5/23/2017

Estação Cocal

STF condena Paulo Maluf por lavagem de dinheiro e determina perda do mandato

Primeira Turma entendeu que ele tentou ocultar verba desviada de obras quando era prefeito de São Paulo. Além da pena, de mais de 7 anos, Maluf terá de pagar multa de R$ 1,3 milhão.

Maluf é condenado a mais de 7 anos de prisão por lavagem de dinheiro
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta terça-feira (23) o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) pelo crime de lavagem de dinheiro, além de determinar a perda do mandato do parlamentar e multa de mais de R$ 1,3 milhão. A pena foi fixada em 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em regime fechado.
Os cinco ministros (Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e Marco Aurélio Mello) votaram pela condenação do deputado. Edson Fachin pertence à Segunda Turma, mas participou do julgamento na Primeira Turma porque é o relator do caso.
(Atualização: ao ser publicada, esta reportagem informou que os votos no julgamento foram 4 pela condenação e 1 pela prescrição do crime. Após a sessão, o gabinete do ministro Marco Aurélio Mello informou que ele aderiu ao entendimento da maioria, e o placar ficou 5 a 0. O texto foi atualizado às 18h16.)
O tribunal não decidiu pela execução imediata da pena e, com isso, a defesa ainda poderá entrar com recursos no Supremo, chamados de embargos de declaração, para questionar a decisão.
Só depois de julgados os recursos, se mantida a decisão desta terça, é que o deputado poderá ser preso, e a Câmara terá de decretar a perda do mandato. Isso poderá durar, ao menos, dois meses (leia mais abaixo).
Após o julgamento, o advogado de Maluf, Antônio Carlos de Almeida Castro, afirmou que aguardará a publicação da decisão pelo STF para entrar com recurso. Segundo o advogado, até que a decisão seja publicada, Maluf continuará cumprindo normalmente o mandato como deputado.
"A defesa continua acreditando na teses que defendeu na Turma e as levará ao Pleno assim que for publicado o acórdão. O deputado segue confiando na Justiça e aguardando a decisão final do Plenário do Supremo", afirmou o advogado.
Nos recursos, entre outros pontos, a defesa pode argumentar que Maluf não pode ir para a cadeia por causa da idade avançada - ele tem 85 anos.
A lei prevê prisão domiciliar para maiores de 80 anos em caso de prisão preventiva. No caso do deputado, porém, ele pode ir para a cadeia por conta da condenação definitiva, já que não se trata de prisão preventiva. Mas a defesa pode pedir para ser aplicada a regra das prisões preventivas e, com isso, o Supremo vai decidir.

O caso

Maluf foi acusado pelo Ministério Público Federal de usar contas no exterior para lavar dinheiro desviado da Prefeitura de São Paulo quando foi prefeito da capital, entre 1993 e 1996.
De acordo com a denúncia, uma das fontes do dinheiro desviado ao exterior por Maluf seria da obra de construção da Avenida Água Espraiada, atual Avenida Jornalista Roberto Marinho.
O julgamento foi iniciado na Primeira Turma do STF em 9 de maio e interrompido após o voto do relator, ministro Luiz Edson Fachin, pela condenação.
Maluf foi acusado de usar contas bancárias em nome de empresas offshores (firmas usadas para investimentos no exterior) para enviar dinheiro desviado e reutilizar parte do dinheiro da compra de ações de empresas da família dele, a Eucatex. Segundo o MPF, mais de R$ 172 milhões foram aportados na empresa por meio desse esquema.
Ao votar em 9 de maio, o ministro Fachin informou que, das cinco acusações de lavagem de dinheiro, quatro prescreveram em razão do tempo decorrido das acusações e da idade do deputado - prazos de prescrição para pessoa acima de 70 anos caem pela metade. Maluf tem 85 anos.
Em relação a um dos crimes de lavagem, no valor de US$ 15 milhões, Fachin considerou que houve crime permanente, ou seja, que ele foi praticado continuamente entre os anos de 1998 a 2006.
Fachin afirmou que há provas da materialidade e autoria do crime permanente, que ocorreu durante todo o tempo em que o dinheiro estava sendo escondido no exterior.

