7/31/2015

Estação Cocal


Presidente de CPI nega ameaça a Catta Preta e diz que ela se vitimiza

Hugo Motta afirma que advogada terá que explicar para os deputados
os motivos da acusação e que a CPI quer saber quem a ameaçou.

A decisão da advogada Beatriz Catta Preta de deixar os clientes da Operação Lava Jato teve grande repercussão no mundo político. Em entrevista exclusiva ao Jornal Nacional, ela disse que se sente ameaçada por integrantes da CPI da Petrobras.
Em plena sexta de recesso parlamentar, o presidente da CPI da Petrobras chamou os jornalistas. O deputado Hugo Motta, do PMDB, disse que a CPI não está ameaçando Beatriz Catta Preta, e que agora a advogada terá que explicar para os deputados os motivos da acusação.

“A CPI agora quer saber quem ameaçou a doutora Catta Preta. A CPI não ameaça ninguém, a CPI investiga. Então essa vitimização, ela não vai intimidar a CPI, essa vitimização não vai fazer com que nós recuemos do nosso trabalho”, afirma Hugo Motta.

Em entrevista exclusiva ao Jornal Nacional, a criminalista revelou ser alvo de ameaças veladas por parte de integrantes da CPI

“Vem dos integrantes da CPI, daqueles que votaram a favor da minha convocação”, disse Beatriz Catta Preta.

A convocação dela foi aprovada por unanimidade na CPI, por parlamentares de partidos governistas e de oposição. O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) diz que não estava presente no dia da aprovação e questionou a pressa da CPI para aprovar a convocação da advogada.

“Nós tivemos um prazo enorme para poder aprovar, por exemplo, um requerimento de autoria de vários deputados da convocação do Júlio Camargo, que demorou mais de quatro meses para ser votado no plenário. Enquanto alguns requerimentos foram colocados naquele dia, no dia 9 de julho, em votação e aprovados no mesmo dia. Demonstra, claramente, que nós entramos num período de risco, de viabilização ou de invalidação dos trabalhos da CPI”, afirma o deputado Júlio Delgado.

O autor do pedido é o deputado Celso Pansera, do PMDB, aliado do presidente da Câmara. Ele mais uma vez defendeu a ida de Catta Preta à CPI e negou tentativa de intimidá-la.

“Não tem sentido o que ela falou. Não consigo ver sentido nisso. E nunca ouvi nenhum deputado falar qualquer coisa de intimidar, de pressionar a doutora Catta Preta através da CPI”, diz Pansera.

Segundo Catta Preta, a convocação foi decisiva para que ela deixasse a advocacia. Tudo começou com a mudança no depoimento à Procuradoria Geral da República do ex-consultor Júlio Camargo, que era cliente dela. Camargo disse que pagou US$ 5 milhões em propina para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB. A convocação foi depois disso.

“Vamos dizer que, aumentou essa pressão, aumentou essa tentativa de intimidação a mim e à minha família”, disse Beatriz Catta Preta.
Questionada se estava sendo perseguida por Eduardo Cunha, ela respondeu: “Não posso afirmar, eu não vi nenhum depoimento dele a respeito desse assunto.”

O deputado Jarbas Vasconcelos, do PMDB, mesmo partido do presidente da CPI e do presidente da Câmara, levantou suspeitas sobre a conduta da comissão.

“O objetivo da convocação dela é um objetivo de chantagem, ela foi usada para ir à CPI para fazer chantagem, intimidá-la. Primeiro intimidá-la. Fiquei mais estarrecido ainda com o depoimento da criminalista. Fiquei horrorizado", afirma Jarbas Vasconcelos.

A defesa do presidente da Câmara nega ligação entre a convocação e as supostas pressões. Eduardo Cunha não quis gravar entrevista. Por telefone, o advogado dele disse que Catta Preta levantou suspeitas sem apresentar provas.

“As afirmações veiculadas na entrevista são manifestamente inverídicas e inconsistentes. A convocação se deu muito antes de se divulgar qualquer mudança de depoimento do Júlio Camargo”, diz o advogado.

O ministro da Justiça considerou as acusações graves.

