PF realiza 2 operações contra desvios em fundos de aposentadoria
Uma é desdobramento da Lava Jato e envolve parceiros do ex-governador Sérgio Cabral; outra mira em fraudes em fundos de servidores municipais.
Fraudes em fundos de pensão são alvo de duas operações que a Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (12) em sete estados e no Distrito Federal.
A Operação Rizoma é um desdobramento da Lava Jato e investiga parceiros do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral; já a Operação Encilhamento apura desvios em 28 fundos de servidores de prefeituras.
Arthur Mário Pinheiro Machado foi preso em São Paulo (Foto: Leandro Cotrim/GloboNews)O empresário Arthur Machado é investigado nas duas frentes. Ele foi preso em São Paulo.
Fundos de pensão são uma opção de investimento para possibilitar uma aposentadoria complementar ao trabalhador. São oferecidos por empresas públicas e privadas aos empregados e também por associações. O Ministério Público investiga desvios desses fundos.
Operação Rizoma
- Cumpre mandados de prisão preventiva no Rio, em São Paulo e em Brasília. Dos 10 mandados expedidos, 7 já tinham sido cumpridos até as 18h, segundo a Polícia Federal
- É desdobramento da Lava Jato no Rio
- Segundo o Ministério Público Federal, os suspeitos fazem parte do esquema criminoso chefiado pelo ex-governador Sérgio Cabral
- Foram fraudados fundos como o Postalis, dos Correios, e Serpros, da empresa pública Serpro, de tecnologia da informação
- O MPF estima que o esquema gerou R$ 20 milhões em propina
- A PF investiga os crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção através de fraudes que geraram prejuízos aos fundos de pensão
- Um dos alvos é o empresário Arthur Pinheiro Machado, que já foi dono de corretora e tem mais de 100 empresas ligadas ao CPF dele. Ele foi preso em São Paulo
- Também foi preso o economista Marcelo Borges Sereno, ligado ao PT há muitos anos. Ele foi assessor especial da Casa Civil durante o governo Lula, na época em que José Dirceu era ministro da Casa Civil
- A defesa de Milton Lyra, apontado como operador do MDB no Senado, informou que ele se apresentou "voluntariamente" à PF no Rio no início da noite desta quinta
- A PF cumpriu um total de 21 mandados e busca e apreensão. Na casa de um dos operadores financeiros investigados foram apreendidos mais de R$ 400 mil em dinheiro
- A defesa de Arthur Pinheiro Machado e de Patricia Iriarte refuta, de forma veemente, qualquer relação entre os empresários e atos ilícitos. Informa que ambos sempre agiram no mais absoluto respeito à legislação e que não compactuam com práticas ilegais.
- Os advogados de Milton Lyra informam que "o empresário jamais participou de transações envolvendo o fundo Postalis". Ainda segundo os advogados, "quando passou a integrar o conselho de administração da empresa ATG, o fundo já havia decidido aportar recursos e transferido grande parte do investimento".
- A defesa afirma, ainda, que "Lyra confia que, ao analisar com serenidade as provas e os relatos, o Judiciário concluirá que a sua atuação empresarial em nada se relaciona às práticas investigadas".
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