Foto: Revista Forum |
A Procuradoria-Geral da República está analisando inquérito
contra o senador Flávio Bolsonaro, do PSL, por falsidade ideológica e lavagem
de dinheiro. As investigações apuram negociações de imóveis e podem ser
devolvidas para a primeira instância.
A investigação da Polícia Federal é sobre indícios de
irregularidades criminais e eleitorais envolvendo o ex-deputado estadual e hoje
senador, Flávio Bolsonaro, do PSL. A informação foi publicada nesta
quarta-feira (6) pelo jornal “O Globo”. A TV Globo teve acesso aos documentos
da investigação.
Ao analisar o inquérito, o subprocurador-geral da República
Juliano Baiocchi Villa-Verde de Carvalho diz que Flávio Bolsonaro teria tido
aumento exponencial de seu patrimônio por meio de negociações-relâmpago de
imóveis. Além de ter declarado à Justiça Eleitoral imóvel cujo valor seria
consideravelmente maior que o declarado, havendo indícios do crime de falsidade
ideológica eleitoral.
Nesta quarta-feira (6), Flávio Bolsonaro foi eleito para o
cargo de terceiro secretário na mesa diretora do Senado. Antes da sessão do
plenário, ele foi questionado sobre a investigação.
“Já foi arquivada em âmbito estadual e vai ser arquivada em
âmbito federal também, não tenho a menor dúvida. Não tem nada de novo nisso.
Patrimônio é totalmente compatível, sem problema nenhum”, disse.
O Ministério Público do Rio de Janeiro realmente arquivou. Na
Procuradoria Regional Eleitoral, o arquivamento foi questionado. Em abril de
2018, o sub-procurador-geral da República, Juliano Baiocchi, reverteu a decisão
alegando que “o arquivamento feito nesse estágio se afigura inadequado,
realizou-se sem que nenhuma diligência tenha realizada a fim de confirmar os
termos da denúncia quanto ao crime de falsidade ideológica eleitoral”.
Após essa decisão, a investigação prosseguiu. A última medida
foi tomada pelo procurador regional eleitoral, Sidney Pessoa Madruga, que
mandou remeter os autos à Procuradoria-Geral da República (PGR), por causa do
foro por prerrogativa de função de Flávio Bolsonaro, eleito senador em 2018.
A procuradoria agora vai decidir se a investigação vai ser
remetida ao Supremo Tribunal Federal ou à primeira instância da Justiça. A
tendência é que o caso de Flávio Bolsonaro vá para a primeira instância porque
as suspeitas são anteriores ao mandato de senador. A interpretação do STF é
que, casos que não ocorreram durante o mandato atual, não devem ser julgados
pelo tribunal.
O Jornal Nacional não tive retorno da assessoria do
senador Flávio Bolsonaro para comentar o andamento do inquérito depois de ter
sido desarquivado.
O Jornal Nacional tem novas informações sobre a
investigação contra o senador Flávio Bolsonaro, do PSL, por falsidade
ideológica e lavagem de dinheiro. Na noite desta quarta-feira (6), a
Procuradoria-Geral da República determinou o retorno dos autos para a
Procuradoria-Geral Eleitoral do Rio de Janeiro, por entender que se trata de
fatos anteriores ao atual mandato dele.
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