“É uma denúncia grave que evidentemente caberá ao Ministério Público Federal, que conduz a questão das delações premiadas, determinar as medidas que sejam cabíveis para apuração da situação”, defende José Eduardo Cardozo.

A Ordem dos Advogados do Brasil lamentou que Catta Preta tenha que deixar a profissão por causa de ameaças. E cobrou punições.

“Em sendo comprovada a ameaça e em se verificando quem são os causadores deste tipo de situação, sem dúvida alguma é necessário a devida responsabilização”, diz Marcus Vinicius Furtado Coêlho, presidente nacional da OAB.

O Supremo Tribunal Federal dispensou a advogada de falar de honorários, mas não de ir à CPI. A convocação dela está mantida. Na semana que vem, na volta das férias, os integrantes da comissão devem discutir a data do depoimento.

“Eu quero dizer que as prerrogativas dos advogados, os predicamentos da magistratura e as imunidades paralamentares não são privilégios dessas categorias, mas são, sim, garantias da própria cidadania”, diz o presidente do STF, Ricardo Lewandowski.

Estação Cocal

Aneel diz que bandeira vermelha vai continuar na conta de luz em agosto

De janeiro a julho, a conta de luz já ficou quase 45% mais cara. Bandeira vermelha significa um acréscimo no valor da energia

G1
Neste sábado (1) começa outro mês: agosto. E o que não vai mudar é a conta de luz. A Agência Nacional de Energia Elétrica anunciou que a bandeira vermelha, que significa um acréscimo no valor da energia, vai continuar. 
Sinal vermelho normalmente é um alerta, não indica uma situação muito boa não. E no setor elétrico não é diferente. Bandeira vermelha quer dizer que a sua conta de luz está mais cara.
A maior parte da energia no Brasil vem das hidrelétricas, que produzem uma eletricidade mais barata. Mas como anda faltando água por todo o país, o governo teve que ligar as termoelétricas para compensar. E com termoelétricas é mais caro produzir eletricidade. A  diferença no preço você já sabe: a gente paga.
O sistema de bandeiras funciona assim: se forem poucas termoelétricas ligadas a bandeira pode ser a amarela. Ela aumenta a sua conta em R$ 2,50 para cada 100 quilowatt-hora. Mas com todas as termoelétricas ligadas, como agora, a bandeira é a vermelha que aumenta a sua conta em R$ 5,50 para cada 100.
Como a média de consumo das famílias brasileiras é de 150 quilowatt-hora, em geral os brasileiros estão pagando R$ 8,25 a mais, todo mês, na conta de luz.
Para que a nossa conta de luz saia do vermelho, é preciso chover bastante. No último mês, no Sudeste, até choveu bem e os níveis dos reservatórios das hidroelétricas subiram um pouco, mas ainda não foi o suficiente. Uma outra coisa que pode ajudar a sair da bandeira vermelha é um consumo menor de energia e isso também aconteceu. No primeiro semestre, o Brasil consumiu cerca de 1% a menos de energia. Como a gente está falando de geração de energia elétrica, essa notícia pode a princípio até parecer boa, mas não é.
“Um consumo menor de energia é um sinal negativo sob todos os aspectos. Porque significa menos bem-estar para a sociedade, menos atividade na indústria, menos crescimento econômico. Agora ele tem sim uma consequência do outro lado, que ele alivia um pouco a demanda ou a necessidade de acionamento das usinas termoelétricas de maior custo”, afirma Claudio Salles, presidente do Instituto Acende Brasil.
De janeiro a julho, a conta de luz já ficou quase 45% mais cara. As bandeiras tarifárias não valem para o Amapá e para Roraima, porque estes estados ainda não estão interligados com o Sistema Nacional de Energia Elétrica.

