foto: Jack Guez/AFP) |
Em
21 de novembro, o procurador-geral Avichai Mandelblit acusou Netanyahu de
"corrupção", "apropriação indevida" e "abuso de
confiança" em três casos diferentes, o que o premiê refuta e qualifica de
uma "caça às bruxas". O procurador lhe deu até 2 de janeiro para
apresentar um pedido de imunidade.
A
lei israelense prevê que todo ministro processado penalmente deve se demitir,
mas isto não se aplica ao primeiro-ministro. Embora Netanyahu possa se manter
no cargo, ele não goza de imunidade da Justiça e por isso a pediu à Knesset.
Armadilha"
O
pedido deve ser avaliado primeiro por uma comissão parlamentar, mas como o
Parlamento foi dissolvido com vistas às legislativas de 2 de março - as
terceiras em menos de um ano em Israel -, a solicitação de Netanyahu
terá que esperar o resultado da próxima votação para ser estudada.
Após
as eleições antecipadas de abril e setembro, nem Netanyahu nem Gantz
conseguiram reunir o apoio dos 61 deputados, que é o limite da maioria
parlamentar para formar um governo.
O
presidente Reuven Rivlin teve, então, que confiar esta tarefa ao Parlamento,
que tampouco pôde fazê-lo, empurrado o país a uma nova eleição.
Em
dezembro, Netanyahu anunciou que deixaria os postos de ministro - da
Agricultura, da Diáspora e da Saúde -, que exercia juntamente com o de premiê,
mas não informou que seguiria sendo chefe de governo.
No
domingo, nomeou o ultraortodoxo Yaakov Litzman ministro da Saúde.
Juristas
pediram ao Tribunal Supremo que se pronuncie sobre o direito de Netanyahu a
receber do presidente israelense o mandato de formar um governo apesar das
acusações que pesam contra ele.
Um
painel de três juízes da Corte ameaçou na terça-feira estudar o tema, sem
detalhar quando será anunciada sua decisão.
"Não
imagino nem por um instante que a Suprema Corte de Israel caia nessa armadilha.
Em uma democracia, só o povo decide quem pode chefiá-lo e ninguém mais",
escreveu no Twitter na terça-feira o primeiro-ministro.
Apesar
de seus problemas com a Justiça, Netanyahu, de 70 anos, venceu na semana
passada as primárias do seu partido, o Likud, com mais de 72% dos votos.
E
as primeiras pesquisas com vistas ao pleito de 2 de março indicam que os
eleitores israelenses mantêm as mesmas preferências, a princípio mais uma vez
entre o Likud e o Kahol Lavan.
O
primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusado de corrupção em
vários casos e em campanha para as legislativas de março, pediu nesta
quarta-feira (1º/1) imunidade ao Parlamento.
Os
advogados do primeiro-ministro apresentaram a solicitação de imunidade ao
presidente da Knesset (Parlamento israelense), disse Ofer Golan, porta-voz de
Netanyahu. Mais cedo, Netanyahu tinha anunciado em coletiva de imprensa a
intenção de pedir a imunidade, "de acordo com a lei" para continuar a
serviço do país.
"Netanyahu
sabe que é culpado", reagiu imediatamente Benny Gantz, grande adversário
do primeiro-ministro, em coletiva de imprensa. Para o general reformado à
frente do partido de centro Kahol Lavan ("Azul e Branco"), este
pedido de imunidade é uma clara tentativa de Netanyahu de fugir da justiça.
O
partido Kahol Lavan fará tudo o que puder para "impedir a imunidade"
de Netanyahu, declarou Gantz, acrescentando: "em Israel, ninguém está
acima da lei".
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