5/18/2018

Estação Cocal

Wellington Dias critica privatização da Eletrobras e cortes no Bolsa Família

Declaração foi feira durante 9º Fórum de Governadores do Nordeste, realizado em Recife

Da Redação do Portal AZ



Reunidos em Recife (PE), nesta sexta-feira (18), os gestores estaduais do Nordeste se comprometeram em promover ação conjunta contra as políticas de privatização e de cortes de verbas destinadas a programas sociais, promovidas pelo presidente da República, Michel Temer (MDB). O foco dos governadores será a privatização do sistema elétrico e a suspensão de inúmeros benefícios do Bolsa Família.
Presente no encontro (9º Fórum de Governadores do Nordeste) o governador do Estado do Piauí, Wellington Dias (PT), cobrou “mais responsabilidade na defesa do sistema elétrico”.
“Não é razoável esse processo atabalhoado, no final de mandato, numa situação cheia de problemas de ordem legal. Veja o caso do próprio Piauí; estão vendendo um sistema sem antes pagarem a nossa Cepisa. Temos a preocupação sobre o impacto que isso vai causar para a população. Todos os estudos apontam que haverá um aumento considerável na alíquota de mais 17%. Fazemos a defesa da suspensão e para que haja um diálogo e, a partir desse diálogo para encontrarmos o melhor caminho”, criticou o governador.
A privatização, que engloba a Eletrobras e mais seis subsidiárias, deveria acontecer no final do mês passado, mas acabou sendo adiada. O Governo Federal não definiu nova data para retomar a discussão sobre a questão.
Ao comentar os cortes no Bolsa Família, Dias foi ainda mais duro com Temer. “O Governo fez o primeiro corte de mais de 500 mil Bolsas Famílias; agimos e conseguimos trazer de volta. Agora mais 392 mil famílias foram retiradas do Bolsa Família. É preciso uma reação. Essa é o suprassumo das dificuldades, da falta de sensibilidade no momento que estamos vivendo dentro do Brasil. As defensorias dos estados devem fazer uma ação conjunta na defesa das famílias mais pobres.”, pontuou Wellington.
Veja entrevista com Wellington Dias (Fonte: Alexandra Vieira):

Royalties do petróleo

Com relação à redistribuição dos royalties de petróleo, outro tema debatido no Fórum, a proposta é solicitar Supremo Tribunal Federal, através da ministra Cármen Lúcia, uma audiência para se chegar a um entendimento que beneficie os estados nordestinos.
“Em relação ao Supremo acho que é importante também que a bancada federal peça uma audiência, como nós vamos pedir, com a ministra Cármen Lúcia. É preciso também que as câmaras municipais estabeleçam uma posição em direção ao Supremo para que tenhamos prioridade nessas ações”, solicitou Dias.
Há seis anos o movimento municipalista aguarda uma decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a redistribuição dos recursos arrecadados com a exploração dos royalties de petróleo, suspensa por decisão da ministra Cármen Lúcia.
Enquanto nada é definido os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo continuam com o direito de receber cerca de R$ 38 bilhões para divisão. Rio de Janeiro e Espírito Santo ficam com a maior fatia: 90% do valor. De acordo com dados da Confederação Nacional de Municípios (CNM) os municípios e os estados deixaram que ficaram de fora da redistribuição deixaram de receber R$ 43,7 bilhões, em valores de março de 2018.
No encontro também foi redigida a Carta dos Governadores do Nordeste e de Minas Gerais em Defesa do Federalismo e do Rio São Francisco.
Veja a Carta na integra:

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