Julgamento

""Enfrentar esse tipo de delinquência que foi beneficiada pelas décadas afora com uma certa aceitação leniente do inaceitável, eu acho que punir esse tipo de delinquência é um marco na refundação do país. Evidentemente, ninguém deve ser punido para ser exemplo para ninguém. As pessoas só devem ser punidas se efetivamente houver provas suficientes do cometimento de crimes. E nesse caso concreto me parece fora de dúvida que essa caracterização está feita", afirmou o ministro Luis Roberto Barroso no julgamento.
Durante o julgamento, os ministros decidiram que o regime fechado é incompatível com o exercício do mandato de deputado federal e, com isso, a Mesa da Câmara será notificada para que declare a perda da função.
A Câmara só será notificada da decisão após publicação no "Diário de Justiça Eletrônico". O prazo para publicação é de 60 dias. Depois de publicada a decisão, a defesa ainda poderá entrar com recursos no Supremo para questionar determinados pontos da decisão.
Além da pena, a Primeira Turma estipulou multa de 248 dias-multa, sendo cada dia-multa fixado em cinco salários mínimos vigentes à época dos fatos (2006), além de ter imposto uma punição de pagamento de três vezes o valor da multa.
Segundo o tribunal, o valor seria "ineficaz" diante do patrimônio de R$ 39 milhões que Maluf tem. Com isso, foi determinada multa de aproximadamente R$ 1,302 milhão em valores a serem atualizados.
A Primeira Turma também declarou a perda dos bens objeto de lavagem de dinheiro.

Outras ações

Além desse caso, Paulo Maluf responde a outras três ações penais no Supremo. Em uma delas, é acusado do crime de corrupção passiva por conta dos desvios da mesma obra pela qual foi condenado, e outra por crimes financeiros. Na terceira ação, Paulo Maluf é acusado de falsidade ideológica eleitoral.

5/10/2017

Estação Cocal

No Piauí, apenas 38,8% dos homens acima de 18 anos têm ensino fundamental completo

Relatório do Ipea, FJP e Pnud analisa a influência de etnia, gênero e situação de domicílio no IDHM do país. Estudo mostrou evolução no índice da popualção negra.

Segundo o documento “Desenvolvimento Humano para Além das Médias”, 36,8% dos homens do Piauí acima de 18 anos de idade tinham o ensino fundamental completo em 2010. A mesma pesquisa mostra que esse índice era um pouco melhor entre as mulheres, com 46,5%. Os dados foram tabulados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), órgão da ONU, em parceria com a Fundação João Pinheiro e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e foram divulgados nesta quarta-feira (10).
O estudo analisa o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e outros 170 dados socioeconômicos por cor, sexo e situação de domicílio dos anos censitários de 2000 e 2010 para mostrar como a vida dos brasileiros mudou ao longo da década.
Sobre o Piauí, a pesquisa mostrou que houve redução das desigualdades sociais relacionadas a etnia, gênero e situação de domicílio (urbano ou rural). A renda das mulheres piauienses é 9,4% menor do que a dos homens, apesar do IDHM do sexo feminino ser maior (0,662) do que o do sexo masculino (0,615).
Já o IDHM separado por cor no estado mostra que os negros tiveram uma maior qualidade de vida de 2000 para 2010. No início do século 21, o índice era 0,453 e 10 anos depois o número chegou 0,628. Apesar da expressiva melhora, ainda é menor do que os índices dos brancos, que ficou em 0,699 em 2010. O hiato de desenvolvimento humano de negros, ou seja, a distância entre o IDHM desta população do Piauí e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 68,01% entre 2000 e 2010.
O estudo mostrou ainda que a população rural e urbana no Piauí apresenta a uma enorme desigualdade no IDHM entre esses grupos. O índice de quem vive no meio rural é 0,525 e na zona urbana é 0,696. Dados referentes ao ano de 2010.

