Foto: Divulgação/Agência Senado |
Na manhã desta sexta-feira
(22), a Polícia Federal deflagrou a Operação Compensação, decorrente de
inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), que tem como principal investigado
o senador piauiense Ciro Nogueira (Progressistas).
A operação foi autorizada
pela ministra Rosa Weber, do STF. A PF investiga supostos crimes de corrupção
passiva e de lavagem de dinheiro. Cerca de 30 policiais federais cumprem sete
mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao senador, nas cidades de
Teresina (PI), Brasília (DF) e São Paulo (SP).
Por decisão do ministro
Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, o inquérito foi aberto no STF
ainda em setembro do ano passado. O inquérito visa investigar o senador Ciro
Nogueira, o ex-ministro e atual prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva (PT);
e os executivos da J&F Joesley Batista e Ricardo Saud.
Fachin atendeu ao pedido da
Procuradoria-Geral da República (PGR), que quer apurar o envolvimento dos quatro
em crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
De acordo com a PGR, o
intuito é investigar suposto pagamento de propina ao senador para que apoiasse
o PT em 2014, e em 2017, para que o Progressistas não apoiasse o impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff.
Em 2014, segundo Joesley e
Saud, o Progressistas recebeu valores para integrar a coligação do Partido dos
Trabalhadores nas eleições. O dinheiro teria sido repassado por meio de doações
eleitorais oficiais ao Progressistas, além de R$ 2,5 milhões em dinheiro, por
meio de um supermercado do Piauí. O valor total repassado teria sido R$ 43
milhões. Quem aprovava os pedidos era o ministro Edinho Silva, segundo as
delações.
A defesa do senador
piauiense divulgou uma nota à imprensa, onde afirma que o mandados de busca e
apreensão que estão sendo cumpridos hoje decorrem de uma outra operação que não
resultou em ação penal.
Confira a nota na íntegra:
A
Defesa do Senador Ciro Nogueira vem denunciar, mais uma vez, o direito penal do
espetáculo. O que está sendo apreendido nesta busca e apreensão é o que foi
recentemente restituído pelo Supremo Tribunal em virtude de outra operação que
não resultou em Ação Penal, o Supremo rejeitou a Denúncia, pois baseada tão
somente na palavra de outro delator. Tal constrangimento poderia ser evitado
com a simples intimação do Senador para prestar esclarecimento pois, é
evidente, este sempre se colocou à disposição do Poder Judiciário.
Fonte: viagora
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