1/02/2017

Estação Cocal

Quatro presos são mortos em presídio na Zona Rural de Manaus

Este é mais um episódio na escalada de violência no sistema prisional do AM.
Rebelião no domingo (1º), no Compaj, resultou em 56 mortes.

Do G1 AMq

UPP receberá presos provisórios junto ao CDPM, na BR-174 (Foto: Ive Rylo/G1 AM)UPP registrou mortes durante a tarde desta segunda-feira (2) (Foto: Ive Rylo/G1 AM)
Quatro presos da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na Zona Rural de Manaus, foram mortos na tarde desta segunda-feira (2), dentro do presídio. A informação foi confirmada pelo Comitê de Gerenciamento de Crise do Sistema de Segurança Pública do Amazonas.
Segundo o Governo do Amazonas, a unidade se encontra em situação estável, mas não foi informado se houve rebelião no local. As mortes ocorrem em meio a uma série de episódios violentos no sistema prisional nas últimas 24 horas.
Com o episódio, já chega a 60 o número de mortes nas cadeias públicas de Manaus, em 24 horas. As outras 56 ocorreram em uma rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no km 8, na BR-174, caracterizado como o massacre mais violento da história do sistema prisional do Amazonas.
Rebeliões
As mortes na UPP marcam o quarto episódio em cadeias do sistema prisional do Amazonas. As últimas alterações ocorreram no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) e no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), poucas horas após o fim da rebelião no no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que durou mais de 17 horas e resultou em 56 mortes.

As três unidades estão localizados na BR-174, que liga Manaus a Boa Vista (RR). No domingo (1º), a Seap registrou rebelião e fuga de 87 presos no Ipat. De acordo com o governo, a ocorrência tem relação com a rebelião no Compaj, o "maior massacre do sistema prisional do Amazonas", segundo o secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes.
Na rebelião ocorrida no Compaj, foram mortos presos ligados à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e condenados por estupro. Segundo o secretário, facção rival Família do Norte (FDN) comandou a rebelião, que "não havia sido planejada previamente". "Esse foi mais um capítulo da guerra silenciosa e impiedosa do narcotráfico", afirmou.
Para evitar novos conflitos, os presos membros do PCC foram isolados dos detentos membros da FDN, em todos os 11 presídios do Amazonas.
tópicos:

Nenhum comentário:

Postar um comentário