4/10/2018

Estação Cocal

MPF diz que coronel Lima ajudava na arrecadação de propina, em especial a Michel Temer

Por Andréia Sadi e Marcelo Parreira, Brasília


Imagem do coronel Lima, no dia em que foi preso pela Polícia Federal; ele é suspeito de intermediar propina para Temer (Foto: Reprodução/TV Globo)
aditar denúncia apresentada contra o "quadrilhão do MDB", o Ministério Público Federal afirmou em documento que o coronel aposentado da Polícia Militar João Batista Lima Filho tinha, na suposta organização criminosa, a função de ajudar políticos, em especial o presidente Michel Temer, na arrecadação de propina.
O documento, ao qual o blog teve acesso, foi entregue pelo MPF à Justiça Federal de Brasília e foi aceito nesta segunda-feira (9). Com isso, o coronel Lima, e o advogado José Yunes, ambos amigos próximos de Temer, se tornaram réus por supostamente integrarem uma organização criminosa.
Lima chegou a ser preso pela Polícia Federal, acusado pela Procuradoria Geral da República (PGR) de ser um dos intermediários de propina que supostamente seria paga ao presidente Temer no caso do decreto de portos.
"Seu papel na organização criminosa era o de auxiliar os demais integrantes do núcleo político na arrecadação da propina, em especial seu líder, Michel Temer, conforme já narrado na peça acusatória", afirma o MPF no documento.
Segundo o Palácio do Planalto, "todas as atribuições do coronel João Batista Lima Sobrinho em campanhas do presidente Michel Temer sempre foram pautadas pela legalidade, lisura e correção" (leia a íntegra de nota ao final deste texto).
O blog buscava contato com o coronel Lima até a última atualização desta publicação.
O documento cita relatos de Ricardo Saud, ex-diretor da JBS, e do operador financeiro Lucio Funaro a respeito do coronel aposentado. Também relembra os documentos relacionados a Temer, encontrados na empresa Argeplan, de propriedade de Lima.
"Tais elementos indicam que João Baptista Lima Filho faz a gestão do recebimento de recursos e doações de campanha para Michel Temer há edécadas e corroboram tudo o quanto exposto acerca das condutas mais recentes do Coronel Lima no âmbito da organização criminosa", diz o Ministério Público.

Nota do Planalto

Leia a íntegra de nota divulgada pela Sercretaria de Comunicação da Presidência da República:
Todas as atribuições do coronel João Batista Lima Sobrinho em campanhas do presidente Michel Temer sempre foram pautadas pela legalidade, lisura e correção. Essa velha acusação volta a ser requentada hoje pelas autoridades sem que haja provas reais. Depoimentos continuam repletos de contradições e incoerências - inclusive com relação a outras delações já homologadas pela justiça, sem que se façam as confrontações. O assunto tem como único objetivo manter campanha difamatória contra o presidente sem que as investigações produzam fatos reais.
Ou seja, são apenas ficções em série.
Secom

Nenhum comentário:

Postar um comentário