12/17/2015

Estação Cocal


Hospitais do interior do PI estão há mais de sete anos sem reformas

Em audiência, MP-PI cobra, investimentos por parte do Governo do Estado. 
Sesapi se comprometeu a dar auxílio financeiro e estrutural aos municípios.

Do G1 PI

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No Piauí, muitos hospitais estão sem qualquer reforma, ampliação e aquisição de novos equipamentos há mais de sete anos. A denúncia foi feita pelo Conselho Municipal de Secretários de Saúde do Estado (Cosempi) em audiência pública na sede do Ministério Público do Piauí, emTeresina, intermediada pela promotora Claudia Seabra. Prefeitos e gestores da saúde participaram da reunião que aconteceu nesta quinta-feira (17).
“Temos dificuldades não só de recursos financeiros, mas também de qualificação de pessoal. A estrutura física da grande parte dos municípios do Território entre Rios (mais de 1 milhão de habitantes) sem reforma há mais de sete anos”, afirmou Leopoldina Cipriano, presidente do Cosempi.
Os prefeitos afirmaram que com baixos repasses, os hospitais correm o risco de pararem de vez de atender à população. De acordo com o prefeito de Monsenhor Gil, Francisco Pessoa, nem mesmo um parto normal o hospital da cidade é capaz de realizar, o que sobrecarrega os centros de saúde de Teresina.
“Nós só recebemos R$ 11 mil como todos os outros hospitais pequenos. Não temos estrutura e condições de realizar um parto cesariano ou uma cirurgia até porque não temos também uma sala de parto montada”, relatou.
O Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), se comprometeu a dar o auxílio financeiro e estrutural necessário aos municípios.
"A proposta que está se construindo não é buscar bloqueio de repasse. O que a Sesapi quer é criar condições para que essa parceria entre os municípios e o Estado dê certo para viabilizar condições de aumentar o grau de resolutividade”, assegurou Francisco Costa, secretário estadual de Saúde.
Ao fim da audiência, ficou firmado que os promotores dos municípios vão ser responsáveis por fiscalizar a contrapartida do governo estado nos hospitais municipais de pequeno e médio porte.
“Nós ouvimos as dificuldades das cidades para melhor estruturar as maternidades e queremos o compromisso do Estado para cada um desses hospitais em termos de financiamento, recursos humanos e equipamentos”, arrematou a promotora Cláudia Seabra, Coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde.

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