2/29/2016

Estação Cocal



Oscar 2016: Gloria Pires comenta participação na transmissão

'Achei os memes superinteressantes', disse sobre repercussão na web.
Atriz participou da transmissão da cerimônia neste domingo (28).


Do G1, em São Paulo

Gloria Pires comentou memes após participar de transmissão do Oscar na Globo (Foto: Reprodução/Facebook/Gloria Pires)
Gloria Pires divulgou um vídeo em sua página no Facebook, nesta segunda-feira (29). comentando sua participação na transmissão do Oscar. "Achei os memes superinteressantes", ela disse.
Ela participou da transmissão junto com Maria Beltrão e Artur Xexéo na TV Globo neste domingo (28).
"Bom dia 'glorisosos' e 'gloriosas', amigos e geral. Não estou fazendo este vídeo como resposta a ninguém. Achei os memes superinteressentes. É maravilhoso ter uma ferramenta que te traga a oportunidade de brincar e se divertir", diz a atriz sobre a repercussão na web dos seus comentários.
"Vi que a coisa está tomando uma proporção enorme", afirmou Gloria Pires no vídeo.
"Eu vi a maioria dos filmes, mas alguns não vi: a animação e os curtas. Estou fazendo este vídeo para agradecer as manifestações de apoio como a hashtag #somostodosgloriapires, que achei muito fofo", elogiou a atriz.
Maria Beltrão, Artur Xexéo e Gloria Pires ancoraram a transmissão do Oscar 2016 na Globo (Foto: Globo/Renato Wrobel )Maria Beltrão, Artur Xexéo e Gloria Pires ancoraram
a transmissão do Oscar 2016 na Globo
(Foto: Globo/Renato Wrobel )
"Não precisaria participar da cerimônia do Oscar a não ser pelo fato de que foi um convite de amigos e pessoas que trabalham comigo e por terem seus motivos me convidaram. Eu estava rodeada de pessoas que entendem disso, que são comentaristas. Eu não sou comentarista, sou uma atriz. Eu estava dando opinião como se estivesse na minha casa com meus amigos. Eu não estou doente, estou muito bem. Estou superbem, 'alive and kicking'", completou.

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Chuva forte atrapalha operação nos aeroportos do Rio

Aeroporto Santos Dumont está fechado para pousos e decolagens.
Aeroporto Tom Jobim opera por instrumentos.

Do G1 Rio
Um carro caiu num buraco e ficou enguiçado durante a chuva forte na Estrada Lagoa-Barra, em São Conrado, na Zona Sul (Foto: Perla Rodrigues/ G1)Um carro caiu num buraco e ficou enguiçado durante a chuva forte na Estrada Lagoa-Barra, em São Conrado, na Zona Sul (Foto: Perla Rodrigues/ G1)
chuva forte que cai no Rio de Janeiro na tarde desta segunda-feira (29) atrapalha os pousos e decolagens nos aeroportos da cidade. Desde às 15h54, o Aeroporto Santos Dumont está fechado para pousos e decolagens. O Aeroporto Tom Jobim opera por instrumentos para pousos e decolagens e não registros atrasos significativos até o momento.
A cidade do Rio de Janeiro entrou em estágio de atenção às 12h40 desta segunda-feira (29), de acordo com o Centro de Operações Rio. A causa foi a atuação de núcleos de chuva moderada a forte em vários pontos do Rio, principalmente na Zona Oeste.
Segundo o Sistema Alerta Rio, as áreas proximas à Barra da Tijuca, Jacarépagua, Baía de Guanabara e Zona Sul entraram em estágio de alerta para probabilidade de deslizamento de terra.
Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Guaratiba e Sepetiba estão entre os locais mais atingidos pela chuva. Um carro caiu num buraco e ficou enguiçado durante a chuva forte na Autoestrada Lagoa-Barra, em São Conrado, na Zona Sul. Copacabana, Jardim Botânico, São Conrado, Rocinha e Urca registraram altos índices de chuva. Niterói também está em estágio de atenção.
Em Ipanema, uma árvore caiu na Rua Visconde de Pirajá, deixando duas faixas ocupadas pouco antes das 17h.
A cidade teve dois dias de calor intenso no fim de semana. De acordo com o Alerta Rio, o Rio registrou 41,4ºC no sábado (27), com sensação térmica de 48ºC. No domingo (28), a cidade teve temperatura máxima de 41,1ºC na estação de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, às 11h45. A sensação térmica foi de 47ºC. As praias ficaram lotadas de banhistas.
Na última semana, de domingo (21) até quinta (25), caíram cerca de 500 raios na cidade, de acordo com o Centro de Operações Rio, que monitora as descargas elétricas.
O estágio de atenção é o segundo nível em uma escala de três e significa chuva moderada, ocasionalmente forte, nas próximas horas.
Árvore chegou a cair na Rio-Santos (Foto: Arquivo Pessoal/Jaime dos Santos Silva)Árvore chegou a cair na Rio-Santos (Foto: Arquivo Pessoal/Jaime dos Santos Silva)
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Defesa de Duque alega não haver prova que dinheiro no exterior é ilícito

