4/07/2016

Estação Cocal


Ministro rebate delatores da Andrade e nega propina em doação para Dilma

Edinho Silva (Comunicação) falou sobre depoimentos de ex-executivos.
Ministro atuou como coordenador financeiro da campanha de 2014.

Filipe MatosoDo G1, em Brasília

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, rebateu nesta quinta-feira (7) delatores da Operação Lava Jato e negou que a campanha da presidente Dilma Rousseff de 2014 tenha recebido propina em forma de doações legais por meio da empreiteira Andrade Gutierrez. Edinho atuou como coordenador financeiro na campanha petista.
Em depoimento no acordo de delação premiada, o ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Marques de Azevedo e o ex-executivo Flávio Barra afirmaram que aempresa pagou propina em forma de doações legais para as campanhas de Dilma em 2010 e em 2014.

"Quero, nesta oportunidade, reafirmar a forma lícita, a forma transparente com que a campanha da presidenta Dilma arrecadou em 2014. Se o conteúdo da delação divulgado pela imprensa existe, ele não tem lastro na verdade", declarou Edinho Silva.

Durante a entrevista, Edinho Silva também voltou a afirmar que as contas da campanha de Dilma foram aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitora. "É impossível você colocar sob suspeita uma doação que é legal, uma doação que saiu do caixa de uma empresa de forma declarada, e essa doação foi aprovada pelo TSE", disse. "A empresa doou na mesma média que as demais empresas que fizeram doações para a campanha da presidenta Dilma", completou.

As informações foram publicadas pelo jornal "Folha de S. Paulo" nesta quinta e confirmadas pelo Bom Dia Brasil – as delações foram homologadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, relator da Lava Jato na corte.
Segundo a reportagem, os delatores disseram que a propina era oriunda de obras superfaturadas da Petrobras e do setor elétrico, e o esquema de pagamentos ganhou maior escala a partir das obras da usina de Belo Monte. Entre as obras listadas com pagamento de propina estão estádios da Copa do Mundo: o Maracanã, no Rio, a Arena Amazônia, em Manaus, e o Mané Garrincha, em Brasília.

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