12/26/2013

Estação Cocal



  • 26/12/2013 08h10

    Eduardo Campos diz que está pronto para ganhar a eleição para a Presidência

    Pré-candidato ao Palácio do Planalto, o governador de Pernambuco falou sobre sua candidatura ao fazer um balanço da administração estadual

    Eduardo Campos afirma que vai para a campanha “com a mesma paixão" com que governa seu Estado
    ( Publicada originalmente às 10h 23 do dia 24/12/2013) 

    (Brasília-DF, 26/12/2013) O governador de Pernambuco e pré-candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB) afirmou que está pronto para ganhar as eleições em 2014 e “com a mesma paixão com que eu tenho me entregue a construir um Pernambuco melhor para nossa gente”. Em entrevista ao jornal Diário de Pernambuco, publicada nesta segunda-feira, 23, Eduardo Campos fez um balanço das realizações do seu primeiro e segundo mandatos. Ele citou como pontos positivos ações referentes à educação, à saúde e à segurança pública, às Unidades de Pronto Atendimento (UPAS), às escolas integrais e ao programa de combate à violência Pacto pela Vida.
    “Nós vamos bater o recorde de investimentos, que é tudo que o Brasil precisa fazer, segundo economistas de todas as tendências”, destacou Eduardo Campos, enfatizando que Pernambuco atingiu a meta anunciada no início de 2013 de investir a mais R$ 3,5 bilhões de forma global.
    Motivação
    Durante a explanação do balanço de fim de ano na sala de reuniões do Centro de Convenções, sede provisória do governo, apesar de sempre ter dito que tratará das eleições só em 2014, Eduardo Campos manifestou estar motivado para encarar a missão de enfrentar a presidenta Dilma Rousseff nas urnas.
    O ano foi de desafios para os governantes, marcado por manifestações nas ruas ocorridas em junho, em que foram cobradas posturas dos gestores para atender reivindicações que começaram contra o reajuste das passagens de ônibus, radicalizando para a tarifa zero.
    Educação
    Na entrevista ao jornal pernambucano, após a coletiva, Eduardo Campos classificou sua gestão como mais do que um conjunto de realizações setoriais. Elegeu a questão da educação com um dos pontos fortes de seu governo “As pessoas veem seus filhos estudando em escolas integrais. Temos a maior rede de escolas integrais do Brasil, segundo o Ideb. A maior redução da evasão escolar, segundo o MEC em seu censo 2012”, elogiou.
    Eduardo Campos ainda citou a redução da mortalidade, da violência e redução do desemprego a menos da metade do que era. “Tudo isso pode ser medido por estatísticas, mas tem uma coisa que você não mede que é a transformação política que isso está produzindo, transformação na economia”, salientou.
    Metas
    O governador de Pernambuco lembrou que em entrevista à imprensa afirmou que iria trabalhar para cumprir metas, realizando uma política de estado. “Os nossos compromissos assumidos no sentido de construir um novo Pernambuco, porque o Pernambuco de hoje é melhor do que o Pernambuco daquele tempo, e a gente precisa garantir que ele siga melhorando”, ressaltou.
    No setor de segurança, Eduardo Campos disse que tem lançado mão do trabalho de avaliação de estudos científicos da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) como ferramenta para planejar, baseado em estatísticas, ações contra o crime. “O mercado do crack, por exemplo, é diferente do mercado de maconha, da cocaína. É necessário saber a dinâmica das gangues. Quando você tem uma boa estatística, quando consegue territorializar essa estatística você começa a interpretar melhor a dinâmica do crime”, explicou.
    Assistência social
    Mas o governador pernambucano acrescentou que é preciso o governo presente, que “não é de polícia, absolutamente, mas de assistência social, mediação de conflito, arte, cultura, escola. Você começa a ver que tem fatores que são distintos a depender de certas realidades”.
    Já em relação à saúde, um setor que é mais criticado em pesquisas de opinião pública do país e de Pernambuco, Eduardo Campos admite o problema. Porém, reconhece que nenhum país do mundo com economia do padrão do Brasil utiliza um sistema único de saúde. Utilizou o exemplo dos Estados Unidos que não têm Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para atender em caso de emergência. “Agora, aqui nós temos cumprido um programa que é maior do que o nosso compromisso. Nunca se investiu tanto em saúde pública nesse Estado como nesses sete anos. Não dá nem para comparar”, afirmou.
    Média complexidade
    Eduardo Campos explicou que seu governo implementou a UPA-E (especialidade) para atender demanda da população de média complexidade. “Em 2014, vamos operar nas urgências às grandes linhas de cuidado, a exemplo de câncer, cardiologia, doenças ligadas à saúde da mulher, materno-infantil”, antecipou.
    Em sua opinião, o Programa Mais Médicos não precisaria ter sido lançado caso houvesse uma atenção maior por parte do governo federal quanto à diminuição de oferta de vagas das faculdades de Medicina na década de 1980. “Como um médico para se formar você leva dez anos, a falta só se sentiria 20 anos depois. Quando você faz o mapa, vê que tem centenas de municípios sem médicos. Se você tem edital chamando pessoas daqui para ali e não tem, o que se pode fazer?”, questionou.
    Copa do Mundo
    Com relação à área de mobilidade urbana, Eduardo Campos entende que é preciso cumprir-se o cronograma de obras com excelência na execução para a Copa do Mundo de 2014. “O Brasil passou muito tempo sem investir em transporte público de massa”, destacou o governador, acrescentando que “pulamos de 1,2 milhão de veículos em 2006 para 2,4 milhões de veículos em 2012. E nós tivemos que fazer aqui em relação à mobilidade, que virou um tema nacional, sobretudo a partir de junho, prioridade desde o primeiro governo”.
    Em relação à candidatura ser lançada para valer somente no princípio de 2014, segundo Eduardo Campos é estratégica, quando se terão mais claramente as circunstâncias do quadro político eleitoral, tanto regionalmente, quanto em âmbito nacional.
    De acordo com Eduardo Campos, o PSB cresceu e chegou a dezembro agregando apoios importantes. “Um partido unido, animado, crescendo, recebendo reforços, fazendo aliança com a Rede, com a (ex-ministra) Marina (Silva); recebendo apoio do PPS; fazendo o que o PSB hoje tem feito na cena política brasileira. Em 2014, a nossa discussão sobre o projeto nacional será prioridade”, afirmou.
    (Por Maurício Nogueira, especial para Agência Política Real, com edição de Valdeci Rodrigues)

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