Para MPF, ex-Petrobras recebeu propina em contas bancárias na Suíça.
Renato Duque foi preso pela Operação Lava Jato em março de 2015.

Do G1 PR
19/03/2015 - Renato Duque depõe na CPI da Petrobras em Brasília (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)Renato Duque já foi condenado em uma ação da
Lava Jato (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A defesa do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, acusado de receber propina partir do esquema de corrupção descoberto pela Lava Jato, alega que não há provas que o dinheiro depositado nas contas bancárias no exterior, ligadas ao ex-diretor, tem origem ilícita.
A afirmação consta nas alegações finais protocoladas na Justiça Federal nesta segunda-feira (29) na ação penal em que Duque é réu ao lado de executivos ligados aOdebrecht. As alegações finais – da defesa e da acusação – correspondem à última fase na tramitação judicial antes da sentença do juiz.
Duque está preso no Complexo Médico-Penal (CMP), em Pinhais, na Região Metropolitana deCuritiba. A segunda prisão dele por suposto envolvimento na Lava Jato ocorreu em março de 2015. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) oito vezes por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisão. 

Conforme a denúncia, a Odebrecht montou uma sofisticada rede de lavagem de dinheiro com a utilização de offshores com contas na Suíça. Com isso, a companhia pôde pagar propinas a funcionários e diretores da Petrobras para fechar contratos com a estatal. Segundo as investigações, Duque era um dos beneficiários dos pagamentos de propina.

Paulo Roberto Costa
Ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa também apresentou as alegações finais no processo. Delator do esquema de corrupção, ele reiterou a importância das colaborações prestadas à investigação. No documento, a defesa pede o perdão judicial do ex-diretor.

Caso não seja concedido pelo juiz, os advogados pedem que Sérgio Moro aplique a suspensão da futura pena, conforme estabelecido no acordo de delação. A cláusula mencionada estabelece que todos os procedimentos contra Costa sejam suspensos quando a soma das penas em processos da Lava Jato ultrapassarem 20 anos - o que já ocorreu.

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Aliado de Cunha relatará CPI do Carf e não descarta investigar Lula

Comissão parlamentar de inquérito será instalada no dia 8 de março.
Caberá a João Carlos Bacelar (PR-BA) apresentar um relatório final.

Fernanda Calgaro e Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília
Aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado João Carlos Bacelar (PR-BA) foi escolhido relator da CPI do Carf na Casa, a ser instalada no próximo dia 8 de março. Ele acaba de assumir uma vaga de titular no Conselho de Ética, que investiga Cunha, e é visto como um dos homens da “tropa de choque” do peemedebista.
A comissão parlamentar de inquérito terá como objetivo investigar a venda de sentenças por integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Federais (Carf), última instância de recurso de quem questiona a cobrança de tributos pela Receita Federal.
O esquema já é investigado pela Polícia Federal na Operação Zelotes desde março do ano passado e pode ter provocado prejuízo de pelo menos R$ 19 bilhões à Receita.
No decorrer da Zelotes, a PF passou a apurar a suposta venda de medidas provisórias na Câmara, inclusive com a suspeita de participação do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o que dá à comissão um potencial explosivo.
Bacelar é o autor do requerimento de criação da CPI e reconhece que, quando apresentou o pedido, ainda não havia citações ao ex-presidente Lula nos inquéritos. Ele diz que não descarta que ele possa vir a ser investigado “se surgirem provas contundentes”.
“Quando eu fiz o requerimento, não tinha Lula, nem triplex, nem montadoras. O que tinha era uma evasão fiscal muito grande no Carf. Vieram fatos novos, vamos ver como vai funcionar. Também não quero dizer que vou isentar de culpa. [...] São fatos novos que estão surgindo. Não foi objeto do requerimento o ex-presidente Lula. Agora, se vierem provas contundentes e vierem requerimentos para isso e forem aprovados, sim”, disse ao G1.
O ex-deputado também admite que a CPI do Carf poderá gerar mais desgastes para o governo. “Eu não fiz a CPI para politizar. São fatos novos e vamos ver o desenrolar. O governo já está desgastado. Você vai evitar o que está nítido aí?”, questionou.
Prestígio
Nos bastidores, a ida de Bacelar para a relatoria é vista como uma maneira de fortalecer Cunha e, ao mesmo tempo, dar prestígio ao deputado do PR para, assim, reforçar o apoio dele a Cunha no Conselho de Ética.

