Ex-deputado também terá que devolver à Petrobras R$5 milhões após o fim de todos os recursos(foto: Viola Junior/Câmara dos Deputados)
O ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Edson Fachin negou hoje (13) pedido para soltar o
ex-deputado federal Nelson Meurer (PP-PR), condenado no ano passado
pela Corte a 13 anos e 9 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e
lavagem de dinheiro. Meurer é o primeiro condenado pelo STF na Operação Lava
Jato que vai cumprir pena.
Na decisão, Fachin negou
pedido feito pela defesa do ex-parlamentar para suspender a execução da
condenação, que passou a ser cumprida na semana passada, por determinação do
ministro. Meurer está preso em um presídio em Francisco Beltrão (PR).
Em maio do ano passado, o
ex-parlamentar foi condenado pela Segunda Turma do STF, acusado de
receber R$ 4 milhões em vantagens indevidas oriundas da Petrobras. O filho do
deputado, Nelson Meurer Júnior, também foi condenado, mas a uma pena
menor, de 4 anos e 9 meses de prisão em regime aberto, e também está
preso.
Para a Procuradoria-Geral da
República (PGR), que fez a acusação, o dinheiro teve origem em contratos da
Petrobras e consistia em repasses por empresas fictícias operadas pelo
doleiro Alberto Youssef e por intermédio do ex-diretor de Abastecimento
da Petrobras Paulo Roberto Costa, dois delatores do esquema de corrupção
na Lava Jato.
O colegiado também decidiu
que Meurer e o filho deverão ressarcir a Petrobras em R$ 5 milhões
após o fim de todos os recursos.
No julgamento, a defesa afirmou
que não há provas de que o deputado tenha dado sustentação política a Paulo
Roberto Costa na Petrobras e que tenha participado dos desvios na estatal.
Segundo o advogado, a denúncia foi baseada em presunções da acusação. Para a
defesa, o deputado não pode ser acusado somente por ter sido líder do PP em
2011, por seis meses, e ter sido amigo do ex-deputado José Janene, morto em
2010, e acusado de participar da arrecadação de propina para o partido.
Fonte: Correio Brasiliense
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