Aliado do presidente Michel Temer, o PSB deve fechar questão contra a proposta de reforma da Previdência Social proposta pelo governo.

Em várias reuniões ao longo desta semana, a cúpula do partido rejeitou os principais pontos da reforma. Há quem defenda, inclusive, que o partido entregue os cargos no governo.

Atualmente, o PSB comanda o Ministério de Minas e Energia.

Um levantamento informal feito na bancada mostra que 30 dos 35 deputados do PSB não apoiam as mudanças na Previdência.

"Estamos realizando no PSB uma amplo debate sobre a questão e percebo, claramente, que a maioria da bancada, felizmente, não votará na proposta tal como ela foi apresentada pelo governo", disse ao Blog o presidente do partido, Carlos Siqueira.

"Nós temos uma proposta completa que será finalizada  nos próximos dias, que preserva os requisitos distributivo, solidário e inclusivo que permeia o sistema de saúde, assistência e previdência, que consideramos a maior e melhor política social do perdido democrático", acrescentou.

Siqueira disse, ainda, que o partido reconhece a "necessidade" de reformar a Previdência e dar "maior sustentabilidade" ao INSS, mas não pode ser realizada "retirando ou diminuído direitos dos mais vulneráveis".

Questionado sobre a permanência no governo, Siqueira sinalizou que o partido não vai ficar negociando cargos pela reforma da Previdência.

"A sua pergunta de sair do governo, não é problema da direção partidária, uma vez que não indicamos nenhum nome para compor governo, embora estejamos colaborando com as propostas do governo, quando consideramos corretas, para superar a grave crise econômica que vive o nosso país", completou Carlos Siqueira.

O presidente do PSB disse ainda ser "oportuno" lembrar que, quando o PSB conversou com Temer à época da composição do governo, a legenda "fez questão" de dizer ao então presidente em exercício que teria "ampla liberdade" para escolher os integrantes do alto escalão e, por isso, a sigla não indicaria nomes.