No ano passado, quando ainda era suplente do conselho, ele votou contra a continuação do processo em desfavor de Cunha. Essa votação acabou anulada.
Questionado pelo G1, Bacelar admitiu ser aliado do presidente da Câmara, mas destacou que também defende o governo. 
“Eu já votei em Eduardo Cunha para presidente da Câmara e estou votando a favor dele no Conselho de Ética, assim como os três membros do meu partido. Uma coisa é Câmara, outra coisa é governo. A questão da Câmara se resolve no parlamento. Somos governo também. Isso não tem nexo causal. Não tem ligação. Defendo o deputado Eduardo Cunha e defendo governo”, disse.
Instalação
O ato de criação da CPI foi assinado por Cunha e lido no plenário no início de fevereiro. No entanto, a sua instalação, com o agendamento da primeira reunião, dependia do fim da CPI do BNDES.

Pelas regras da Câmara, apenas cinco comissões podem funcionar simultaneamente e era preciso aguardar o fim dos trabalhos daquele colegiado para abrir uma nova.
Os líderes partidários já começaram a indicar os nomes para preencher as 27 cadeiras, distribuídas proporcionalmente entre as legendas de acordo com o tamanho das bancadas na Câmara, e devem terminar de fazê-lo até o fim desta semana.
Outro cargo disputado na comissão é o de presidente, a quem competirá ditar o ritmo de trabalho do colegiado, inclusive com a escolha da pauta e a marcação de depoimentos.
Segundo Cunha informou ao G1, a presidência da CPI ainda não está resolvida, mas deve ficar com um deputado da base aliada.

Estação Cocal


Planalto anuncia que Cardozo deixa o Ministério da Justiça e assume a AGU

Em seu lugar, assumirá o procurador baiano Wellington Cesar Lima e Silva.
Dilma também anunciou Luiz Navarro para a Controladoria-Geral da União.

Filipe MatosoDo G1, em Brasília

José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)O ministro José Eduardo Cardozo, em imagem de arquivo (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
O Palácio do Planalto anunciou em nota nesta segunda-feira (29) que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deixará o cargo para assumir a Advocacia-Geral da União. Ele substituirá no cargo o atual AGU Luís Inácio Adams, que também deixará o posto por motivos pessoais (veja a nota divulgada pelo Planalto ao final desta reportagem).
Para o lugar de Cardozo, a presidente Dilma Rousseff convidou o baiano Wellington Cesar Lima e Silva, que atuou como procurador-geral de Justiça da Bahia. Ele havia sido escolhido para o cargo pelo então governador da Bahia Jaques Wagner, atual ministro-chefe da Casa Civil.
O governo também anunciou nesta segunda o nome de Luiz Navarro para assumir a Controladoria-Geral da União (CGU), conforme antecipou o colunista do G1 e da GloboNews Gerson Camarotti. Servidor de carreira, Navarro chegou a atuar como secretário-executivo e corregedor-geral da CGU.
Ele substituirá Carlos Higino, que estava interinamente no comando da CGU, desde que Valdir Simão foi deslocado para o Ministério do Planejamento no final do ano passado.
No posto desde janeiro de 2011, Cardozo era um dos principais conselheiros políticos da presidente Dilma Rousseff, mas vinha sofrendo pressão por parte do PT por não controlar as atividades da Polícia Federal, especialmente nas investigações da Operação Lava Jato.
A troca no comando da Justiça havia sido antecipada pela colunista do G1 e da GloboNews Cristiana Lôbo. Segundo o blog, Cardozo já havia conversado por telefonecom Dilma durante todo o fim de semana para tratar de sua saída do Ministério da Justiça.
Ainda de acordo com a colunista, apesar da pressão crescente do partido pela mudança noMinistério da Justiça, Dilma vinha fazendo apelos para que ele permanecesse mais um tempo à frente da pasta.
Antes mesmo de o Planalto confirmar a saída de Cardozo, a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) divulgou nota nesta segunda qual manifestou "extrema preocupação" com a eventual mudança na pasta. Para a entidade, a saída dele se daria por "pressões políticas para que controle" os trabalhos da PF.
A saída de Cardozo ocorre em meio ao processo de impeachment que a presidente enfrenta na Câmara dos Deputados. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analisa, a pedido do PSDB, se houve abuso de poder econômico por parte da campanha que a reelegeu em 2014.
Ao G1, o atual advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, disse que deixará o governo nesta semana porque o órgão precisa de "nova energia" e "novo dinamismo". Ele avaliou também que a troca no comando da pasta não vai prejudicar a defesa de Dilma no processo de impeachment.
Perfil
Paulistano, José Eduardo Cardozo é mestre em Direito, advogado e procurador do município de São Paulo. Foi vereador de São Paulo por três mandatos, presidiu a Câmara Municipal durante dois anos, e, por duas vezes, foi deputado federal pelo PT de São Paulo, a última vez em 2006.

