O Rio de Janeiro vai receber
a maior coleção de arte iorubá fora da África. Serão centenas de peças, em
processo de escolha e catalogação, que chegarão a partir de agosto. Os
artefatos milenares devem ser exibidos em um espaço sem correspondente no mundo:
a Casa de Herança Oduduwa, um local para exposições, aulas de língua iorubá,
centro de estudos e um teatro, num elo permanente de comunicação e intercâmbio
entre o Brasil e o povo iorubá. Uma forma de aproximar as culturas e auxiliar o
povo brasileiro a conhecer melhor suas origens, heranças, histórias, e até suas
feições.
A vinda desse tesouro
histórico, religioso e cultural é um esforço pessoal do rei de Ifé, Ojaja II,
de 44 anos, a maior autoridade tradicional e religiosa do povo iorubá, que
originariamente habitava o Reino de Ketu e o Império do Oyó, áreas atualmente
do Benin e da Nigéria. Há ainda um grande número de iorubás vivendo no Togo e
em Serra Leoa, além de, fora da África, em Cuba, na República Dominicana e no
Brasil. O desejo do rei nasce de uma coincidência propiciada pelo fato de o
povo brasileiro desconhecer seus antepassados africanos.
Fonte: Carta capital
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