10/30/2014

Estação Cocal

Renan Calheiros disse que está faltando interlocução para uma convergência nacional

Ele falou sobre pauta bomba, juros, indexador dos Estados, compromissos e outros assuntos

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

(Brasília-DF, 30/10/2014)  O Governo Federal está preocupado com o Congresso Nacional num momento em que falta organização na base governista e a oposição se mostra aguerrida.  O senador Renan Calheiros(PMDB-AL) falou longamento aos jornalistas no início da tarde desta quinta-feira,30 de outubro.  Ele disse que as pessoas envolvidas com as eleições devem descançar, mas a construção de uma convergência nacional não vai cair do Céu. Reconhece que falta interlocução política e fala do papel do Senado neste momento.
Renan disse, na longa coletiva que concedeu aos jornalistas que cobrem o Senado Federal, que a Casa não vai levar adiante uma pauta-bomba que atinge as contas públicas e que a votação do indexador da dívida dos Estados na semana que vem, o primeiro item da pauta, era um compromisso e não tem relação nenhuma com a revogação do decreto dos conselhos populares, que deverá ser derrubado no Senado, como o próprio Renan Calheiros falou à Política Real, ontem,29.
Veja os melhores momentos da coletiva que começou tratando da votação do indexador da dívida  dos estados, que deve atender os interesses de municípios, também.
“Nós vamos colocar a troca do indexador porque há um acordo com relação a esse calendário. Nós nos comprometemos que tão logo passasse o segundo turno das eleições, nós colocaríamos a troca do indexador”, disse, inicialmente, provocado pelos jornalistas.
Ele falou sobre a preocupação do Palácio do Planalto com uma pauta-bomba, e mesmo sendo Presidente de um Congresso que tem governo e oposição, falou de compromisso com o Governo Federal.
“Do ponto de vista do Senado: muito pelo contrário. Nós temos uma aliança e essa aliança vai preponderar, haja o que houve.  Agora, aliança não significa pensar igualmente sobre tudo. Aliança não é isso”, disse
Ele comentou sobre o aumento da taxa selic em 0,25%, logo depois das eleições.
“ É, mas isso nos remete a uma outra discussão que é a independência do Banco Central. É preciso levar isso em conta.”, disse, evitando discutir o mérito politico da questão.
Os jornalistas voltaram a insistir com o assunto pauta-bomba face a tendência do Senado também rifar os conselhos populares já derrubados pela Câmara com a aprovação de um decreto de revogação proposto pela oposição.
“ Absolutamente, não há aqui no Senado essa preocupação. Não haverá pauta bomba. Nós temos preocupação com o equilíbrio fiscal. O que há com relação com a troca do indexador, apenas, é que havia um compromisso que, logo depois das eleições, esse projeto, que foi mandado pelo Governo, seria apreciado”
Já ao final da entrevista, Renan Calheiros, já deixando o Salão Azul, ele foi questionado sobre a possibilidade do Senado votar também o Orçamento Impositivo que poderá ser votado na Câmara e poderá volta para a Senado.  Neste momento, ele mudou de assunto e disse que os envolvidos na eleição deveriam descançar.
“ Eu acho que chegou a hora de nós esfriarmos os ânimos. Passaram as eleições. As pessoas que estiveram envolvidas nelas, eleições, precisam descançar um pouquinho. É hora de construir uma convergência, uma agenda nacional, mas isso não vai cair do Céu. Isso terá que ser construído por uma boa interlocução”, disse.
Imediatamente, ele foi questionado se estaria faltando interlocução nacional.
“…de lado a lado, eu acho que definitivamente nós precisamos conversar.  Essa interlocução precisa estar mais presente, de lado a lado. O Congresso sempre fez a sua parte. Nós estamos vivendo o periodo republicano mais longevo de democracia - nós já alteramos bastante a Constituição, respondemos da forma que a Sociedade( queria) as crises, depois das manifestações votamos uma longa pauta, principalmente aqui no Senado. Nós vamos fazer o que nós pudermos, mas a construção  de uma convergencia, de uma agenda nacional, a criação de um momento novo de união nacional precisa de conversas, lado a lado, mesmo que as pessoas não concordem com algumas coisas elas precisam conversar. Conversa, como todos sabem, não arranca pedaço”, finalizou.
( da redação com informações e edição de Genésio Araújo Jr)

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