Estação Ccoal

Comissão aprova obrigar SUS a fornecer sangue e remédios a pacientes

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara aprovou, no último dia 15, o Projeto de Lei6718/09, do Senado, que garante a todos os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) a disponibilização de sangue, componentes, hemoderivados, medicamentos e demais recursos necessários ao diagnóstico, à prevenção e ao tratamento de suas doenças.
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Marcus Pestana
Marcus Pestana, relator na Comissão de Seguridade Social, defendeu a aprovação do projeto
A proposta altera a Lei 10.205/01, que regulamenta a coleta, o processamento e a distribuição do sangue, seus componentes e derivados. O trecho da lei que recebe nova redação diz que a Política Nacional de Sangue rege-se pelos princípios de universalização do atendimento à população.
Relator na comissão, o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) defendeu a aprovação do projeto. “Para garantir aos pacientes do SUS o fornecimento de medicamentos hemoderivados ou produzidos por biotecnologia, esperando assegurar a necessária priorização de recursos, para viabilizar o direito dos pacientes à assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica”, afirmou.
A intenção original do autor, senador Marconi Perillo (PSDB-GO), era assegurar meios para o tratamento dos pacientes portadores de coagulopatias congênitas (hemofilias), mas a proposta foi alterada durante a tramitação no Senado e estendida para todos os pacientes do SUS.

Tramitação
O projeto, que tramita de forma conclusiva, segue agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania

Reportagem – Thyago Marcel
Edição – Daniella Cronemberger

Estação Cocal

Maioridade penal, reforma política e correção do FGTS são destaques do Plenário

Projetos do Executivo sobre combate ao terrorismo e seu financiamento também estão na agenda de votações dos deputados
Laycer Tomaz
Câmara - Plenário - sessão presidida por Eduardo Cunha ordem do dia
Sessões ordinárias têm a pauta trancada por dois projetos do Executivo com urgência constitucional

Na primeira semana de agosto, o segundo turno das propostas de emenda à Constituição (PEC) da maioridade penal e da reforma política são os destaques do Plenário da Câmara dos Deputados, cuja pauta também traz o projeto de lei de correção do FGTS pela poupança e quatro prestações de contas da Presidência da República. As sessões ordinárias têm a pauta trancadapor dois projetos do Executivo sobre combate ao terrorismo e seu financiamento.

Aprovada em primeiro turno no início de julho, com 323 votos favoráveis e 155 contrários, a PEC 171/93 reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos nos casos de crimes hediondos – como estupro e latrocínio – e também para homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte.
Esse texto é mais brando que o rejeitado um dia antes por não ter atingido número suficiente de votos. A matéria, uma emenda apresentada pelos deputados Rogério Rosso (PSD-DF) e Andre Moura (PSC-SE), excluiu da proposta inicialmente rejeitada os crimes de tráfico de drogas, tortura, terrorismo, lesão corporal grave e roubo qualificado.
Pela emenda aprovada, os jovens de 16 e 17 anos deverão cumprir a pena em estabelecimento separado dos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas e dos maiores de 18 anos.
A aprovação provocou polêmica em primeiro turno devido à votação de um texto que continha partes do anteriormente rejeitado.
Reforma política
A votação em segundo turno da PEC da reforma política (PEC 182/07) já começou em julho e o Plenário decidiu manter o mandato de quatro anos para presidente da República, governadores, prefeitos, vereadores e deputados, assim como o de oito anos para senadores.

Em primeiro turno tinha sido aprovado o mandato de cinco anos para todos os cargos com transições nos primeiros pleitos.
Também foi excluída do texto a mudança da data de posse de governadores e de presidente, que seria nos dias 4 e 5 de janeiro, respectivamente. A posse desses cargos continuará a ser em 1º de janeiro.
As votações de agosto devem começar com a polêmica regimental sobre a aceitação ou não de destaques do PT e do PPS que pretendem retirar a permissão para empresas doarem recursos a partidos.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, decidirá questão de ordem do líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ). Ele considera que a tentativa de mudar o texto no segundo turno não pode ser aceita porque, se aprovada, vai deixar a PEC com um texto rejeitado em primeiro turno – o financiamento eleitoral apenas por pessoas físicas.
A primeira versão desse tópico, rejeitada em Plenário, previa doações de empresas e de pessoas físicas tanto a partidos quanto a candidatos. A versão aprovada permite doações de pessoas físicas a candidatos e a partidos, e de empresas, somente a partidos.
Terrorismo
Embora as propostas de emenda à Constituição possam ser votadas em sessões extraordinárias, a pauta das sessões ordinárias está trancada por dois projetos de lei do Executivo com urgência constitucional.

