Renan lê em plenário nome de integrantes da CPI da CBF
Comissão investigará supostas irregularidades em contratos da entidade.
Após indicações pelos líderes partidários, CPI já pode ser instalada.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), leu em plenário nesta terça-feira (7) o nome de nove senadores indicados pelos líderes partidários para compor a CPI da CBF. Ao todo, 11 parlamentares farão parte da comissão, mas o bloco de apoio ao governo ainda precisar indicar outros dois nomes.
A CPI foi criada em maio deste ano a fim de investigar supostas irregularidades em contratos assinados pela Confederação Brasileira de Futebol para a realização de partidas da Seleção Brasileira de futebol. O grupo também vai investigar contratos da CBF relacionados a campeonatos organizados pela entidade, à Copa das Confederações de 2013 e à Copa do Mundo de futebol de 2014. O prazo para a conclusão dos trabalhos é de 180 dias.
A comissão será composta pelos senadores Humberto Costa (PT-PE), Zezé Perrella (PDT-MG), Eunício Oliveira (PMDB-CE), Romero Jucá (PMDB-RR), Omar Aziz (PSD-AM), Álvaro Dias (PSDB-PR), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Romário (PSB-RJ) e Fernando Collor (PTB-AL).
Foram indicados como suplentes até a noite desta terça os senadores Ciro Nogueira (PP-PI), Lídice da Mata (PSB-BA) e Wellington Fagundes (PR-MT).
Embora o bloco de apoio ao governo, composto por PT, PDT e PP, ainda precise indicar dois senadores, a Secretaria-Geral da Mesa do Senado informou que a comissão já pode ser instalada.
Inicialmente, a CPI contaria com sete membros titulares e sete suplentes. As indicações para a composição da comissão, porém, passaram por negociações entre os partidos e as legendas decidiram que o grupo será composto por 11 parlamentares.
Em maio, o ex-presidente da CBF José Maria Marin e outros seis dirigentes da Fifa foram detidos pelo serviço de inteligência norte-americano (FBI) e pela polícia suíça em Zurique por suspeita de corrupção.
Segundo as investigações, Marin teria recebido R$ 19,6 milhões em propina em um esquema de corrupção envolvendo a organização da Copa América. O dirigente também é apontado como destinatário de propina decorrente de contrato de uma competição nacional.
Duas linhas de apuração da investigação do FBI dizem respeito diretamente ao Brasil: suspeita de superfaturamento em contrato da CBF com uma empresa de fornecimento de material esportivo e compra de direitos de transmissão por agências de marketing esportivo de Copa América Centenária, edições da Copa América, Libertadores da América e Copa do Brasil.
Além disso, o FBI investiga também suposto pagamento de propina dos organizadores das copas da Rússia, em 2018, e no Catar, em 2022, a dirigentes da Fifa, para garantir que os países fossem escolhidos como sedes
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