Cardozo começou a militância política no Centro Acadêmico da Faculdade de Direito da PUC. Foi também secretário de Governo do município de São Paulo (1989 a 1992), na gestão da prefeita Luiza Erundina. Atuou como chefe de gabinete da antiga Secretaria da Administração Federal da Presidência da República (1993).
Trabalhou como professor de direito administrativo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e de curso preparatório para ingresso nas carreiras do Ministério Público e Magistratura.
No governo da presidente Dilma Rousseff, assumiu o Ministério da Justiça em janeiro de 2011, quando ela tomou posse para o primeiro mandato. Ao longo desse período, passou a se firmar como um dos principais conselheiros políticos dela.
Veja a nota divulgada nesta segunda pelo Palácio do Planalto:
NOTA
A presidenta da República, Dilma Rousseff, informa que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deixará a pasta e assumirá a chefia da Advocacia Geral da União, em substituição ao ministro Luiz Inácio Adams que solicitou o seu desligamento por motivos pessoais.
Assumirá o Ministério da Justiça o ex-Procurador Geral da Justiça do Estado da Bahia, Dr. Wellington César Lima e Silva.
Assumirá  o cargo de ministro-chefe da Controladoria Geral da União, o Sr. Luiz Navarro de Brito.
A presidente da República agradece os valiosos serviços prestados ao longo de todos estes anos, com inestimável competência e brilho, pelo Dr. Luís Inácio Adams, e deseja pleno êxito à sua atividade profissional futura.
Agradece ainda ao ministro-interino da CGU  Sr. Carlos Higino pela sua dedicação.

2/25/2016

Estação Cocal


Mulher de Santana citou mensalão para negar caixa 2 no Brasil

Monica Moura admitiu prática, mas somente de campanhas do exterior.
Marqueteiro do PT e mulher foram presos na Operação Lava Jato.

