Seis
dos nove estados da Amazônia Legal já pediram a ajuda das Forças Armadas no
combate aos focos de incêndio. As primeiras ações começaram neste sábado à
tarde (24), em Rondônia.
Dois
aviões modelo Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) sobrevoaram uma área de
floresta próxima a Porto Velho. Segundo a FAB, as ações deste sábado (24) ainda
não são parte do apoio oferecido pelo governo federal através da Garantia da
Lei e da Ordem (GLO).
Nesta
sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro autorizou o envio das Forças Armadas
para combater focos de incêndio.
Em
Belém está prevista uma reunião no domingo (25) entre representantes do governo
do Pará e do Comando Militar do Norte. Eles vão definir as estratégias da ação
conjunta dos Bombeiros e do Exército. As primeiras equipes devem ser deslocadas
para combater os incêndios florestais em quatro municípios do sudeste do
estado.
Na
próxima terça (27), os governadores da região amazônica irão se reunir em
Brasília com o presidente Jair Bolsonaro. Esse foi um dos pedidos feitos pelos
estados numa carta entregue na sexta-feira (23) à Presidência.
O
documento alertou que as queimadas se agravam a cada dia por causa da
velocidade do fogo, dificuldade de acesso às áreas atingidas e da falta de
recursos para combater as chamas. Os governadores também pediram apoio para
enfrentar o desmatamento ilegal e construir uma agenda para o desenvolvimento
sustentável na região.
“É
uma boa oportunidade de a gente unir as forças para uma estratégia de
desenvolvimento, de geração de empregos e oportunidades. Não basta só se
mobilizar um mês, dois, para combater as práticas ilegais e depois abrir a
guarda e não ter alternativa para a população em termos de desenvolvimento”,
disse o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT).
A
parte brasileira da Amazônia inclui os sete estados do Norte, Mato Grosso e uma
área do Maranhão. Amazonas, Amapá e Maranhão ainda não pediram ajudas das
tropas.
De
janeiro até agora, foram detectados mais de 57 mil focos de queimada na região,
o dobro do registrado no mesmo período em 2018.
As
tropas devem agir, especialmente, em áreas de fronteira e unidades de
conservação. No Pará, os focos se concentram em áreas de expansão agropecuária
perto da BR-163, onde também existem nove florestas e parques nacionais, além
de duas terras indígenas.
Na
manhã deste sábado, uma equipe da organização ambiental Greenpeace sobrevoou a
região e flagrou várias áreas sendo queimadas.
No
Amazonas, o fogo se espalhou por uma área próxima da rodovia Transamazônica, no
município de Lábrea.
No
Acre, o governo decretou situação de emergência. Há mais de um mês os moradores
de Rio Branco acordam com a paisagem cinzenta.
Em
Senador Guiomard, perto da capital, Bombeiros não conseguiram evitar que mais
de dez hectares de mata fossem destruídos.
Em
Mato Grosso, Bombeiros mantêm a vigilância no Parque Estadual Águas de Cuiabá.
Uma aeronave lançou 20 mil litros de água para combater as chamas.
No
Tocantins, helicópteros ajudaram os brigadistas a combater os focos de
queimadas em uma serra na região de Palmas.
O
presidente da Argentina, Mauricio Macri, ligou para o presidente Jair Bolsonaro
e colocou à disposição 200 bombeiros para ajudar no combate aos focos de
incêndios na Amazônia. E o Banco de Desenvolvimento da América Latina disse que
vai doar cerca de 500 mil dólares para combater queimadas em países
sul-americanos, entre eles Brasil e Bolívia.
Fonte: O Globo
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