7/01/2015

Estação Cocal

01/07/2015 11h57 - Atualizado em 01/07/2015 12h46

Saiba como votou cada deputado piauiense sobre a maioridade penal

Dos 10 parlamentares, apenas seis participaram da tumultuada sessão.
Quatro votaram a favor, dois contra e houve uma abstenção
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Patrícia AndradeDo G1 PI

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Deputados comemoram o resultado da votação da PEC que reduz a maioridade penal para crimes hediondos no plenário da Câmara, em Brasília. A proposta foi rejeitada após não obter os 308 votos necessários para aprovação, equivalente a 3/5 dos deputados (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)Deputados comemoram o resultado da votação da PEC (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Apenas seis dos dez deputados federais do Piauí participaram da tumultuada sessão que rejeitou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que previa mudar a maioridade penal de 18 para 16 anos em caso de crimes graves. Dos seis parlamentares, quatro votaram a favor, dois contra e houve uma abstenção. Os outros quatro deputados não compareceram ao plenário para a sessão que só terminou na madrugada desta quarta-feira (1º).

Os parlamentares que votaram a favor da redução da maioridade penal foram: Marcelo Castro (PMDB); Silas Freire (PR); Júlio César (PSD) e Paes Landim (PTB).Apenas o deputado Átila Lira (PSB) foi contrário ao projeto. Heráclito Fortes (PSB), que chegou a ser derrubado durante manifestação contra a proposta, se absteve de votar.


Os deputados que não participaram da votação foram: Assis Carvalho (PT); Iracema Portela (PP); Mainha (SD-Solidariedade) e Rodrigo Martins (PSB).

O projeto estava sendo discutido na Câmara há 22 anos. Na terça-feira (30), foram mais de quatro horas e meia de sessão e, no começo da madrugada, o resultado: 303 votos a favor, 184 votos contra e 3 abstenções.

O texto previa que fosse alterada a maioridade nos casos de crimes hediondos (como latrocínio e estupro), homicídio doloso (intencional), lesão corporal grave, seguida ou não de morte, e roubo qualificado. Os jovens que se enquadrassem nessas situações deveriam cumprir a pena em estabelecimento separado dos maiores de 18 anos e dos menores de 16 anos.

O governo era contra. O ministro da Justiça,  defendeu que a maioridade penal continuasse em 18 anos e explicou: faltam vagas nos presídios. São 220 mil presos acima da capacidade. Se a mudança fosse aprovada, o governo teria que criar, por ano, mais 40 mil vagas nas prisões.

A votação foi acompanhada de muita movimentação nas galerias da Câmara. Cerca de 200 manifestantes ligados à União Nacional dos Estudantes (UNE) e à União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) acompanharam a sessão das galerias do plenário e, ao final, comemoraram ao gritos de "não, não, não à redução"
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