Rosanne D'AgostinoDo G1, em São Paulo

23/02 - Monica Moura, mulher de João Santana, marqueteiro de campanhas eleitorais do PT , é preso durante sua chegada à São Paulo (Foto: STR/AFP)Monica Moura, mulher de João Santana, marqueteiro de campanhas eleitorais do PT , durante sua chegada a São Paulo (Foto: STR/AFP)
Monica Moura, mulher do publicitário João Santana, afirmou à Polícia Federal em depoimento nesta quarta-feira (24) que ela e o marido não receberam nenhum recurso de caixa 2 de campanhas realizadas no Brasil por "motivos óbvios, quais sejam, as investigações e condenações no caso do mensalão" (veja a íntegra ao final).
Santana foi marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff (PT) e da campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2006. Santana e a mulher dele, Mônica Moura, estão presos desde terça-feira (23), suspeitos de receber dinheiro oriundo no esquema de corrupção na Petrobras desvendado pela Operação Lava Jato em contas secretas no exterior. O dinheiro seria, de acordo com as investigações, pagamento de serviços eleitorais prestados ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Nesta quinta, o marqueteiro João Santana também prestou depoimento, que durou mais de três horas, na Superintendência da PF em Curitiba, no qual admitiu a existência de conta não declarada no exterior, mas também negou que fosse para recebimento de valores por campanhas no Brasil. Segundo Santana, Monica era a responsável pelas movimentações nas contas.
No depoimento, Monica admitiu que recebeu parte do valor recebido pela campanha realizada na Venezuela, de Hugo Chávez, de "forma não contabilizada" e que recebeu orientação para procurar um executivo da Odebrecht no Brasil, Fernando Migliaccio, para receber pelo trabalho.
No âmbito da Lava Jato, a prisão de Migliaccio foi decretada em 11 de fevereiro deste ano. Segundo a investigação, ele era responsável por gerenciar contas usadas pela Odebrecht no exterior para pagar propinas para autoridades do Brasil e de outros países. Essas contas estavam atreladas a offshores.
Ela também afirmou que acredita que os valores pagos pela Odebrecht no exterior chegam a R$ 4 milhões, mas que não recebeu nenhum valor da Odebrecht por campanhas realizadas no Brasil e, questionada se ela e o marido receberam recursos não contabilizados dos clientes dos serviços eleitorais que prestaram no Brasil, "disse que não, primeiramente, por motivos óbvios, quais sejam, as investigações e condenações no caso do mensalão".
Conforme o depoimento, Monica também disse que partidos políticos brasileiros não lhe pediram que fossem realizados pagamentos "à margem da contabilidade" e que recursos de campanhas eleitorais no Brasil foram recebidos "de maneira legal e registrada, de maneira que não houve motivo para pagamentos via 'caixa 2'".
Com relação a pagamentos de Zwi Skornicki, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras, Monica disse que seriam referentes a campanha realizada em Angola, do presidente José Eduardo dos Santos, no total de US$ 50 milhões, dos quais US$ 20 milhões seriam pagos por "contrato de gaveta, não contabilizado".
Uma carta da mulher de Santanasupostamente endereçada a Skornicki motivou a 23ª fase da Operação Lava Jato. Na carta, havia um contrato entre a offshore (empresa no exterior) Shellbill Finance S.A., que a Polícia Federal acredita ser dos publicitários, e uma offshore ligada à Odebrecht, uma das empreiteiras investigadas na Lava Jato. Monica escreve que apagou o nome da empresa, a Klienfeld, por "motivos óbvios".
Segundo a PF, a Klienfeld e a Innovation, supostas contas ocultas no exterior da empreiteita Odebrecht, transferiram para a offshore panamenha Shellbill Finance SA, de Santana, US$ 3 milhões, entre abril de 2012 e março de 2013.
Monica confirmou que enviou o bilhete, mas que nunca se preocupou sobre qual seria a atuação de Zwi e negou que os pagamentos guardem qualquer relação com campanhas no Brasil. Ela também negou que tenha apagado o nome por saber que o dinheiro tinha origem ilícita, e sim, para não expor a empresa Klienfeld a Zwi.
Ela afirmou ainda que preferia "tudo contabilizado", que não teria feito o caixa 2 não fosse a "imposição dos contratantes" e que "aguardava a promulgação de eventual lei de repatriação de valores, o que retiraria o caráter ilícito da manutenção da conta na Suíça em nome da Shellbill". A defesa do casal informou que vai disponibilizar à PF o extrato das contas.
O engenheiro Skornicki teve a prisão preventiva decretada pela Justiça nesta 23ª fase da Operação Lava Jato. Ele também está detido na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. AoG1, o advogado Flávio Mirza disse que não terminou de estudar o inquérito e, por isso, não iria se manifestar. De qualquer forma, pretende pedir a revogação da prisão.
Depoimento de Monica Moura, mulher do publicitário João Santana, à Polícia Federal na Lava Jato (Foto: Reprodução)
Depoimento de Monica Moura, mulher do publicitário João Santana, à Polícia Federal na Lava Jato (Foto: Reprodução)
Depoimento de Monica Moura, mulher do publicitário João Santana, à Polícia Federal na Lava Jato (Foto: Reprodução)
Depoimento de Monica Moura, mulher do publicitário João Santana, à Polícia Federal na Lava Jato (Foto: Reprodução)
Os pagamentos a João Santana, segundo a PF (Foto: Editoria de Arte/G1)