12/16/2015

Estação Cocal

Banda toca 'Amigos para sempre' em evento com Dilma e Temer


A presidente Dilma Rousseff e o vice Michel Temer participaram nesta quarta-feira (16) de cerimônia militar no Clube do Exército, em Brasília. Durante a cerimônia, a banda militar tocou a música “Amigos para sempre”, após o momento em que Dilma e Temer cumprimentaram os oficiais generais das Forças Armadas.

Em seguida, os participantes do evento seguiram para o salão onde ocorreram os discursos e o almoço. Após as falas e antes da refeição, Dilma e Temer se cumprimentaram com beijo no rosto. Os dois se sentaram lado a lado durante o almoço.

Foi o primeiro evento público em que os dois aparecerem juntos desde que Temer enviou à presidente carta na qual apontou desconfiança da petista em relação a ele. 
O vice-presidente Michel Temer, ao lado da presidente Dilma Rousseff e do ministro da Defesa, Aldo Rebelo, durante cerimônia no Clube do Exército (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)O vice-presidente Michel Temer, ao lado da presidente Dilma Rousseff e do ministro da Defesa, Aldo Rebelo, durante cerimônia no Clube do Exército (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

Somente dois dias depois do vazamento do conteúdo da carta – e após diversas conversas entre interlocutores da presidente e do vice –, Dilma e Temer se reuniram, por cerca de uma hora, no Palácio do Planalto.

O resultado da conversa entre eles foi o anúncio, por parte dos dois, de que a relação entre eles será "institucional" de agora em diante.

O desgaste na relação entre a presidente e o vice ocorre em meio à maior crise política vivida pelo governo desde que Dilma e Temer chegaram ao Palácio do Planalto, em 2011.

Além do processo de impeachment da petista autorizado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o governo vive as mais baixas taxas de popularidade – segundo pesquisa Ibope, 9% dos eleitores consideram a gestão "boa" ou "ótima", enquanto 70%, "ruim" ou "péssima".

O governo também enfrenta resistência de alas dissidentes do PMDB, que defendem a saída do partido do governo e o impeachment de Dilma.

Sobre o impeachment, a expectativa está em torno do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde desta quarta, de ação movida pelo PC do B na qual a legenda questionou atos de Eduardo Cunha no processo, como o que autorizou, por votação secreta, a eleição de uma chapa avulsa, composta por deputados da oposição e dissidentes da base, para compor a comissão especial destinada a analisar o processo.

Discurso
No evento, Dilma discursou antes do almoço e afirmou que o país precisa dos projetos estratégicos que estão em desenvolvimento nas Forças Armadas e assegurou que projetos prioritários não serão comprometidos com a necessidade de ajuste fiscal.

“Mesmo em momento de reequilíbrio fiscal, precisamos olhar sempre que revisões de prazos e adaptações não podem interromper um processo que as Forças Armadas têm levado a cabo”, disse.

A presidente afirmou, ainda, que a indústria de defesa ocupa um papel essencial em todos os países desenvolvidos.

O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, discursou antes da presidente e destacou o papel das instituições militares no Brasil.

“São instituições fundadoras da nossa nacionalidade, construtoras do estado brasileiro e criadoras de valores que cimentam a identidade mais profunda e o sentido de permanência da nossa nacionalidade. As instituições que ajudaram a criar a ideia de Brasil quando ela não existia. Ajudaram a fazer a escolha de um Brasil e não de dois, três ou mais Brasis”, afirmou.

Primeiro a discursar, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, disse que as Forças Armadas não são exaltadas pela busca do protagonismo e que estão “firmemente” dedicadas a contribuir para a estabilidade institucional.

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