Por Fernanda Cruz
O ministro da Justiça e
Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou hoje (1o) que não será no seu
“turno” como ministro que a operação Lava-Jato vai retroceder. Moro participou
do evento de lançamento do livro Corrupção: Lava-Jato e Mãos Limpas na
sede do Jornal O Estado de São Paulo, na capital paulista.
“Houve um grande avanço [com
a Lava-Jato], agora, é importante que nós transformemos isso num padrão de
comportamento, ou seja, que as pessoas tenham mais certeza de que se elas
cometerem crimes no âmbito da administração pública, elas vão ser descobertas,
investigadas e, se provada a culpa, vão ser punidas. É para isso que nós temos
trabalhado”, declarou o ministro.
Pacote anticrime
Moro preferiu não prever
datas para a análise por parte do Congresso ao projeto de lei
anticrime. “Temos conversado com parlamentares e lideranças de ambas as
casas [Câmara dos Deputados e Senado]. O desejo, evidentemente, do governo é
que seja aprovado, discutido e, eventualmente, alterado e aprimorado o mais
rápido possível. Agora, o tempo do Congresso pertence ao Congresso. O que eu
tenho sentido, porém, em conversas com parlamentares é uma grande
receptividade. É uma questão de ajustar o debate e o diálogo”, disse Moro.
Coaf
O ministro justificou a
transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), antes vinculado
ao extinto Ministério da Fazenda, para o seu ministério. De acordo com ele, o
órgão sobrecarregaria o ministério da Economia. Ainda, para Moro, o Coaf estava
negligenciado nos governos anteriores e a mudança permitiu corte de cargos na
área administrativa, que foram direcionados para a área fim. Ele destacou que o
órgão vai manter o seu caráter de inteligência.
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