Estação Cocal

Juiz suspendeu Instituto Lula por iniciativa própria e não do MP, diz Justiça Federal

Decisão foi de iniciativa do juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília. Ele atendeu a pedido de diligências feito pelo MP e, por ato de ofício, decidiu suspender atividades do instituto


A Justiça Federal informou nesta quarta-feira (10) que a decisão de suspender as atividades do Instituto Lula foi tomada por iniciativa própria do juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal Criminal de Brasília e não a pedido do Ministério Público Federal. O MP pediu diligências no instituto, autorizadas pelo juiz nesta terça (9).
A informação de que havia um pedido do Ministério Público com a finalidade de suspender as atividades do instituto constava do despacho do juiz, divulgado nesta terça.
Ao justificar a decisão, Ricardo Leite afirmou que há indícios “veementes” de “delitos criminais” que podem ter sido iniciados ou instigados na sede do instituto, localizada em São Paulo.
“Como o próprio acusado [Lula] mencionou que no local [sede do Instituto Lula] se discutiam vários assuntos, e há vários depoimentos que imputam pelo menos a instigação de desvios de comportamentos que violam a lei penal, a prudência e a cautela recomendam a paralisação de suas atividades. Há indícios abundantes de que se tratava de local com grande influência no cenário político do país, e que possíveis tratativas ali entabuladas fizeram eclodir várias linhas investigativas”, escreveu o juiz.
O Instituto Lula é objeto de um dos processos aos quais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva responde na Operação Lava Jato. Lula é acusado pelo Ministério Público Federal de receber como propina um terreno onde seria construída a nova sede do Instituto Lula e um imóvel vizinho ao apartamento do petista, em São Bernardo. De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, os imóveis foram comprados pela Odebrecht em troca de contratos firmados pela empreiteira com a Petrobras. O ex-presidente nega as acusações.

Estação Cocal



Lula diz a Moro que nunca teve intenção de adquirir triplex

Ex-presidente negou ser dono de imóvel no Guarujá. Ministério Público diz que o imóvel foi destinado a Lula pela OAS, como propina dissimulada.


Em depoimento de cinco horas, Lula se declarou inocente
Em depoimento ao juiz Sérgio Moronesta quarta-feira (10), o ex-presidente 
Lula negou ter orientado o ex-presidente da OAS Leo Pinheiro a destruir provas documentais de supostos pagamentos de propina ao PT. "Isso nunca aconteceu e nunca vai acontecer."
A Justiça liberou todos os vídeos do depoimento; veja ao final da reportagem.
Lula confirmou que visitou o imóvel, porque a OAS pretendia vendê-lo para sua família. Mas disse que não orientou nenhuma reforma no imóvel. "Eu não orientei... O que eu sei que, no dia que eu fui, houve muitos defeitos mostrados no prédio, defeitos de escada, defeitos de cozinha." O ex-presidente questionou as investigações. "Ele [Ministério Público] deve ter pelo menos algum documento que prova o direito jurídico de propriedade para poder dizer que é meu o apartamento."
O juiz questionou o ex-presidente sobre um documento de adesão de uma unidade duplex no edifício em Guarujá que depois acabou se transformando em triplex. De acordo com Moro, o documento foi apreendido na casa do ex-presidente e não está assinado.
“Então, não está assinado, doutor... Talvez quem acusa saiba como foi parar lá. Eu não sei como está um documento lá em casa, sem adesão, de 2004, quando a minha mulher comprou o apartamento [da Bancoop] em 2005.”

