1/17/2020

Duas alunas do Piauí tiraram nota máxima na redação do ENEM 2019


A estudante Vitória Castro, 19 anos, foi uma das estudantes do Piauí que conquistaram nota 1 mil na prova da redação do Enem 2019. Segundo ela, dois dos segredos para a nota máxima foram: fazer três redações por semana e estudar assuntos gerais de forma ampla, sem decorar temas específicos.
Vitória Castro, aluna nota 1000 na redação do Enem 2019 no Piauí. — Foto: Andrê Nascimento/G1
 “A gente nunca pensa que vai tirar uma bota nota, ainda mais nota 1 mil, mas eu estava confiante de que tinha feito uma bota redação. Quando vi o número na nota, fiquei muito feliz, corri pra falar pra todo mundo”, disse a candidata.
Vitória contou o que fez para obter a nota máxima: praticou muito. Essa foi a terceira vez que ela fez a prova e já tinha obtido 940 pontos no Enem em 2018.

“Fazia de duas a três redações por semana, no cursinho, em casa, e isso contribuiu muito, porque a prática leva à perfeição", disse Castro. "Alguns dos autores que li e citei na prova foram Gilberto Dimenstein, Milton Santos e John Locke.”

Gilberto Dimenstein é um escritor e jornalista brasileiro; Milton Santos foi um geógrafo brasileiro que ganhou, em 1994, o Prêmio Vautrin Lud de Geografia, na França, considerado o Nobel de Geografia. Ele foi o primeiro brasileiro a realizar este feito e faleceu em 2001. John Locke é um filósofo britânico e considerado um dos principais expoentes do liberalismo, autor da obra 'Dois Tratados do Governo Civil'.


A outra estudante avaliadas com nota 1 mil na redação do Enem no Piauí foi Letícia Silva, ela falou ao G1 que usou na prova o embasamento que adquiriu lendo autores clássicos como o escritor Machado de Assis e o filósofo alemão Immanuel Kant.
 
Letícia Silva, do Piauí, foi uma das alunas a obter nota 1000 na redação do Enem em 2019. — Foto: Letícia Silva/Arquivo pessoal
O professor de Letícia, Thiago Morais, disse que o foco da preparação dos alunos, durante o ano, foi a interpretação de texto. Além de Letícia, o professor já teve outros três estudantes com a nota máxima na prova em anos anteriores.


“Eu me preparei fazendo umas três redações por semana. Busquei ter embasamento em autores clássicos como Machado de Assis, de pensadores como Kant. No momento eu não lembro quais autores eu usei na prova, mas o tema permitia desenvolver e defender um ponto de vista, apesar de ter sido inesperado”, contou a estudante.

O professor da garota disse que ela, assim como os outros alunos do cursinho de redação, fez muitas leituras durante o ano e um dos focos foi a interpretação de texto. Segundo ele, muitos alunos não obtêm boas notas porque não entendem o que é pedido na prova.
Professor de redação, Thiago Morais. — Foto: Andrê Nascimento/G1


“Muitos alunos vão mal no Enem porque não conseguem interpretar o tema. Muitos, no ano passado, acabaram entendendo que [o tema, "democratização do acesso ao cinema no Brasil"] tratava de acessibilidade, eles entenderam errado e isso acabou com a redação deles. Em 2018, muitos também não conseguiram entender o tema ‘manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet’. Por exemplo, não entenderam o sentido da palavra ‘dados’, que é polissêmica, tem muitos sentidos, então ficaram em dúvida e também não foram bem”, disse o professor.

Letícia disse que nos anos anteriores, em que já fez a prova por duas vezes, tinha obtido 840 e 940 pontos. A jovem disse que pretende cursar medicina na Universidade Estadual do Piauí (Uespi).


Fonte: G1 PIAUÍ


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