8/25/2015

Estação Cocal

Edição do dia 25/08/2015
Jornal Nacional

Proposta que altera a cobrança do PIS/Cofins é motivo de discussão

PIS e Cofins ajudam a financiar Previdência e Seguro Desemprego. Cálculo das contribuições varia de acordo com a natureza e o tamanho do negócio.

Em São Paulo, representantes de empresas e associações comerciais discutiram nesta terça-feira (25) a proposta do governo que altera a cobrança do PIS/Cofins.
Pagos por empresas de todos os setores, PIS e Cofins ajudam a financiar a Previdência Social e o Seguro Desemprego. O cálculo das contribuições varia de acordo com a natureza e o tamanho do negócio.
A soma das alíquotas de PIS e Cofins vai de 3,65% a 9,25% do faturamento. O governo estuda mudanças, que visariam simplificar os cálculos e a vida das empresas.
Nesta terça-feira (25), em um seminário na Associação Comercial de São Paulo, a insatisfação era geral. O projeto do governo ainda não foi divulgado, mas as entidades reunidas temem que o que está sendo anunciado como simplificação do sistema signifique, na verdade, um aumento na tributação.

Pela proposta em estudo, vários setores - como construção civil e serviços - migrariam para a alíquota maior, de 9,25%. E haveria um sistema de compensação. Mas os empresários argumentam que nesses setores, onde a principal despesa é a mão de obra, que não é um insumo, não seria possível oferecer desconto, como os que existem na indústria.

O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, IBPT, calcula que 1,5 milhão de empresas poderiam ser afetadas, gerando uma arrecadação extra de R$ 50 bilhões para o Governo.
“O Governo coloca uma proposta que nos denominamos um ‘boi de piranha’ para que a sociedade pense que haverá uma simplificação do sistema, mas o que pretende efetivamente é aumento de arrecadação, aumento de carga tributária”, afirmou Gilberto Luiz do Amaral, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.
“Nós vamos emitir um manifesto, colher a assinatura de todas as entidades que aqui estiverem, e marcar uma audiência com o presidente da Câmara dos Deputados e com o presidente do Senado para que fique consagrado a rejeição de qualquer aumento de tributos”, declarou José Maria Alcazar, vice-presidente da Associação Comercial de SP.

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