Quase 5 horas de depoimento

O interrogatório começou às 14h18 e terminou por volta das 19h10. O petista foi ouvido como réu pela primeira vez nesse processo.
Com o depoimento, o processo chega à sua reta final. A partir de agora, o MPF e as defesas poderão pedir as últimas diligências. Caso isso não ocorra, o juiz determinará os prazos para que as partes apresentem as alegações finais. Em seguida, os autos voltam para Moro, que vai definir a sentença, podendo condenar ou absolver os réus. Não há prazo para que a sentença seja publicada.
Lula desembarcou no aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, por volta das 10h, em um avião particular que partiu de São Paulo. Em seguida, ele foi para um escritório de advocacia, no bairro Boa Vista. De lá, saiu em direção à sede da Justiça Federal, onde chegou às 13h45 – 15 minutos antes do horário previsto para o início da audiência. Ele deixou o prédio logo após o interrogatório. Em entrevista coletiva, os advogado de Lula disseram que ele demonstrou ser inocente.

Veja os principais pontos do depoimento

  • Lula negou ser dono do triplex. Disse que nunca recebeu imóvel da OAS e que não tinha intenção de comprá-lo.
  • Confirmou que visitou o imóvel em fevereiro de 2014, porque a OAS pretendia vendê-lo para sua família. Mas disse que não orientou nenhuma reforma no imóvel. Lula afirmou que desisitu do imóvel ao vê-lo pela primeira.
  • Disse que Marisa Letícia voltou ao imóvel em agosto de 2014, acompanhada do filho. Segundo ele, a sua mulher não gostava de praia, mas queria investir no imóvel. Ele disse que soube da visita dias depois de ter ocorrido.
  • O ex-presidente criticou a denúncia do MPF: "O contexto está baseado no Power Point mais mal feito, mentiroso, da Operação Lava Jato".
  • Lula negou ter orientado o ex-presidente da OAS Leo Pinheiro a destruir as provas documentais de supostos pagamentos de propina ao PT.
  • Negou ter conhecido de crimes cometidos por ex-diretores e ex-gerentes da Petrobras, como Pedro Barusco, Nestor Cerveró, Jurge Zelada e Renato Duque.
  • O ex-presidente negou ter conhecimento de uma "conta corrente de propinas" mantida pela OAS para o PT, e sobre ter conversado com João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, a respeito o triplex do Guarujá.
  • Disse que não é contra o combate à corrupção e que, quando foi presidente, aprimorou a lei de delação premiada.
  • Moro fez questões sobre o mensalão, mas Lula disse que falaria apenas sobre o processo do triplex.
  • Lula também evitou responder questões sobre o sítio em Atibaia.
  • O ex-presidente falou sobre nomeações políticas em estatais. Segundo ele, "não se governa sem aliança política".
  • O Ministério Público perguntou se Lula sabia que OAS custeou armazenamento de parte do acervo de Lula. Ele respondeu: “Fiquei sabendo depois. Na época nem sabia pra onde ia.”
  • Um promotor perguntou se Lula sabia quem poderia ter definido o destino do acervo presidencial no fim do mandato, “que poderia ter escrito ‘praia’ ou ‘sítio’ nas caixas”. Lula disse não saber.
  • Lula declarou a intenção se candidatar à Presidência novamente. "Depois de tudo que está acontecendo, eu estou dizendo em alto e bom som que vou querer ser candidato à Presidência da República outra vez."
  • Lula foi questionado se o PP fazia obstrução à pauta do Congresso, e se parou por conta de indicações de cargos. Ele negou saber da obstrução.
  • O ex-presidente criticou ações de busca e apreensão na casa de seus familiares e pediu a devolução dos iPads dos seus netos, que foram recolhidos pela polícia.
  • Ele também criticou os vazamentos que ocorreram no processo. “Não existe vazamento em relação a essas ações penais”, respondeu Moro. “O que tem é vazamento proposital”, disse Lula.
  • Moro perguntou se Lula tomou providência quando soube do esquema da Petrobras. Ele respondeu: “Eu já estava fora da presidência há 4 anos. Você sabe que um ex-presidente vale tanto quanto um vaso chinês. [...] Você não sabe como cuidar de um ex-presidente, nem um vaso chinês.”
  • Moro disse a Lula que a imprensa não tem nenhum papel no processo, que será julgado exclusivamente com base nas leis e nas provas.
  • Em suas declarações finais, o ex-presidente se disse perseguido. “Eu gostaria de dizer que eu estou sendo vítima da maior caçada jurídica que um presidente ou que um político brasileiro já teve.” O juiz Sérgio Moro o interrompeu e disse que ele não poderia fazer declarações políticas.
Lula participa de ato público em Curitiba

