Preço do
petróleo é o menor em cinco anos
Valor da commodity cai quase pela
metade em apenas seis meses e alcança menor patamar desde maio de 2009.
Economia dos Estados Unidos sai ganhando, e exportações da Rússia são
prejudicadas com a tendência.
Os preços do barril de petróleo
voltaram a cair nesta sexta-feira (12/12), alcançando os menores valores em
cinco anos. O mercado foi fortemente influenciado por um relatório da Agência
Internacional de Energia (AIE), que prevê preços ainda mais baixos em 2015 por
causa do recuo na demanda e do aumento na oferta. Com sede em Paris, a AIE
orienta as políticas energéticas dos países industrializados.
O petróleo Brent caiu para menos de
62 dólares o barril em Londres, e o petróleo americano WTI, negociado em Nova
York, ficou abaixo da marca de 58 dólares nesta sexta-feira. Durante a semana,
a queda do Brent foi de mais de 7 dólares, quase 11%. O WTI recuou cerca de 8
dólares, ou 12%.
Nos últimos dias, o aumento das
reservas nos Estados Unidos e a declaração da Arábia Saudita, maior exportador
mundial, de que não diminuirá sua produção, se refletiram nos preços. Nesta
sexta, a AIE previu que a procura por petróleo em 2015 deverá aumentar em 900
mil barris por dia, uma diminuição de 230 mil barris em relação à previsão
anterior, e ficar em 93,3 milhões de barris.
O petróleo está em queda a seis
meses, influenciado em grande parte pela elevada produção de petróleo de xisto
dos Estados Unidos. O nível atual de preços é o mais baixo desde maio de 2009.
A queda é de cerca de 45% desde junho, quando o barril do Brent custava 115
dólares e o do WTI, 107 dólares.
A elevada queda no preço do petróleo
tem grandes implicações geopolíticas. A Rússia, que sofre com sanções impostas
pelo Ocidente por causa da anexação da Crimeia e do conflito no leste da
Ucrânia, depende em grande parte de suas exportações do ouro negro. O mesmo
vale para a Venezuela, cuja economia está em crise há meses.
Já a economia dos Estados Unidos está se beneficiando dos menores custos
de energia. A China, maior consumidor mundial de energia, também sai ganhando.
Desde julho, o preço dos combustíveis no país já teve oito reduções.
Fonte:Terra
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