Eles disciplinam o combate ao terrorismo. O Projeto de Lei 2016/15 tipifica o crime de terrorismo e prevê pena de 8 a 12 anos e multa em regime fechado, sem prejuízo das penas relativas a outras infrações decorrentes disso.
O projeto classifica como organizações terroristas aquelas movidas por razões de ideologia, política, xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou gênero e que tenham por finalidade provocar o terror, expondo a perigo a pessoa, o patrimônio, a incolumidade pública ou a paz pública, ou coagindo autoridades a fazer ou deixar de fazer algo.
Igual pena será aplicada a quem recrutar ou treinar e financiar essas organizações e seus atos.
Já o PL 2020/15 cria um tipo de ação, na Justiça brasileira, para bloqueio de bens, direitos e valores de pessoas ou empresas objeto de resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU). Esses bloqueios são normalmente utilizados para combater a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo.
Atualmente, as resoluções do conselho são cumpridas por meio de ação ordinária, que segue o rito estabelecido no Código de Processo Civil, sem nenhuma especificidade. O governo argumenta que esse sistema gera atrasos no cumprimento das resoluções internacionais, prejudicando as investigações de crimes graves e colocando o Brasil sob pressão internacional.
FGTS
Se a pauta for liberada com a votação dos projetos do Executivo, o Plenário poderá votar, entre outros, o projeto de lei que concede uma correção maior dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O projeto de Lei 1358/15, de autoria dos deputados Paulo Pereira da Silva (SD-SP), Leonardo Picciani (PMDB-RJ) e Mendonça Filho (DEM-PE), remunera o fundo, a partir de 1º de janeiro de 2016, com as mesmas taxas da caderneta de poupança.
A medida tramita apensada ao PL 4566/08, da Comissão de Legislação Participativa, que prevê a aplicação do IPCA para corrigir os depósitos do fundo, mais os 3% anuais já incidentes.
Além disso, esse projeto da comissão destina ao fundo um percentual fixo da rentabilidade média das aplicações com seus recursos, da ordem de 70%, assim como 50% das multas, da correção monetária e dos juros por atraso no pagamento. Uma parte desses recursos deverá ser creditada na conta vinculada do trabalhador.
Contas
Estão ainda em pauta quatro projetos de decreto legislativo (PDCs) referentes a contas de ex-presidentes da República. As quatro propostas são de autoria da Comissão Mista de Orçamento (CMO), a quem cabe analisar o relatório anual do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre os demonstrativos da execução orçamentária do governo federal.

Todos os projetos são pela aprovação das contas dos ex-presidentes Itamar Franco (1992), Fernando Henrique Cardoso (2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2006 e 2008).
Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Newton Araújo

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Estação Cocal

Investigada na Lava Jato, Camargo Corrêa fecha acordo de leniência

Acordo foi assinado com o Cade e o MPF nesta sexta-feira (31).
Objetivo é comprovar cartel na licitação para a construção de Angra 3.



Fernando Castro e Vladimir NettoDo G1 PR e da TV Globo em Brasília
A empreiteira Camargo Corrêa fechou nesta sexta-feira (31) um acordo de leniência comMinistério Público Federal (MPF) e a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A empresa é investigada pela Operação Lava Jato, que apura um esquema de corrupção na Petrobras e outras empresas públicas.
O acordo de leniência é semelhante à delação premiada, mas é firmado com pessoas jurídicas que desejam cooperar com a Justiça. Para que o acordo seja firmado, é preciso que a empresa colaboradora confesse a participação nos ilícitos, pague ressarcimento pelos prejuízos causados, e revele informações para as investigações.
O intuito deste acordo, conforme a Força-Tarefa que investiga a Lava Jato, é conseguir informações que comprovem a formação de cartel entre empresas que disputaram licitações da Eletronuclear para a construção da Usina Angra 3, entre 2013 e 2014.
O ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini, em delação premiada, afirmou que houve conluio entre empresas para a construção de Angra 3. Conforme o delator, o esquema de cartel de empreiteiras realizado na Petrobras se repetiu na licitação da Eletronuclear para a construção da usina com o pagamento de propina para agentes públicos.
A Eletronuclear tem economia mista, e o controle acionário é da União. A empresa foi criada em 1997 para operar e construir usinas termonucleares responde hoje pela geração de cerca de 3% da energia elétrica consumida no país, e foi o foco da 16ª etapa da Lava Jato. Nesta etapa, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e 23 mandados de busca e apreensão.
Em nota divulgada nesta sexta, a Construtora Camargo Corrêa diz que: "As informações e documentos apresentados à autoridade são fruto de investigações internas conduzidas pela companhia, com auxílio de especialistas externos e auditoria forense independente. A Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A reafirmou perante o Cade seu compromisso de colaborar com as investigações, bem como de manter os esforços de aprimoramento dos mecanismos internos de compliance".
Leniência
Conforme o MPF, o acordo de leniência se limita às infrações e crimes concorrenciais, incluindo fraude à licitação. Os procuradores não devem formular acusação criminal por conta destes crimes contra pessoas relacionadas à Camargo Corrêa, mas outros delitos que possam ter sido praticados por eles - como corrupção ativa -, seguem sob investigação. As demais empresas devem ser investigadas sem os benefícios do acordo.

