Estação Cocal

Henrique Eduardo Alves é motivo de preocupação para o Palácio do Planalto; Mercadante quis saber sobre a pauta bomba que poderia vir

Henrique disse que votação do FPM será na semana que vem

Rodolfo Stuckert/Câmara dos Deputados

Henrique Alves falou com jornalistas hoje, pela manhã

(Brasília-DF, 30/10/2014)  O Governo Federal está preocupado com a relação com deputado e presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves(PMDB).  Hoje, 30, ele foi recebido, ainda pela manhã, pelo Ministro Chefe da Casa Civil, Aloízio Mercadante.  O Governo vem sofrendo reveses no Congresso Nacional, especialmente na Câmara, desde o retorno dos parlamentares após o segundo turno das eleições.  Ao chegar à Câmara, pela manhã, Henrique falou aos jornalistas, em coletiva, sobre diversos assuntos.  Disse que tinha responsabilidade com o país, com vista a tocar uma possível “pauta bomba”, mas garantiu que vai colocar para votar o Orçamento Participativo e o aumento do Fundo de Participação dos Municípios(FPM).

“Foi uma conversa institucional, muito respeitosa como sempre.”, começou, de hábito, com suas frases protocolares.   “O ministro Mercadante foi dessa Casa, sabe muito bem as demandas e pressões desta Casa, entende bem as demandas do Legislativo. A preocupação que ele revelou com a questão do final do ano com questões fiscais que preocupam muito em votações que venham, portanto,  comprometer e colocou apenas como ponderação, pedindo que pudesse informar quais seriam as pautas que essa casa gostaria de votar, fiquei de remeter alguns pleitos que estao aqui, apenas isso.”, disse, ao chegar a Câmara Federal, pela manhã após encontro com o ministro chefe da Casa Civil, no Planalto.

Henrique foi questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade do plenario da Câmara votar o Orçamento Impositivo, ainda este ano.  Ele disse que é seu desejo, sim, e informou a Mercadante.

“Eu disse a ele que queria deixar esta Casa com esta matéria votada -  há um destaque supresivo em relação a saúde, que parte da oposição quer alterar, e a medida voltará ao Senado.  Vou conversar com a oposição para ver se chegamos a um entendimento e quero ver se consigo manter o texto do Senado”, informou

Na coletiva, os jornalistas queriam saber se o Ministro-chefe da Casa Civil o inquiriu sobre a inclusão da proposta que aumenta o salário dos inativos, que o Governo Federal tem pavor.

“Não pontuou. Só (Mercadante) perguntou qual era a pauta que pretendia votar, eu fiquei de relacionar do ponto de vista institucional.  A Casa quer... mas vou discutir com os lideres. Não pode ser decisão solitária, não”, disse.

Henrique confirmou, para Mercadante, que o aumento do Fundo de Participação dos Municípios(FPM) vai entrar em pauta, sim.

“Certamente,(FPM) entrará porque a situação dos municípios hoje é dramática, insustentável receberam muitas demandas, muitas obrigações, contrapartidas, estao sem orçamento, sem autonomia, e a aprovação de 1%, e certamente vamos votar na próxima semana”, disse, efetivo.

Ele foi questionado se essas medidas não iriam criar muito impacto econômico.  Ele disse que não cometeria irresponsabilidades.

“Eles(Governo) sabem da minha responsabilidade. Eu não seria irreponsável com a vida longa que tenho nesta Casa, conhecedor dos problemas do país - não cometeria nenhum ato de irresponsabilidade neste momento”, disse.

 ( da redação com informações e edição de Genésio Araújo Jr)