usado por candidaturas indeferidas. Uma plataforma da Transparência Partidária, que reúne informações de todas as prestações de conta ao TSE neste ano, deve ficar à disposição das autoridades para ajudar na atuação do MPE. "Existe uma perspectiva de que haja uma atuação do Ministério Público para reaver esses recursos que foram indevidamente utilizados", diz o diretor da ONG, Marcelo Issa.
A maior parte dos gastos de candidaturas indeferidas foi para o pagamento de programas de TV, rádio e vídeos de internet. Um total de R$ 18,4 milhões, entre as campanhas que foram posteriormente recusadas, foi destinado a esse tipo de despesa.
Quando são consideradas todas as 29 mil candidaturas deste ano, o relatório da ONG mostra que o principal gasto de campanha nas eleições 2018 foi com impressão de material publicitário – R$ 572 milhões foram destinados a esse tipo de despesa. O segundo maior gasto foi com despesa de pessoal.
A Transparência Partidária também lançou nesta segunda-feira, 12, uma plataforma que agrega informações do TSE sobre as prestações de contas. É possível dividir os gastos por idade, sexo e cor dos candidatos, por exemplo. "Acredito que, hoje, a plataforma é capaz de responder a qualquer pergunta sobre os gastos de campanha", diz Issa.

Correção

Versão anterior deste texto informava que as regras eleitorais determinam a devolução dos valores repassados a candidaturas impugnadas, o que está incorreto. O entendimento sobre devolução é de uma instrução normativa da Procuradoria-Geral da República, mas o Tribubal Superior Eleitoral deve julgar a devolução caso a caso.