Com base no acordo de leniência e em outros documentos, o Cade poderá abrir um processo contra todas as empresas e pessoas envolvidas no cartel. Se condenadas, as empresas podem ter de pagar multas que chegam a até 20% do faturamento na área investigada.
Esse é o segundo acordo de leniência firmado pelo Cade no âmbito das investigações da Lava Jato. O primeiro foi firmado em março, com a empresa Setal e a Sog Óleo e Gás, e trata de suspeitas de cartel em outras licitações da Petrobras. É a primeira vez que o Cade chega também ao setor elétrico.
Dalton Avancini fala à CPI da Petrobras (Foto: Reprodução)
Ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini
relatou esquema em delação (Foto: Reprodução)
Cartel
Dentre as provas colhidas  para confirmar a ação em cartel estão e-mails, agendas de reuniões, extratos de ligações e demonstrações de lances e preços, segundo o MPF. Houve dois consórcios da disputa: UNA 3 (formado por Andrade Gutierrez, Odebrecht, Camargo Corrêa e UTC) e Angra 3 (formado por Queiroz Galvão, EBE e Techint).

As reuniões definiram que o UNA 3 sairia vencedor de dois pacotes de licitação - um de obras no circuito primário do reator e outra no circuito secundário -, abdicando na sequência de um contrato para o outro consórcio. Isso permitiu que os lances das consorciadas chegassem próximos ao limite máximo admitido pela Eletronuclear, sem preocupação com concorrência.
Foi definido que o limite máximo para a proposta das empresas era 5% acima do preço de referência estabelecido pela Eletronuclear. O consórcio Angra 3 apresentou uma proposta 4,99% acima do preço de referência para os dois pacotes. Já o consórcio UNA 3 apresentou uma proposta 4,98% acima do preço de referência e ganhou a licitação para os dois pacotes.
Há indícios de que até depois da licitação, na fase em que a Eletronuclear poderia pedir um desconto às empresas vencedoras, os concorrentes também se articularam para evitar um desconto muito elevado.
O cartel para as obras de Angra 3 começou em 2011, segundo as investigações, ainda na fase de pré-qualificação das empresas para a concorrência. Funcionários disseram que acreditam que elas já conversavam entre si. O grupo se denominava "conselhão" ou "grupão".
O MPF sustenta ainda que as empresas que formaram o cartel continuaram praticando crimes mesmo depois do início da Operação Lava Jato. Conforme os procuradores, há provas de que dirigentes das empresas acertaram detalhes da fraude até setembro de 2014, quando foram assinados os contratos da Eletronuclear.

7/22/2015

Estação Cocal

Nova atualização do WhatsApp permite silenciar pessoas e marcar mensagens como não lidas

Com a nova atualização do WhatsApp, será possível silenciar conversas com outros usuários e marcar mensagens como "não lidas"; saiba como instalar e habilitar os novos recursos.


 O WhatsApp liberou nesta quarta-feira, 22, uma atualização do sistema para Android. Ainda disponível para download apenas no site do aplicativo, a versão 2.12.194 permite que o usuário silencie pessoas — e não mais apenas grupos. Além disso, passa a ser possível marcar mensagens como “não lidas”.



