6/02/2015

Estação Cocal

“São monstros”, diz mãe de vítima de tragédia em Castelo do Piauí


Por Dulce Furtado

Fotos: Wilson Nanaia 

“Minha filha vai vencer e vai passa por mais esse problema”, afirmou Maria Nogueira de Sousa, mãe de uma das quatro adolescentes vítimas de estupro e tortura em Castelo do Piauí no último dia 27 de maio. A declaração da dona de casa foi feita durante um ato simbólico realizado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde um grupo de jovens entregaram flores e apoio as famílias das vítimas. 

O ato denominado “Flores Para Elas” foi idealizado por um grupo de jovens teresinenses, que sensibilizados com a tragédia, decidiram se juntar e arrecadar dinheiro para as famílias das vitimas, além de dar apoio psicológico e moral. “Tudo começou com um grupo de amigos no WhatsApp e depois todos queriam participar. Hoje já são mais de 100 pessoas que estão se solidarizando com a causa”, afirmou umas das organizadoras da ação, Aline Raquel. 

Segundo a mãe Maria Nogueira de Sousa, o apoio e muito importante para ela e para as outras famílias, que ainda não conseguem lidar com a tragédia que vem assombrando suas vidas. “Foi uma tragédia que não tem como descrever. Não sei o que esses brutos tinham no coração deles. São uns monstros”, declarou a dona de casa.

A solidariedade dos jovens em prol as famílias das adolescentes de Castelo vem ajudando ainda outras famílias de forma indireta. Nesta segunda-feira (01), após uma campanha de doação de sangue para uma das vítimas, mas de 280 pessoas doaram sangue para o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado (Hemopi). “Os médicos nos informaram que a doação de quatro pessoas já era suficiente, mas depois de nossa campanha mais de 280 pessoas doaram. É uma alegria muito grande ver todo mundo mobilizado por uma boa causa”, informou Aline Raquel. 

Mobilização em prol as mulheres


A delegada Vilma Alves, titular da delegacia da Mulher de Teresina, também se juntou a causa e organizou nesta terça-feira (02) um ato de repúdio pela tragédia. Com a participação de varias mulheres, a delegada afirma que o sentimento e de repudio, indignação, revolta e dor. 

“Essas meninas forma torturadas e depois de um todo o cenário de violência elas foram jogadas de abismo abaixo, como se fosse lixo, como se não prestassem. Nós estamos aqui hoje para dizer que prestam sim. Nós somos mulheres, somos cidadãs e temos valores”, declarou a delegada.




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