7/07/2015

Estação Cocal

Renan lê em plenário nome de integrantes da CPI da CBF

Comissão investigará supostas irregularidades em contratos da entidade.
Após indicações pelos líderes partidários, CPI já pode ser instalada.

Lucas SalomãoDo G1, em Brasília

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), leu em plenário nesta terça-feira (7) o nome de nove senadores indicados pelos líderes partidários para compor a CPI da CBF. Ao todo, 11 parlamentares farão parte da comissão, mas o bloco de apoio ao governo ainda precisar indicar outros dois nomes.

A CPI foi criada em maio deste ano a fim de investigar supostas irregularidades em contratos assinados pela Confederação Brasileira de Futebol para a realização de partidas da Seleção Brasileira de futebol. O grupo também vai investigar contratos da CBF relacionados a campeonatos organizados pela entidade, à Copa das Confederações de 2013 e à Copa do Mundo de futebol de 2014. O prazo para a conclusão dos trabalhos é de 180 dias.

A comissão será composta pelos senadores Humberto Costa (PT-PE), Zezé Perrella (PDT-MG), Eunício Oliveira (PMDB-CE), Romero Jucá (PMDB-RR), Omar Aziz (PSD-AM), Álvaro Dias (PSDB-PR), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Romário (PSB-RJ) e Fernando Collor (PTB-AL).

Foram indicados como suplentes até a noite desta terça os senadores Ciro Nogueira (PP-PI), Lídice da Mata (PSB-BA) e Wellington Fagundes (PR-MT).

Embora o bloco de apoio ao governo, composto por PT, PDT e PP, ainda precise indicar dois senadores, a Secretaria-Geral da Mesa do Senado informou que a comissão já pode ser instalada.

Inicialmente, a CPI contaria com sete membros titulares e sete suplentes. As indicações para a composição da comissão, porém, passaram por negociações entre os partidos e as legendas decidiram que o grupo será composto por 11 parlamentares.

Em maio, o ex-presidente da CBF José Maria Marin e outros seis dirigentes da Fifa foram detidos pelo serviço de inteligência norte-americano (FBI) e pela polícia suíça em Zurique por suspeita de corrupção.

Segundo as investigações, Marin teria recebido R$ 19,6 milhões em propina em um esquema de corrupção envolvendo a organização da Copa América. O dirigente também é apontado como destinatário de propina decorrente de contrato de uma competição nacional.

Duas linhas de apuração da investigação do FBI dizem respeito diretamente ao Brasil: suspeita de superfaturamento em contrato da CBF com uma empresa de fornecimento de material esportivo e compra de direitos de transmissão por agências de marketing esportivo de Copa América Centenária, edições da Copa América, Libertadores da América e Copa do Brasil.

Além disso, o FBI investiga também suposto pagamento de propina dos organizadores das copas da Rússia, em 2018, e no Catar, em 2022, a dirigentes da Fifa, para garantir que os países fossem escolhidos como sedes
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