Atos pró e contra Lula

Curitiba foi palco de manifestações contra e a favor do ex-presidente ao logo do dia. Por questões de segurança, os grupos foram separados. Os contrários a Lula fizeram um ato perto do Museu Oscar Niemeyer, no Centro Cívico, que terminou por volta das 19h. A Polícia Militar informou que o número de participantes chegou a 100; organizadores falaram em 400 participantes.
Os apoiadores do petista ficaram na Praça Santos Andrade, para onde Lula se dirigiu logo após o interrogatório. A ex-presidente Dilma Rousseff também está no ato. Chegaram a Curitiba 128 ônibus com manifestantes – cerca de 6 mil. Segundo os organizadores, cerca de 50 mil pessoas participaram do ato na Praça Santos Andrade, no auge do movimento.
Um forte esquema de segurança foi montado no entorno da Justiça Federal, no bairro Ahú. Cerca de 1,7 mil policiais militares atuam na segurança de toda a cidade nesta quarta, segundo a Secretaria da Segurança Pública do Paraná. Ao todo, são cerca de 3 mil profissionais de segurança pública (das esferas municipal, estadual e federal).

O processo

Lula é acusado de receber R$ 3,7 milhões em propina, de forma dissimulada, da empreiteira OAS. Em troca, ela seria beneficiada em contratos com a Petrobras. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a OAS destinou ao ex-presidente um apartamento triplex, em Guarujá (SP), fez reformas neste mesmo imóvel e também pagou a guarda de bens de Lula em um depósito da transportadora Granero.
O MPF denunciou o ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em 14 de setembro 2016. Seis dias depois, a Justiça aceitou a denúncia, e Lula e outras sete pessoas viraram réus. Entre eles, estava a ex-primeira-dama Marisa Letícia, que morreu em fevereiro deste ano e teve as acusações arquivadas por Moro.
Desde que foi denunciado, Lula tem negado o recebimento de propinas e o favorecimento da OAS na Petrobras. A defesa diz que o MPF não tem provas que sustentem a denúncia.
Segundo advogados, a mulher de Lula tinha uma cota no condomínio do triplex, mas a vendeu quando a OAS assumiu a obra. Eles alegam que Lula e Marisa chegaram a visitar o apartamento citado na denúncia porque planejavam comprá-lo – o que acabou não ocorrendo. A defesa também nega irregularidades no apoio oferecido pela empreiteira para guardar os bens do ex-presidente.
Em novembro do ano passado, o ex-presidente prestou depoimento a Moro por videoconferência como testemunha de defesa do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

VÍDEOS DO DEPOIMENTO

Depoimento de Lula a Moro – vídeo 1
Depoimento de Lula a Moro – vídeo 2
Depoimento de Lula a Moro – vídeo 3
Depoimento de Lula a Moro – vídeo 4
Depoimento de Lula a Moro – vídeo 5
Depoimento de Lula a Moro – vídeo 6
Depoimento de Lula a Moro – vídeo 7
Depoimento de Lula a Moro – vídeo 8
Depoimento de Lula a Moro – vídeo 9

Depoimento de Lula a Moro – vídeo 10