Impasse entre Dilma e o PMDB prolonga reforma ministerial
Presidente discute com Lula em SP a relação com o partido aliado
08/02/2014 - 15:45
A última semana em Brasília mostrou mais uma vez como é sensível a relação entre a presidente Dilma Rousseff e as várias alas do PMDB, principal sócio do PT no governo federal. Na busca de uma solução para o mais novo impasse político, com vista às eleições de outubro, Dilma aproveitará uma viagem a São Paulo, na próxima segunda-feira, para se aconselhar com seu mentor político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Até lá, a presidente vem tratando da mudança de cadeiras nos ministérios com outros partidos. É esperado que nas próximas semanas Dilma receba representantes de legendas que ainda não compõem a base aliada, mas que ganharão espaço em troca de apoio na corrida presidencial.
A propósito, Mercadante já mudou o perfil da Casa Civil, agora mais política, e tem sido consultado pela presidente nas discussões sobre a reforma ministerial, ao lado do chefe de gabinete de Dilma, Giles Azevedo. Fontes ligadas à presidente minimizam a guerra entre os partidos e veem normalidade na disputa por mais espaço na Esplanada. “É uma relação tensa, mas é normal de cada um querer ter mais espaço”, afirmou outro auxiliar da presidente.
Rebelião na Câmara A bancada do PMDB na Câmara lidera a legião de descontentes da sigla com a reforma ministerial do governo Dilma. Na quarta-feira, deputados da legenda passaram a tarde reunidos e decidiram abrir mão de indicar nomes para a composição do governo. O PMDB da Câmara é responsável por dois ministérios da fatia do partido no Executivo: Agricultura e Turismo.
“A razão desta decisão deve-se a disputas políticas públicas por cargos, em que preferimos deixar a presidenta à vontade para contemplar outros partidos em função das suas conveniências políticas e/ou eleitorais”, divulgaram os deputados em nota após o encontro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário