11/11/2015

Estação Cocal

Vaticano investiga jornalistas por suposto em roubo de documentos

Gialuigi Nuzzi e Emiliano Fippipaldi escreveram livros sobre corrupção.
Eles são acusados de cumplicidade; padre espanhol foi preso há dez dias.

Da France Presse

O Vaticano abriu uma investigação judicial "por cumplicidade no roubo de documentos" contra os jornalistas italianos Gialuigi Nuzzi e Emiliano Fippipaldi, autores respectivamente de dois livros sobre a corrupção na Cúria Romana - anunciou nesta quarta-feira (11) o porta-voz da Santa Sé.

Em nota, o porta-voz do papa alerta que está sendo investigada a posição de "outras pessoas, que por sua função" cooperaram com os jornalistas."A magistratura vaticana adquiriu elementos que demonstram com evidência a cumplicidade no crime" de roubo de documentos, uma infração introduzida pelo papa Francisco em julho de 2013, explicou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.
Dois livros, escritos pelos jornalistas e lançados na semana passada, destacaram casos de corrupção, desperdício e desvios na Cúria Romana e se baseiam em documentos, gravações, correios eletrônicos, atas de reuniões e fotos roubadas dos escritórios do Vaticano.
O escândalo eclodiu há dez dias com a prisão do padre espanhol Lucio Anjo Vallejo Balda, acusado de divulgar documentos confidenciais.
Além de Vallejo Balda, 54 anos, membro da Opus Dei, foi presa e logo depois liberada Francesca Chaouqui, consultora de Vallejo Balda na comissão criada em 2013 para estudar a reforma econômica e organizacional da Santa Sé.
Os dois livros, "Vía Crucis" de Nuzzi e "Avaricia" de Fittipaldi, revelam também a resistência interna contra as reformas propostas pelo papa Francisco.
O número dois do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, reconheceu nesta mesma quarta-feira que impera um "clima pesado" após os vazamentos de documentos confidenciais e revelações sobre os privilégios na Cúria Romana
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