Silenciar pessoas é a principal novidade. Antes restrita apenas aos grupos, com a nova funcionalidade será possível deixar uma conversa com outros usuários sem notificações por oito horas, uma semana ou um ano.
Marcar mensagens como “não lidas” também é outra novidade da atualização. Apesar de não deixar de exibir os famosos dois riscos azuis na conversa depois de lida, a mensagem será exibida na página principal do app como sendo novidade. Assim, a pessoa não se esquecerá de ler depois o que foi dito. Não será nessa atualização, então, que o usuário irá fazer de conta que não leu alguma mensagem.
Imagem: ReproduçãoWhatsapp(Imagem:Reprodução)Whatsapp
Além disso, o app agora permite uma personalização de cada contato. Toques, vibração e notificações para cada usuário podem ser alteradas.



Sobre as ligações telefônicas via WhatsApp, o aplicativo agora permite que a pessoa diminua o gasto de dados de internet com as chamadas. Basta acessar as configurações de “conversas e chamadas” para, em seguida, selecionar a opção de baixo uso de dados.
 Como fazer
Para instalar a nova atualização, que ainda não está disponível na Google Play, entre no site do WhatsApp. Clique em “Download Now”. Enquanto isso, entre no menu do seu celular, vá em “configurar” e, em seguida, “segurança”. Marque a caixa “Fontes Desconhecidas”. Quando surgir uma aviso de que o celular pode estar em risco por instalar algo fora da loja de apps, aperte “ok”.
Ao terminar o download, clique no arquivo instalado na pasta de downloads de seu celular. Selecione “instalar”. Ao término do processo, o app já estará funcionando com a atualização.
Para silenciar


Agora, para silenciar pessoas ou marcar como “não lido” é muito simples. Após ter instalado a atualização, abra a conversa que você quer silenciar. Nos detalhes do contato, entre em “customizar notificações”. Ali, é possível alterar os popups (habilitando para quando o celular estiver desbloqueado, bloqueado, sempre e nunca), além de silenciar a conversa.


Não li



Para marcar como “não lida”, basta clicar e segurar qualquer conversa. Uma janela aparecerá. Nela, selecione “marcar como não lida” (Mark as unread). Em seguida, um círculo verde aparecerá na conversa para que as mensagens sejam lidas depois.


Fonte: Estadão

Estação Cocal

Polícia aborta tentativa de fuga na Penitenciária de Esperantina

A ação foi percebida quando o diretor do presídio ouviu ruídos suspeitos vindo da cela 1 do pavilhão B.

LUCAS BARBOSA E RENAYRA DE SÁ, DO GP1
Atualizada em 22/07/2015 - 19h44
Por volta das 23h da última terça-feira (21), policiais da Força Tática de Esperantina, no interior do Piauí, impediram uma tentativa de fuga de onze detentos na penitenciária da cidade. Eles foram flagrados cavando um buraco em uma das celas do local.
Imagem: DivulgaçãoUtensílios usados pelos presos para cavar o buraco(Imagem:Divulgação)Utensílios usados pelos presos para cavar o buraco
Em entrevista ao GP1, o vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), Kleiton Holanda, afirmou que o diretor do presídio ouviu ruídos suspeitos e decidiu acionar os agentes penitenciários e a polícia. “Quando a Polícia Militar e a Força Tática chegaram ao local, os presos estavam cavando um buraco e ele já possuía cerca de seis metros”, disse. 
Imagem: DivulgaçãoBuraco encontrado no presídio(Imagem:Divulgação)Buraco encontrado no presídio
Imagem: DivulgaçãoA polícia foi acionada e conseguiu abortar a tentativa de fuga(Imagem:Divulgação)A polícia foi acionada e conseguiu abortar a tentativa de fuga
Imagem: DivulgaçãoBuraco encontrado pelos policiais(Imagem:Divulgação)Buraco encontrado pelos policiais
A tentativa de fuga aconteceu na cela 1 do pavilhão B do presídio. Kleiton reiterou, ainda, que se a polícia tivesse levado mais tempo para chegar, os presos teriam conseguido fugir pelo buraco. 
Imagem: Letícia Gonzaga/GP1Kleiton Holanda(Imagem:Letícia Gonzaga/GP1)Kleiton Holanda

Fonte do GP1