Apesar de todos os
argumentos da equipe econômica, o presidente Jair Bolsonaro decidiu que a
proposta de reforma da Previdência, que será encaminhada nos próximos dias ao
Congresso, terá idade mínima de 57 anos para mulheres e de 62 anos para homens.
Na avaliação do presidente,
não há porque ser tão radical na reforma, sobretudo de for levado em
consideração as disparidades regionais no país. Nos estados mais pobres, como o
Piauí, a expectativa de vida dos trabalhadores não chega aos 70 anos.
Com isso, a economia
prevista pelo governo com a reforma deverá ficar mais próxima de R$ 500 bilhões
em 10 anos, metade do previsto pela equipe do ministro da Economia, Paulo
Guedes (foto), de R$ 1 trilhão em 10 anos. Essa economia de R$ 500
bilhões é a mesma prevista pelo Citi e pela consultoria Eurasia.
Bolsonaro tem todo o
apoio da ala política do Palácio do Planalto, que considera esse projeto mais
palatável. Não custa lembrar que essas idades mínimas já haviam sido citadas
por Bolsonaro durante entrevista ao SBT, mas logo depois tudo foi negado pelo
Planalto a pedido da equipe econômica.
Ao Blog, um integrante
da equipe econômica afirma que o presidente está irredutível em relação à idade
mínima. O que ele aceita negociar é o prazo de transição. Nesse caso, deve
prevalecer a posição de Paulo Guedes de que a idade mínima de 57 (mulheres) e
62 (homens) seja atingida em 2022.
Esse tempo mais curto
de transição, diz o mesmo técnico, garantirá uma economia maior. “Não sei se
será possível chegar ao R$ 1 trilhão previsto pelo ministro, mas também não
serão R$ 500 bilhões. A economia será maior do que isso”, ressalta.
Apesar de vários
integrantes do governo dizerem que Bolsonaro ainda não viu o projeto de reforma
da Previdência, o grosso das propostas já foi apresentado a ele. “A linha
principal do projeto que irá para o Congresso já tem o aval do presidente”,
garante o técnico da equipe econômica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário