3/04/2016

Estação Cocal

Ex-presidente Lula participa de ato no Sindicato dos Bancários, em SP

Lideranças estimulam a militância a ir para a rua defender o ex-presidente.
Lindbergh também disse que o episódio também acendeu a militância.

Roney DomingosDo G1 em São Paulo






O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de um ato no Sindicato dos Bancários, no Centro de São Paulo, na noite desta sexta-feira (4). Centenas de militantes do PT participam do evento. Os discursos de lideranças estimulam a militância a ir para a rua defender o ex-presidente.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, também está no local e  lamentou a condução coercitiva de Lula. "Foi um golpe no estado democrático de direito", disse.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, participa de ato em apoio ao ex-presidente Lula na sede dos Sindicato dos Bancários  (Foto: Roney Domingos/G1)O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, participa de ato em apoio ao ex-presidente Lula na sede dos Sindicato dos Bancários (Foto: Roney Domingos/G1)
O senador Lindbergh Farias disse, sem citar nomes, que os responsáveis pela Operação Lava Jato deram um tiro no pé, porque até mesmo ministros do Supremo Tribunal Federal condenam a condução coercitiva a que Lula foi submetido. Lindbergh também disse que o episódio também acendeu a militância. "A gente tem que tem força para ir para a rua", afirmou.
"Pisaram no rabo da cobra e agora vão ver o veneno da cobra", disse o presidente municipal do PT em São Paulo. "Vamos colocar todos na rua para dizer não ao golpe", afirmou.
O presidente do PT, Rui Falcão, diz que os militantes devem se mobilizar contra um embrião de estado de exceção. "Vamos pisar na cabeça dos que atentam contra a democracia", disse.
Plenária de apoio ao ex-presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, na quadra do Sindicato dos Bancários, em São Paulo  (Foto: Suamy Beudoyn/Futura Press/Estadão Conteúdo)Plenária de apoio ao ex-presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, na quadra do Sindicato dos Bancários, em São Paulo (Foto: Suamy Beudoyn/Futura Press/Estadão Conteúdo)
O senador Humberto Costa disse que o PT precisa pedir ao STF uma manifestação de independência para condenar a decisão do juiz Sérgio Moro e defendeu que o partido lute em todas as trincheiras contra o golpe.
O presidente da CUT, Vágner Freitas, saudou a unidade da esquerda e disse que a Central não vai permitir golpe. "Tudo na vida tem limite e hoje ultrapassou-se esse limite. Erraram o golpe e agora nos vamos pra cima deles, na rua. Aceitamos as regras do jogo, mas não venham nos destruir. Não vamos ser derrotados e ficar olhando. Vamos para um processo de enfrentamento pela democracia e contra o golpismo", afirmou.
Depois do ato na quadra dos bancários deve acontecer uma passeata até a Praça da Sé, que fica a 200 metros do local.
Manifestantes pró-Lula concentrados na entrada do Sindicato dos Bancários (Foto: Lívia Machado/G1)Manifestantes pró-Lula concentrados na entrada do Sindicato dos Bancários (Foto: Lívia Machado/G1)
 Investigações
De acordo com o Ministério Público Federal (PMF), a ação foi deflagrada para aprofundar a investigação de possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro oriundo de desvios da Petrobras, praticados por meio de pagamentos dissimulados feitos por José Carlos Bumlai e pelas construtoras OAS e Odebrecht ao ex-presidente Lula e pessoas associadas.
Há evidências de que o ex-presidente recebeu valores oriundos do esquema Petrobras por meio da destinação e reforma de um apartamento triplex e do sítio em Atibaia, da entrega de móveis de luxo nos dois imóveis e da armazenagem de bens por transportadora. Também são apurados pagamentos ao ex-presidente, feitos por empresas investigadas na Lava Jato, a título de doações e palestras.
No dia 29 de fevereiro, o procurador da República Deltan Dallagnol enviou uma manifestação à ministra Rosa Weber, doSupremo Tribunal Federal (STF), defendendo que uma investigação em curso sobre propriedades atribuídas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja mantida dentro da Operação Lava Jato, a cargo do Ministério Público Federal no Paraná.
Coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, Dallagnol destacou que possíveis vantagens supostamente recebidas por Lula de empreiteiras teriam sido repassadas durante o mandato presidencial do petista.
A Rua Tabantinguera, onde fica o Sindicato dos Bancários, foi fechada. Grupo acompanha ato do lado de fora. (Foto: Lívia Machado/G1)A Rua Tabantinguera, onde fica o Sindicato dos Bancários, foi fechada. Grupo acompanha ato do lado de fora. (Foto: Lívia Machado/G1)
Ato no Sindicato dos Bancários, em São Paulo (Foto: Roney Domingos/G1)Ato no Sindicato dos Bancários, em São Paulo (Foto: Roney Domingos/G1)

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