3/07/2016

Estação Cocal

Dólar fecha em alta após a maior queda semanal desde 2008

Mercado segue atento a cena política; cena externa e BC influenciaram.
A moeda norte-americana subiu 0,88%, vendida a R$ 3,7937.

Do G1, em São Paulo

Após abrir em queda, o dólar virou e passou a operar em alta nesta segunda-feira (7), fechando com valorização. A alta acontece após a moeda marcar a maior queda semanal desde 2008, reflexo da maior probabilidade atribuída pelos investidores de que a presidente Dilma Rousseff não conclua seu mandato.

O mercado de câmbio também foi influenciado pelo quadro externo positivo e pela decisão do Banco Central brasileiro sobre seu programa diário de interferêcia no câmbio de manter a oferta de swaps cambiais para rolagem, após vender parcialmente o lote oferecido na sessão passada.
A moeda norte-americana subiu 0,88%, vendida a R$ 3,7937. Veja a cotação do dólar hoje. O dólar atingiu R$ 3,7977 na máxima do dia e R$ 3,7350 na mínima.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, queda de 0,01%, a R$ 3,7601.
Às 9h19, queda de 0,26%, a R$ 3,7506.
Às 9h39, queda de 0,38%, a R$ 3,7463.
Às 10h09, queda de 0,01%, a R$ 3,7601.
Às 10h39, alta de 0,44%, a R$ 3,7773.
Às 11h19, alta de 0,3%, a R$ 3,7721.
Às 11h49, alta de 0,06%, a R$ 3,7632.
Às 12h36, alta de 0,14%, a R$ 3,7662.
Às 13h40, alta de 0,30%, a R$ 3,7720.
Às 14h36, alta de 0,7%, a R$ 3,7821.
Às 15h49, alta de 0,81%, a R$ 3,7912.
Às 16h40, alta de 0,79%, a R$ 3,7905.

"O embalo doméstico foi muito forte, há uma certa euforia. Devemos ver alguma realização de lucro de recomposição de posições nesta semana", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold à agência Reuters.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi levado para depor na sexta-feira em nova etapa da operação Lava Jato sob suspeita de ser beneficiário de crimes envolvendo a Petrobras, aproximando ainda mais a investigação do atual governo.
A reação do dólar foi engatar em forte queda frente ao real, já que muitos investidores entendem que eventual troca do governo resultaria em um quadro mais favorável à recuperação da economia brasileira, de acordo com a Reuters. Alguns operadores ponderam, porém, que essas incertezas políticas prejudicam ainda mais a governabilidade do país.
Nesta sessão, a alta dos preços do petróleo e das ações chinesas, após diversas autoridades da China garantirem que a economia vai permanecer sólida, sustentavam o bom humor nos mercados externos.
Ação do BC 
Na sexta-feira, o Banco Central vendeu apenas 8 mil dos 9,6 mil swaps cambiais ofertados em leilão para rolagem dos contratos que vencem em abril, equivalentes a US$ 10,092 bilhões.

A decisão afastou a moeda norte-americana das mínimas da sessão passada, quando chegou a recuar à casa dos R$ 3,65, e alimentou expectativas de que o BC poderia reduzir o ritmo das ofertas nos dias seguintes.
Após o fechamento, porém, o BCanunciou para este pregão leilão com a mesma oferta de até 9,6 mil contratos. “O BC indicou que está disposto a diminuir a rolagem quando as condições permitirem, mas talvez esta não seja a hora. Acho que ele sabe que o mercado deve continuar volátil, é bom manter a oferta de proteção”, disse à Reuters o operador de um banco nacional.

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